CHAMADA DO LIVRO COMPÓS 2018- Redefinidas as datas para encaminhamento e avaliação de propostas de capítulos para o Livro Compós 2018

Mobilidade, Espacialidades e Alteridades
A inserção de aparatos tecnológicos de comunicação tem produzido ampla gama de impactos no cotidiano. Para além das relações interpessoais, a cidade atualmente se transforma por meio de alterações relevantes tanto nos processos de formação dos espaços quanto nos modos pelos quais se configuram os usos, a sociabilidade, as trocas simbólicas. Desde a complexificação de conceitos abstratos razoavelmente estabelecidos como a noção de lugar, agora resultado da indissociabilidade entre o próximo e o distante, entre o real e o virtual, à pragmática de movimentos políticos como a chamada Primavera Árabe, o Movimento Passe Livre ou as recentes manifestações favoráveis ou contrárias ao impedimento da Presidente Dilma Rousseff, observamos novas formas de sincronização social e usos do espaço público.
Para além deste cenário, a utilização de aplicativos como o Waze ou Uber vem promovendo alterações drásticas no âmbito da mobilidade, seja no âmbito do transporte público, seja no particular, possibilitando a redução de custos e/ou tempo de deslocamento simultaneamente à instauração de confrontos relacionados a interesses complexos e difusos das classes trabalhadoras que repentinamente se vêem diante de reconfigurações do mercado de trabalho. Fluxos urbanos e fluxos de informação se alinham de forma indissociável.
Se por um lado o fluxo das vias urbanas são objetos que atraem a observação atenta de emissoras de rádio e televisão buscando relatar o comportamento do caos das grandes cidades, por outro são elas o palco de passeatas ou carreatas vinculadas às mais diversas causas que buscam não mais a sensibilização do governante, mas a visibilidade midiática inerente à notícia da interrupção do transporte de bens e de trabalhadores, interferindo na lógica da produtividade tão cara ao capital. Para além do horizonte do cotidiano, não é possível desconsiderar que é justamente esta visibilidade promovida pelo aparato midiático que engendra ações condenáveis como a realização de atentados diversos em locais de grande apelo simbólico como o Bataclan (Paris), o Aeroporto Atatürk (Istambul), o caso da boate Pulse (Orlando) ou o mais célebre de todos os atos terroristas, a destruição das torres do World Trade Center (Nova Iorque), no qual a dimensão simbólica do poder econômico é materializada na forma de uma arquitetura cuja destruição é planejada a partir da lógica maximização do impacto decorrente da escolha do melhor horário para a transmissão ao vivo para todo o mundo.
Por fim, como bem apontava Jung, tamanha luz (a visibilidade) não poderia existir sem que houvesse uma grande sombra (a invisibilidade). A despeito de ser a cidade palco de conflitos e visibilidades na busca de direitos, comunidades inteiras permanecem invisíveis ou com baixa visibilidade em razão da própria impossibilidade de ocupar os espaços da cidade. Bolivianos, Haitianos e outros tantos imigrantes sentem grandes dificuldades tanto quanto a comunidade LGBT, dependentes químicos e outros grupos menos favorecidos, confinados a uma segregação espacial reforçada pela estereotipia das representações em grande parte dos meios de comunicação.
Elegibilidade dos textos

Os textos serão avaliados segundo critérios de relevância, originalidade, contribuição para o avanço do conhecimento e vinculação estreita com o tema proposto. Os artigos deverão ser inéditos. Serão aceitos para avaliação trabalhos elaborados por pesquisadores doutores e por doutorandos, mestres e mestrandos em coautoria com doutores, vinculados a Programas de Pós-Graduação em Comunicação, dentro do prazo e segundo a formatação abaixo indicada.

Novo cronograma de trabalho da equipe organizadora – prazos

- Data limite para envio dos textos – 30/09/2017
- Avaliação dos textos recebidos – 01/10 a 27/11/2017
- Divulgação dos textos aceitos e notificação aos autores selecionados e não selecionados – 04/12/2017
- Encaminhamento dos originais para edição do livro – 15/12/2017
Normas de Formatação
Os textos, em arquivos doc, docx ou rft, devem estar configurados da seguinte maneira:
- Título em tipo Times New Roman, corpo 12, negrito.
- Nome do autor e uma minibiografia contendo entre 75 e 100 palavras
- Texto em letra Times New Roman, corpo 12, entrelinha 1,5, recuo de parágrafo de 1,25, margens justificadas.
- Utilizar itálico somente para destaque em palavras no corpo do texto ou palavras em língua estrangeira.
- O tamanho máximo de cada trabalho deve ser de 17 páginas, na formatação indicada.
- Citações devem ser realizadas de acordo com as normas da ABNT (AUTOR, data ou AUTOR, data, página). Citações com mais de 3 linhas devem ser destacadas do corpo do texto corpo 11, tipo Times New Roman, entrelinhas simples.
- No caso de citações de trabalhos em língua diferente da usada no texto, preferencialmente traduza a citação, inserindo o texto original em nota de rodapé com a indicação (tradução livre) ao final.
- Figuras e imagens, se utilizadas, devem estar em P&B e com resolução em 600 dpi.
Endereço para envio dos trabalhos
A submissão de textos deve ser feita pelo site da Compós, clicando aqui

Comissão Organizadora – Livro Compós 2018
Carlos Magno Camargos Mendonça – UFMG
Mauricio Ribeiro da Silva – UNIP
Carlos Alberto de Carvalho  - UFMG
José Eugenio de Oliveira Menezes – FACASPER
Maria das Graças Pinto Coelho – UFRN”

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