Data:
15/04/2010
Título:
"O ENTARDECER DE UMA ERA: técnica, poesia e pensamento em Heidegger"
Resumo:
O diálogo pensante entre a filosofia de Heidegger e a poesia de Hölderlin e Rilke deve ser travado nos domínios da linguagem. A dificuldade em estabelecer esse diálogo vem do próprio homem, incapaz de pensar fora do arcabouço da ciência e da técnica moderna. A linguagem poética foi esquecida ou ignorada, tornando-se obsoleta diante das facilidades e recursos da técnica. Heidegger busca as essências para que a poesia possa ser compreendida em sua plenitude pelo homem. Técnica, poesia e existência devem ser pronunciadas e investigadas para que o ser se apresente novamente. Para Heidegger, o homem vive em um período de incertezas por se encontrar no entardecer de uma era. A incerteza gera a penúria e a noite do mundo representa a ausência de Deus e das verdades originárias. Apenas com a compreensão fundamental da poesia, o homem de hoje pode ser projetar ao futuro não mais como produto da técnica, mas com a liberdade para escolher. A mensagem da poesia de Hölderlin e Rilke, segundo a interpretação de Heidegger, transmite um alerta ao homem contemporâneo acerca do perigo vigente na relação que ele mantém com a natureza. O objetivo do seguinte trabalho é construir esse diálogo pensante, sem desfigurar a poesia, mas indo de encontro à sua essência, para de lá retirar seu verdadeiro valor existencial.
Palavras-chave:
Heidegger, Hölderlin, Rilke, linguagem, poesia, técnica, perigo, penúria, Deus, futuro, essência, existência.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Acylene Maria Cabral Ferreira (Membro Externo – UFBA)
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Alves Neto (Membro Interno - UFRN)

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Data:
15/01/2010
Título:
"SISTEMAS DE LÓGICA MODAL EM DEDUÇÃO NATURAL"
Resumo:
A formalização de sistemas de lógica em dedução natural traz muitas vantagens meta-teoréticas, das quais é sempre destacada a prova de normalização. Os sistemas de lógica modal até bem recentemente não eram costumeiramente tratados pelo viés da dedução natural, contudo algumas formulações, provas de normalização e tentativas de provas surgiram. Esse trabalho é uma apresentação de alguns sistemas importantes de lógica modal em dedução natural já existentes, e de alguns procedimentos de normalização para eles, mas é também, e principalmente, a apresentação de uma hierarquia de sistemas de lógica modal em Dedução Natural do sistema K ao sistema S5 e um esquema da prova de normalização do sistema K, que é modelo para a normalização nos outros sistemas.
Palavras-chave:
Lógica, Lógica Modal, Dedução Natural, Normalização.
Banca:
Profª Dra. Maria da Paz Nune de Medeiros (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Luiz Carlos Dias Pinheiro Pereira (Membro Externo – PUC-RIO)
Prof. Dr. José Eduardo de Almeida Moura (Membro Interno - UFRN)

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Data:
22/12/2009
Título:
"A FALTA DE ÉTICA E DE ESPÍRITO PÚBLICO NA POLÍTICA BRASILEIRA"
Resumo:
Lamentavelmente, a política brasileira caracteriza-se pela falta de ética. Ressalvadas algumas poucas exceções, nossos representantes costumam comportar-se no exercício do poder como se ali estivessem para cuidar dos próprios interesses e não da coisa pública. A despeito da insatisfação que a situação parece provocar junto à boa parte da sociedade, o eleitorado não consegue transformar sua indignação em gesto efetivo no sentido de retirar da cena pública pessoas que não sabem honrar o mandato recebido nas urnas. Pelo contrário, a reeleição de maus políticos tornou-se fato corriqueiro. Neste estudo, propusemo-nos a discutir o assunto à luz das teorias filosóficas tradicionais, selecionando expoentes do pensamento ético do Período Antigo até o Moderno. Dedicamos especial ênfase, por conta do amoralismo presente nas ideias do pensador florentino, à doutrina política de Maquiavel.
Palavras-chave:
ética, política, virtude, vício, poder, cidadania, caráter, racionalidade.
Banca:
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Mário Nogueira de Oliveira (Membro Externo – UFOP)
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Alves Neto (Membro Interno - UFRN)

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Data:
16/12/2009
Título:
"LÓGICA CONDICIONAL"
Resumo:
O objetivo principal deste trabalho é esclarecer os conceitos centrais envolvidos no estudo da formalização das sentenças condicionais. Mais especificamente, empreendemos uma análise comparativa de duas das principais e mais tradicionais propostas de formalização dos condicionais (Lewis (1973c) e Adams (1975)), propostas responsáveis pela inauguração de vertentes de análise que ainda se fazem presentes no debate contemporâneo sobre o tema. Visamos, fundamentalmente, o esclarecimento das principais assunções presentes nessas propostas. Com base em certas técnicas de desambiguação presentes em Bennett (2003) e em Lycan (2005), buscamos explicitar como essas assunções articulam-se, efetivamente, aos objetivos almejados pelas abordagens inaugurais. Os resultados que se seguem mostram que existe um pressuposto, não explicitamente declarado, tácito, a definição do objeto de estudo dessas teorias, isto é, a definição de sentença condicional. Argumentamos que, apesar de não claramente declarada, a definição do objeto de estudo desempenha um papel fundamental na própria inteligibilidade do debate.
Palavras-chave:
Lógica Condicional, Filosofia da Lógica, Filosofia da Linguagem.
Banca:
Profª Dra. Ângela Maria Paiva Cruz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Cezar Augusto Mortari (Membro Externo – UFSC)
Prof. Dr. Daniel Durante Alves Pereira (Membro Interno - UFRN)

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Data:
30/11/2009
Título:
"O cuidado e a ética do cuidado: Um diálogo entre Leonardo Boff, Carol Gilligan e Neil Noddings"
Resumo:
Visando a elucidar a importante contribuição da ética do cuidado no aperfeiçoamento das relações humanas íntimas e sociais, este trabalho revela a fragilidade e insuficiência da ética atual para a formação de uma sociedade justa, igualitária, pacífica e cuidadosa. Para tanto é feito um estudo sobre o desenvolvimento moral de homens e mulheres, alertando para as naturais diferenças de comportamento e pensamento existente entre os sexos, as quais modificam para ambos a maneira de ver a vida e de vivê-la - o que não implica em inferioridade para algum dos gêneros. Partindo desse estudo, fica claro que o cuidado natural é inato ao humano, o que lhe propicia a tendência de agir em favor do bem de todas as formas de vida e da natureza como um todo. Mas evidencia-se aqui uma sensibilidade maior das mulheres a esse cuidado por elas possuírem percepção e emotividade mais aguçadas que os homens, o que as tornam mais participativas e envolvidas em relacionamentos. Essa maior abertura ao cuidado encontrada na mulher, deve-se em parte ao forte e duradouro relacionamento com suas mães. Assim, é revelado o poder que as mulheres têm em mudar positivamente a direção dos relacionamentos humanos, proporcionando com seu exemplo cuidadoso, protetor e solícito, o despertar de uma ampla e nova ética - com abertura para a verdade, para particularidades e principalmente para os afetos. Portanto, a ética do cuidado surge das experiências de vida das mulheres e almeja, por meio delas, juntar-se à moralidade masculina no intuito de trazer à tona a relevante realidade da interdependência entre os seres, da fragilidade humana e a necessidade das relações afetivas para a plenitude da vida.
Palavras-chave:
Cuidado, Ética do cuidado, Feminino, Masculino.
Banca:
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra ( Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Darlei Dall'Agnol (Membro Externo – UFSC)
Prof. Dr. Juliano Fellini (Membro Interno - UFRN)

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Data:
16/11/2009
Título:
"UMA (RE) LEITURA TELEOLÓGICA DA FILOSOFIA MORAL EM KANT: por uma necessidade de inclusão do homem na natureza"
Resumo:
Construída nos alicerces da metafísica, a presente dissertação trata da filosofia moral kantiana. Mas o itinerário das especulações que regem a elaboração dessa (re)leitura, dos pensamentos daquele filósofo, é uma tentativa de flexibilizar o rigor formal, desde sempre associado aos horizontes da ética kantiana. Será da compreensão do que vem a ser esse formalismo, em sua arquitetura da moralidade, que poderemos caminhar ao encontro de um Kant teleológico; e, esse é o elemento fundamental para entender alguns aspectos significativos naquele sistema ético, os quais passam necessariamente pela aproximação que tentamos demonstrar entre razão e sensibilidade, bem como entre natureza e liberdade. Nesse diapasão, temos que a jornada ao encontro da autonomia, enquanto alicerce da liberdade e da moralidade, convoca o auxilio da educação nos padrões kantianos, do que se pode vislumbrar uma trajetória de aperfeiçoamento do homem, enquanto indivíduo e, muito mais significativamente, enquanto espécie. Esse movimento evolutivo, que tende a revelar o destino da humanidade, está engendrado na relação entre necessidade e finalidade, sendo a condição de possibilidade para a estruturação de um projeto para a humanidade. Vale salientar que é um projeto racional, educacional e moral a ser desenvolvido no decurso da história. Daí, a somatória de todos esses elementos proporciona o desenvolvimento das disposições naturais do homem – enquanto ser que busca se auto-conhecer –, tornando-se, assim, digno de ser qualificado como humano. Por fim, o estudo visa compreender a necessidade de inclusão do homem na natureza, o que se dá através da aquisição de consciência dos indivíduos.
Palavras-chave:
Kant. Metafísica. Moral. Teleologia. Liberdade. Natureza.
Banca:
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra ( Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Alessandro Pinzani (Membro Externo – UFSC)
Prof. Dr. Juliano Fellini (Membro Interno - UFRN)

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Data:
09/10/2009
Título:
"PAIDÉIA E RETÓRICA NO DIÁLOGO FEDRO DE PLATÃO"
Resumo:
Essa dissertação descreve um estudo realizado sobre o diálogo "Fedro" de Platão, com o objetivo de apresentar uma interpretação do mesmo a partir da hipótese de que esse diálogo pode ser lido como uma reflexão sobre a questão da paidéia. Encontramos indícios para justificar essa leitura tanto no contexto cultural da época do diálogo como na própria narrativa do texto. Em relação ao contexto cultural, observamos que a retórica e tornara a principal disciplina na formação dos atenienses, em grande parte por causa as instituições democráticas que favoreciam esse tipo de prática. Em relação à narrativa, observamos que essa é, em larga medida, a história de como Sócrates guia a alma de Fedro para a filosofia. Desse modo, consideramos que o objetivo central de Platão é problematizar essa disciplina e apresentar a perspectiva filosófica sobre a possibilidade e uma arte dos discursos. Para isso, Platão faz uma análise da retórica, uma apresentação a dialética e discute a relação entre oralidade e escrita. Consideramos que todos esses elementos ganham sentido na medida em que servem para pensar a formação cultural dos atenienses.
Palavras-chave:
Retórica. Dialética. Paidéia. Platão.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva ( Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Marcelo Pimenta Marques (Membro Externo – UFMG)
Profª Dra. Monalisa Carrilho de Macedo (Membro Interno - UFRN)

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Data:
20/11/2008
Título:
"MEDICINA FILOSÓFICA: AS RELAÇÕES MEDICINA E FILOSOFIA NA GRÉCIA ANTIGA E EM KANT"
Resumo:
Este trabalho trata da relação entre medicina e filosofia que se estabeleceu desde a Antiguidade, e será aqui discutida também no pensamento de Immanuel Kant. Apresenta o contexto histórico de influências recíprocas em que noções comuns sobre saúde/doença, equilíbrio/justiça, e justa medida permearam tanto o debate médico como o debate filosófico.Considera que a medicina hipocrática surgiu da preocupação com a dietética, o que faz desta o campo de interseção entre a filosofia e a medicina, importante para a análise das contribuições de Kant ao legado hipocrático. A partir disso, o trabalho destaca dois aspectos que aparecem associados na dietética proposta por Kant na obra O Conflito das Faculdades, analisada aqui à luz da sua Doutrina da Virtude, notadamente os deveres para consigo, sobretudo no que se refere ao cuidado com o corpo e a concepção teleológica. Nesse sentido, indica a importância do pensamento de Kant não apenas para enriquecer a medicina no âmbito da dietética, por revesti-la de importância moral, como também para enriquecer a própria filosofia, atribuindo-lhe um efeito terapêutico.
Palavras-chave:
Banca:
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra ( Presidente - UFRN)
Profª Dra. Maria de Lourdes Alves Borges (Membro Externo – UFSC)
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Membro Interno - UFRN)

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Data:
14/11/2008
Título:
"ESTÉTICA TRASCEDENTAL KANTIANA À LUZ DE STRAWSON"
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo fazer uma interpretação textual da estética transcendental kantiana, a primeira pilastra de sustentação da epistemologia de Kant e interpretá-la à luz de Strawson. Ela contém a doutrina da sensibilidade responsável pelas intuições, que repousam sobre os conceitos de espaço e tempo e, com isso, a tematização de duas importantes questões. Para a filosofia kantiana em sua vertente epistemológica, qual a importância dos conceitos de espaço e tempo? Como esses conceitos de espaço e tempo se inscrevem com tal estatuto como uma tarefa investigatória da metafísica? Os conceitos de espaço e tempo, especificados como ingredientes das teses tratadas e arroladas nesta dissertação, são noções relevantes da estética transcendental de Kant, aqui interpretados à luz de Strawson. A pesquisa está dividida em dois capítulo. O primeiro capítulo, que consta de duas partes, após fazer uma introdução à estética transcendental de Kant, expõe a doutrina da sensibilidade de que fazem parte espaço e tempo, formas autênticas da intuição. O segundo capítulo, constituído de cinco partes, trata da interpretação do modelo austero de Strawson relacionado com a estética transcendental de Kant. A conclusão do nosso trabalho é a de que, no que pese a declarada objeção de Strawson em sua interpretação austera, que recusa a idealidade do espaço e do tempo, mesmo mantendo o seu caráter a priori, não pode ser aceita A aprioridade, a intuitividade e a idealidade são teses inseparáveis numa abordagem coerente do espaço e do tempo do modelo de epistemologia kantiana.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Anastácio Borges de Araújo Júnior (Membro Externo – UFPE)
Prof. Dr. Jaimir Conte (Membro Interno - UFRN)

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Data:
14/11/2008
Título:
"O PAPEL DO CETICISMO NA FILOSOFIA DO JOVEM HEGEL"
Resumo:
Trata-se de mostrar que o ceticismo é um dos principais desafios para a filosofia moderna desde a deflagração da Reforma Protestante e a redescoberta e tradução dos textos de Sexto Empírico; a recepção deste ceticismo é um dos principais fatores que determinou a nova fundamentação da filosofia moderna sobre as bases da subjetividade.
É neste pano de fundo de uma nova fundamentação da filosofia que Hegel aborda o tema do ceticismo. O pensamento desenvolvido por Hegel no período de Iena (1801-1807), principalmente no escrito da Diferença, e nos artigos do Jornal Crítico de Filosofia, Sobre a Relação do Ceticismo com a Filosofia e Fé e Saber, parte do diálogo com a filosofia do idealismo alemão que é o ápice do subjetivismo na filosofia desenvolvido a partir da retomada do ceticismo. E o ceticismo neste período da filosofia de Hegel possui o papel de ser a negatividade inerente à autêntica filosofia que aniquila o ponto de vista das filosofias da subjetividade. Este modo como Hegel incorpora o ceticismo a sua filosofia possui seu ponto alto na Fenomenologia do Espírito. A figura do ceticismo perfeito, apresentada na introdução da Fenomenologia, possui o papel de fazer a passagem do ponto de vista das filosofias da subjetividade, para o ponto de vista especulativo da razão.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Anastácio Borges de Araújo Júnior (Membro Externo – UFPE)
Prof. Dr. Jaimir Conte (Membro Interno - UFRN)

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Data:
31/10/2008
Título:
"A PHYSIOLOGIA DE EPÍCURO: ASPECTOS GNOSIOLÓGICOS"
Resumo:
Este trabalho tem como propósito discutir uma compreensão acerca da physiología no pensamento de Epicuro. A questão principal para tal propósito ser resumida em: De que modo o homem pode ter uma compreensão da realidade (phýsis)? Para respondê-la faz-se necessário compreender e discutir o modelo gnosiológico epicúreo. O primeiro passo consiste na exposição dos argumentos gerais de Epicuro sobre o seu pensamento atomista. O segundo está em apresentar o modo pelo qual ele fundamenta a physiología como compreensão da phýsis apresentada por Epicuro. A sua gnosiologia tem como propósito evidenciar que é nas sensações (aíthesis) onde se origina o conhecimento. É pelas sensações que podemos validar o que conhecemos. No processo cognitivo do homem com a realidade, Epicuro apresenta o valor das afecções como critério de verdade, possibilitando ao individuo emitir juízos ou antecipações que são responsáveis pelas elaborações intelectivas formuladas pelo indivíduo cognoscente. E, por fim, no que se refere ao processo cognitivo a participação da alma (psyché) como instrumento que possibilita a projeção dessas etapas do conhecer humano ao grau mais elevado do conhecimento. Outro problema a ser apresentado neste estudo refere-se ao alcance e limites do conhecimento. A partir da phýsis as opiniões são constituídas, proporcionando ao homem agir em conformidade com a natureza. Entretanto, o modelo gnosiológico epicúreo tem como ponto central um saber aplicável aos acontecimentos da vida prática, possibilitando physiologós uma investigação indefinida e indeterminada da phýsis.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Anastácio Borges de Araújo Júnior (Membro Externo – UFPE)
Prof. Dr. Jaimir Conte (Membro Interno - UFRN)

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Data:
30/10/2008
Título:
"A MORADA DO PENSAMENTO: UM ENCONTRO COM PLATÃO NA BUSCA DA NATUREZA DO SENTIDO EM FREGE"
Resumo:
A investigação ontológica do sentido, a partir do ponto de vista filosófico alemão Gottlob Frege, tem por base o entendimento das categorias da referência, das representações, do pensamento e do próprio sentido. Em Frege, conforme seus textos Sobre o Sentido e a Referência, e o Pensamento – uma investigação lógica, o sentindo impõe-se como solução para o problema trazido pela relação de identidade. Com o sentido ele busca o acréscimo de conhecimento que a identidade não produz. Mas aqui surge um problema: a definição da sua natureza. O sentido não pode ter sua natureza definida estritamente, pois assim seria reduzido à categoria da referência, e com isso poderia ser confundido com o próprio objeto extralingüístico. Mas Frege diz que o pensamento é o sentido de uma frase. Assim, nesse estreitar das relações entre o sentido e o pensamento, a presente investigação passa a focalizar o pensamento. Para Frege, não é o simples ato de pensar do sujeito, não é a sua subjetividade em forma de representações, mas é sim uma coisa objetiva, real, eterna, e que existe "em si " num "terceiro reino". O pensamento existe num reino para além do mundo das representações do sujeito e do mundo percebido pelos sentidos, e isso também leva esta investigação para o mundo das idéias em Platão. Assim, o pensamento platônico foi incluído no debate sobre a metafísica do terceiro reino em Frege, na tentativa de melhor esclarecer as origens dos conceitos conhecimento, realidade e verdade, fundamentais na abordagem fregeana. Para isso foram pesquisados os diálogos: Teeteto, A República e Fédon. E, para o âmbito de Frege foram trazidas as questões: como ocorre o conhecimento novo? Qual é a realidade do terceiro reino? Qual é a relação entre verdade e pensamento? E estas investigações evidenciaram tanto as origens platônicas da abordagem fregeana, quanto certas diferenças de pensamento entre os dois filósofos.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Alves Pereira (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Anastácio Borges de Araújo Júnior (Membro Externo – UFPE)
Prof. Dr. Claudio Ferreira Costa (Membro Interno - UFRN)

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Data:
29/10/2008
Título:
"O ARGUMENTO DOS OPOSTOS E A HIPÓTESE SOBRE IMORTALIDADE NO FÉDON DE PLATÃO"
Resumo:
A presente pesquisa procura mostrar que, Platão, em seu diálogo Fédon desenvolve uma investigação acerca do problema da relação entre opostos no intuito de propiciar a diferença entre "coisas opostas" e "oposto mesmo", posto que essa diferença determine a distinção entre a visão naturalista e o pensamento platônico. Para o cumprimento de tal tarefa, esse filósofo se vale do argumento dos opostos, tanto no que diz respeito à dupla geração entre opostos, quanto no que concerne dupla exclusão entre eles. Platão refaz o caminho dos naturalistas como estratégia dialógica para no final da apresentação dessa visão corrigir o modo pelo qual se pode afirmar como ocorrem a geração e a corrupção de todas as coisas. A morte histórica de Sócrates, o pálios logos, a dupla geração entre opostos, o argumento da reminiscência, a dupla exclusão entre opostos e a linguagem mítica, são instrumentos usados na construção desse diálogo. No Fédon, a abordagem filosófica da morte é o centro que se dilata de modo discursivo para evocar a questão da geração e exclusão entre opostos. Desde o início desse diálogo a morte tem um sentido maior do que a mera narrativa histórica da morte de Sócrates e da crença nas doutrinas mistéricas do palaios logos, posto que ambos, a morte de Sócrates e o palaios logos, sejam apenas instrumentos para uma filosofia que transcende tanto o aspecto humano quanto o aspecto religioso da personagem principal e do próprio autor do diálogo. A hipótese sobre as verdadeiras causas da geração, decorrente da dialética platônica no desenvolvimento argumentativo dessa obra, passa, necessariamente, pela superação da imaginação (através da purificação do pensamento), alcança pela morte para o filósofo a possibilidade do "pensamento sem misturas" e culmina na inteligibilidade das formas perfeitas, na qual, atinge seu ponto mais alto: a verdadeira causa, as Idéias das quais participam as coisas.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Orientador - UFRN)
Profª Dra. Maria Aparecida de Paiva Montenegro (Membro Externo – UFPE)
Profª Dra. Fernanda Machado Bulhões (Membro Interno - UFRN)

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Data:
16/10/2008
Título:
"TÍ ESTIN ANÁMNESIS? UMA ANÁLISE DA ANÁMNESIS DO MÊNON DE PLATÃO"
Resumo:
Esta dissertação tem como objetivo analisar de que modo no Mênon, Platão relaciona a anámnesis a outras noções que neste diálogo são discutidas e, deste modo, tentar compreender o que ela é. Esta investigação visa inicialmente situar em outros diálogos platônicos a ocorrência do termo anámnesis para que verifique-se os aspectos que interligam estas obras a fim de precisar a compreensão do sentido mais adequado no Mênon. Verificar-se-à também, quais elementos da teoria do conhecimento platônica vão se interligando no diálogo de modo a revelar que o Mênon, que tem como questão central a areté, resguarda um conflito entre a sofistica e a filosofia. Tal embate acontece entre a Geórgias através do seu ensinado Mênon, e Socrátes que nega as teses do relativismo ético e epistemológico. Observamos também, de que forma se dá a assunção de uma via de acesso ao conhecimento que se configura como mais segura, a saber, a anámnesis. O questionamento de Mênon desde o início do diálogo nos instiga a inquirir esse interesse erístico, que ao ser confrontado com os interesses socráticos levaria-os ao estado aporético inicial e que paulatinamente é substituído pela aporia fundamental do conhecimento, este aporia é ponto de partida para a compreensão da anámnesis. Ao assumir-se a dialética como método investigativo surge a necessidade por parte de Socrátes e de Mênon, de abandonar o didaskein e assumir a mathésis como possibilidade de construção do conhecimento. Abre-se assim uma das questões principais que este trabalho analisa, se a anámnesis é possibilitadora de acesso às Formas e se a mesma possui um estatuto similar a mnéme. No momento em que Socrátes explicita no diálogo o que é anámnesis, através da mostração feita com o escravo Mênon, há a utilização filosófica de elementos míticos que, segundo nossa análise, permitem a compreensão efetiva do sentido da construção dialogada do conhecimento que exterioriza o que se deseja aprender, ou seja: o que é anámnesis.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Anastácio Borges de Araújo Júnior (Membro Externo – UFPE)
Profª Dra. Fernanda Machado Bulhões (Membro Interno - UFRN)

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Data:
14/12/2007
Título:
"HEGEL E A REFUTAÇÃO DO CETICISMO"
Resumo:
Esta dissertação traz alguns apontamentos sobre o significado que assume o ceticismo - tanto em sua forma antiga quanto moderna - no sistema de Hegel, tendo como base seu artigo de 1802, Sobre a relação do Ceticismo com a Filosofia, bem como algumas passagens da Fenomenologia do Espírito e da Ciência da Lógica. Dito isso, nossa abordagem consiste em três momentos. O primeiro, com efeito, tem lugar no estudo crítico de Hegel do tipo de ceticismo advogado por Schulze, estudo no qual verificamos que este cético moderno, além de se equivocar a respeito da verdadeira natureza das fontes do seu ceticismo, o pirronismo, acaba imprimindo um formato contraditório à sua própria teoria, ao atacar determinadas crenças metafísicas, consideradas por ele dogmáticas, com base em outras crenças, de acordo com Hegel, igualmente dogmáticas. O segundo, por seu turno, tem lugar na leitura hegeliana do ceticismo pirrônico, com o intuito de evidenciar o que há de louvável, filosoficamente falando, nesse tipo de postura cética, como, por exemplo, a posse do método de equipolência, bem como o que há nela de censurável, dado a existência, indicada por Hegel, de algumas inconsistências internas. Já o terceiro momento, enfim, baseia-se no argumento de que a função que desempenha a figura do ceticismo na arquitetura interna do sistema hegeliano é mais determinante do que parece à primeira vista, uma vez que a mencionada relação estabelecida pelo nosso autor com os céticos não se deixa circunscrever aos estreitos limites de uma simples interpretação. Muito antes, contudo, sustentaremos que ela guarda íntima ligação com a preocupação hegeliana de encontrar alicerces seguros para fundamentar o sistema. Sendo assim, tentaremos então mostrar, resumidamente, em que medida os conceitos que alicerçam o "começo" do idealismo absoluto de Hegel - tanto o do "puro ser" como o da "circularidade" do sistema - são adquiridos, no início da grande Lógica, junto às implicações céticas dos cinco tropos "posteriores" da suspensão do juízo, cuja autoria é atribuída por Sexto Empírico, no livro primeiro das Hipotiposis Pirrônicas, ao cético Agripa.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. José Maria Arruda (Membro Externo – UFC)
Prof. Dr. Jaimir Conte (Membro Interno - UFRN)

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Data:
26/11/2007
Título:
"A INFERÊNCIA CAUSUAL NA FILOSOFIA MORAL DE HUME"
Resumo:
O trabalho objetiva investigar se a filosofia moral de Hume fundamenta-se essencialmente no sentimento ou se é uma conseqüência de nossas inferências causais baseadas nas ações humanas, já que o pensamento causal humeano perpassa toda sua obra e incluiria neste percurso a moral. A análise humeana mostra que nossas inferências causais estão ligadas à crença em uma conexão entre o que foi anteriormente observado e algo não observado que se espera no futuro. Essa crença fundamenta nossas inferências sobre as ações dos indivíduos, e conseqüentemente, nos leva a associar determinados comportamentos a certos sentimentos que nos leva associá-las as características dos homens a certas ações, e as convicções morais e ações aos sentimentos com base num principio de causa e efeito. Elenca três capítulos, no primeiro relata a teoria da percepção que constitui parte essencial do principio associativo, e que explica como damos origem aos princípios que ligam idéias em nossa mente, a saber, semelhança, contigüidade, e causa-efeito e que são responsáveis pela maioria de nossas inferências mentais. No segundo trata da análise do percurso causal e como contribuem na formação das inferências para os assuntos morais. No terceiro, aborda a partir da análise de como se processa o conhecimento através da experiência chegaremos a investigar qual a real contribuição para nossas ações da doutrina da necessidade e da liberdade para a formação de nossas inferências causais sobre a moral.
Palavras-chave:
Filosofia – moral. Inferências causais. Teoria da percepção. Hume. Causa e efeito.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. André Leclerc (Membro Externo - UFPB)
Prof. Dr. Cláudio Ferreira da Costa (Membro Interno - UFRN)

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Data:
31/10/2007
Título:
"RAZÃO - ORIGEM, CRISE E RESPOSTAS CONTEMPORÂNEAS"
Resumo:
A discussão que permeia a história da razão é o debate filosófico por excelência, uma vez que razão e filosofia andam juntas. Assim, em Razão - origem, crise e respostas contemporâneas, o objetivo desta pesquisa se dá a partir de olhares na história do desenvolvimento do pensamento racional e demonstrativo. Com esses olhares problematizaremos como se pode pensar na filosofia contemporânea a racionalidade. Quais os princípios de racionalidade norteiam a nossa noção atual de razão? Para buscar respostas retornaremos ao princípio da filosofia, passaremos pela fase dos mitos, analisaremos as contribuições de Heráclito e Parmênides as primeiras concepções de razão e veremos os desdobramentos destas com Platão e Aristóteles. Este último sendo o personagem desse desenvolvimento da racionalidade antiga. A partir daí entram em cena os medievais e o uso filosófico da lógica, por conseguinte discutiremos as vozes questionadoras ao pensamento aristotélico, Hegel e sua crítica ao princípio de não-contradição, assim como as indagações e críticas de Lukasiewicz. Nessa perspectiva veremos o estágio atual do desenvolvimento da razão, com as lógicas modernas que se contrapõem ao modelo de razão pautado por Aristóteles e desse modo consideraremos como pensar a racionalidade nos dias atuais.
Palavras-chave:
razão, filosofia e lógica.
Banca:
Profª Dra Ângela Maria Paiva Cruz (Orientadora - UFRN)
Prof. Dr. Giovanni da Silva Queiróz (Membro Externo - UFPB)
Prof. Dr. José Eduardo de Almeida Moura (Membro Interno - UFRN)

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Data:
31/10/2007
Título:
"O MEDO DA MORTE E OS TEMORES INFUNDADOS: UMA INVESTIGAÇÃO ACERCA DA NATUREZA DA ALMA EM LUCRÉCIO"
Resumo:
Para Lucrécio pensador latino do séc. I a.C., o temor da morte imputado pela religião e as vãs superstiçõe, alimenta o amor à riquez, a ambição do poder e os atos insensatos, cujas conseqüências se refletem nas doenças anímicas. O terror que se instala no homem, ao ser confrontado com a morte, é também um obstáculo à liberdade e à vida equilibrada. Os temores infundados só seriam desfeitos, com a compreeensão da natureza e do movimento da alma, percebendo a sua geração, corporeidade e finitude. Para isso, a compreensão dos átomos e do vazio como elementos primordiais da natureza da alma em Lucrécio, apresentando uma reflexão sobre os temores infundados e o medo da morte, como uma maneira de perceber o movimento da própria vida, e de que modo a sua filosofia enfrenta o temor da finitude.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueria da Silva (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (Membro Externo - UFS)
Profª Dra. Fernanda Machado Bulhões (Membro Interno - UFRN)

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Data:
29/10/2007
Título:
"A PERFEIÇÃO DA JUSTIÇA EM PLATÃO UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A ALEGORIA DA LINHA DIVIDIDA E OS PERSONAGENS D'A REPÚBLICA"
Resumo:
A alegoria da linha dividida apresenta uma estrutura que se divide em quatro níveis de realidade. Dois deles se movem no mundo das aparências ou da opinião e os outros no mundo do ser ou inteligível: eikasia e pistis, e diánoia e noesis. A inquietação é a seguinte: Se há quatro níveis de realidade com seus respectivos objetos que são apreendidos segundo um tipo de conhecimento, existe uma interpretação da justiça segundo cada um desses níveis? Objetiva-se, portanto, após a apresentação dos tipos de conhecimento segundo a estrutura da alegoria da linha dividida, demonstrar como a justiça é compreendida em cada um dos níveis de realidade. Entende-se que Platão utiliza certos personagens de acordo com níveis de realidade que envolve tipos específicos de conhecimento. Os personagens são: Céfalo, Polemarco, Trasímaco, Gláucon, Adimanto e Sócrates, e, portanto, a compreensão sobre o que é a justiça em cada um dos níveis segue o que esses personagens entendem por justiça.
Palavras-chave:
Platão. Linha Dividida. Justiça. Trasímaco.
Banca:
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Jesus Vasquez Torres (Membro Externo - UFPE)
Prof. Dr. Markus Figueria da Silva (Membro Interno - UFRN)

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Data:
25/10/2007
Título:
"A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DO DIREITO NA FILOSOFIA DE KANT"
Resumo:
A fundamentação metafísica do direito a que nos propomos a esclarecer na filosofia de Kant assume não somente uma análise de temas jurídicos. Temos uma questão filosófica a tratar: a justiça é possível? Tal indagação não é o tema do texto, mas o que está pressuposto. A análise kantiana, de certo modo, assume metafisicamente a possibilidade da justiça a partir do conceito de liberdade. Mas, com base na liberdade, demonstra a possibilidade da justiça na ética e no direito.A dissertação é composta por três capítulos, a saber: no primeiro capítulo trataremos do conceito metafísico de liberdade; no segundo da liberdade interna e externa; no terceiro capítulo, por fim, do fundamento metafísico do direito. No primeiro capítulo, partindo da reconstrução inicial do conceito de liberdade na Crítica da Razão Pura, descrevemos a construção do conceito cosmológico de liberdade transcendental a partir do terceiro conflito antinômico e de sua solução na Dialética Transcendental. Feito isso, descrevemos o conceito de liberdade no capítulo do Cânon da Razão Pura e discutimos o problema de como compatibilizar liberdade transcendental e liberdade prática.No segundo capítulo, fazemos uma análise da distinção entre a esfera moral e a esfera jurídica das ações humanas partindo da análise da liberdade prática interna (moral) e distinguindo-a da liberdade prática externa (ou jurídica). Nesse contexto, desenvolvemos os pressupostos de uma metafísica do direito, tomando como ponto de partida o conceito de liberdade e o imperativo categórico como princípio da autonomia da vontade, base normativa para a lei universal do direito. No terceiro capítulo, a partir da relação entre ética e direito reconstruímos o conceito de Direito e esclarecemos o fundamento da legitimidade da coerção a partir do princípio normativo de coexistência das liberdades individuais. Analisamos também os aspectos fundamentais do direito, que derivam deste princípio, tal como os conceitos de contrato originário, Estado, lei, coerção, bem como a proposta kantiana de uma paz universal com base numa legislação internacional. No fim, discutimos o aspecto metafísico presente no fundamento do Direito.
Palavras-chave:
fundamentação metafísica, direito, moral, justiça, liberdade, autonomia, imperativo categórico.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Inácio Reinaldo Strieder (Membro Externo - UFPE)
Prof. Dr. Abrahão Costa Andrade (Membro Interno - UFRN)

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Data:
31/10/2007
Título:
"PAUL RICOEUR: ENTRE HERMENÊUTICA E CRÍTICA DAS IDEOLOGIAS"
Resumo:
Este trabalho expõe o pensamento de Paul Ricœur em relação ao debate contemporâneo entre a hermenêutica e a crítica das ideologias. Procuramos mostrar, neste sentido, a unidade existente entre texto e ação segundo a perspectiva ricoeuriana. A proposta filosófica de Ricœur, afirmamos, está longe de qualquer ecletismo, mas se caracteriza por um estilo dinâmico e inquietante, aqui explicado a partir das analogias com o movimento das partículas subatômicas, da física quântica, as quais ajudam a dispensar a idéia equivocada de compilação e ecletismo, resultante de leituras superficiais de seus textos. No fundo, nosso trabalho nada mais é que uma contribuição à construção de uma teoria da leitura do texto desse notável filósofo.
Palavras-chave:
Paul Ricœur. Texto. Ação. Hermenêutica. Crítica.
Banca:
Prof. Dr. Abrahão Costa de Andrade (Orientador - UFRN)
Prof. Dr. Anazildo Vasconcelos (Membro Externo - UFRJ)
Prof. Dr. Daniel Durante (Membro Interno - UFRN)

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Data:
10/10/2007
Título:
"PLATONISMO E CRISTIANISMO DO ELOGISMO DA LOUCURA"
Não aprovada.
Palavras-chave:
Banca:
Profª Dra. Monalisa Carrilho de Macedo (Orientadora - UFRN)
Profª Dra. Lílian do Valle (Membro Externo - UERJ)
Profª Dra. Maria da Paz Nunes de Medeiros (Membro Interno - UFRN)

dissertação não disponível

Data:
09/10/2007
Título:
"A METAFÍSICA DA LUZ EM MARSILIO FICINO"
Resumo:
O objetivo da presente dissertação constitui analisar como a luz assume o sentido de vínculo universal na cosmovisão de Marsilio Ficino, especialmente a partir de suas obras Quid sit lumen, De Sole, De Amore e De Vita. A influência de Marsilio Ficino (1433-1499) na história do pensamento ocidental é impressionante. Além de ter traduzido para o latim textos importantes da tradição neoplatônica, Ficino presidiu a Academia de Careggi, reunindo importantes humanistas no auge do Renascimento. Os seus tratados sobre amor, beleza, luz, magia e imortalidade da alma influenciaram marcantemente a produção de outros pensadores. O tema da luz é de importância fundamental em sua obra, pois está profundamente relacionado com todos os outros aspectos de sua filosofia. Para ele, a luz é emanação espiritual que a tudo perpassa, sem se macular. Originada da bondade divina, a luz explode em beleza na multiplicidade, incendiando de amor a alma que verdadeiramente a contempla e que com ela se identifica. O ponto de partida dessa relação amorosa entre homem e divindade é, portanto, o mundo físico, que oculta em si a luz metafísica.
Palavras-chave:
luz; amor; beleza; Renascimento; humanismo; neoplatonismo; Marsilio Ficino.
Banca:
Profª Dra. Monalisa Carrilho de Macedo (Orientadora - UFRN)
Profª Dra. Lílian do Valle (Membro Externo - UERJ)
Prof. Dr. Anastácio Borges de Araújo Junior (Membro Interno - UFRN)

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Data:
15/06/2007
Título:
"ENTRE JÚBILO E RUÍNA: A PERSPECTIVA TRÁGICA DE NIETZSCHE"
Resumo:
Trata-se de investigar por que razão Nietzsche afirma, em 1888, quando revisa sua obra (Ecce Homo), que "para ser justo com O Nascimento da Tragédia será preciso esquecer algumas coisas", e, não obstante, insista, no mesmo escrito, em nomear-se "o primeiro filósofo trágico – isto é, o extremo oposto e o antípoda de um filósofo pessimista". Nietzsche elabora em O Nascimento da Tragédia uma teoria do trágico a partir da oposição e complementaridade entre apolíneo e dionisíaco, racionalismo e instinto, e na recusa da perspectiva pessimista. Desse modo, o objetivo da dissertação é discutir como a teoria da tragédia se modifica devido à ruptura com os dois inspiradores do primeiro momento da filosofia nietzschiana, Schopenhauer e Wagner – talvez as tais "coisas" a serem esquecidas de O Nascimento da Tragédia – e as implicações desta ruptura, que transforma a filosofia de Nietzsche em dissidente da tradição metafísica. Assim, percebe-se que há mais continuidade do que distanciamento no que concerne à definição de trágico, apenas anunciada em 1871. Da sentença do eterno retorno ao conceito de vontade de poder Nietzsche elabora uma perspectiva trágica, marcada pela celebração dionisíaca da vida, também representada através do "pessimismo dionisíaco", definido no § 370 da Gaia Ciência (1881-2), e da máxima do amor fati, enunciada no §276 da mesma obra; todos esses conceitos nietzschianos, discutidos nesta pesquisa, concentram, decisivamente, a idéia de aceitação e afirmação da vida, ou mais precisamente, o ocaso do herói trágico, entre júbilo e ruína.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente-UFRN)
Profª. Dra. Rosa Maria Dias (UERJ)
Profª. Dra. Fernanda Machado de Bulhões (UFRN)

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Data:
14/03/2007
Título:
"O CONCEITO DE CONSCIÊNCIA EM O SER E O NADA DE J.-P. SARTRE"
Resumo:
A presente dissertação tem por objetivo demonstrar como a consciência ou Para-si é tal que, de seu modo de ser ressalta-se que ela é nada, liberdade e temporalidade, na obra O Ser e o Nada de Jean-Paul Sartre. Para tanto será estabelecido como ponto de partida a concepção que Sartre empresta a noção de consciência, como sendo nada, vazia de qualquer conteúdo, que se volta para os objetos possuidores de uma existência transfenomenal, sendo em si mesmos independentes da consciência, que são Em-si. Nesse sentido, a consciência será analisada como transcendente ao objeto que ela não é, revelando assim a sua condição de reveladora-revelada, pois desvela um mundo concreto que existe a sua revelia, sendo ela, no entanto, a intencionalidade reveladora de que existem seres ao invés de nada, a prova ontológica de que fala Sartre.Daí em diante, toda consciência será sempre consciência de alguma coisa, reflexo do mundo, sem que a consciência seja nada do mundo. Para que a consciência possa sair do seu estado de negação original do mundo, passando a apreender esse mesmo mundo, dando-lhe o ser, na forma de um conhecimento, será necessário que ela seja cindida em duas: a consciência não-tética ou cogito pré-reflexivo, que torna possível a própria reflexão, pois, é a própria transfenomenalidade da consciência, de não ser nada daquilo que posiciona enquanto existente, sendo apenas o seu refletido; e a consciência tética ou o cogito, responsável pelo posicionamento da consciência não-tética, enquanto consciente de que é consciente, ou seja, enquanto sabendo que sabe. A partir daí será trilhado o caminho para deslindar a consciência ou Para-si como sendo estruturalmente Nada, Liberdade e Temporalidade. O que se pretende com isso é saber como a consciência, que em Sartre é primordialmente nada, poderia se constituir em liberdade que, por sua vez, se nos apresenta no campo da temporalidade? Ou seja, como essas três intraestruturas se imbricam para formar a consciência em Sartre? Primeiramente será através da análise de uma conduta da realidade humana, a interrogação, que será possível se entender como o Nada existe enquanto a matriz de toda possibilidade de negação. Após isso, será demonstrada como, em virtude de sua forma de existir, a realidade humana que tem o seu núcleo no Para-si, definido como Nada, já se propõe como Liberdade. A partir daí, será possível vislumbrar como a Liberdade é vivenciada pelo Para-si na forma de nadificação, ou seja, entender como o Para-si nadifica, ou melhor, se nadifica através da liberdade que ele é; nesse sentido, a liberdade será a própria ferramenta com que o Para-si nadificará o seu Nada original. A forma que o Para-si encontrará para obter o seu intento será projetando na Temporalidade, que lhe é inerente, a realização de um possível que lhe traga algum ser. Entretanto, será mostrado como o Nada pode inundar o momento de uma escolha tornando o instante da decisão palco de angústia, diante da falta de solidez do Para-si, uma vez que o Nada paira o tempo todo no fértil, porém frágil, campo das possibilidades que a realidade humana carrega em seu âmago enquanto sendo essencialmente Liberdade. Nesse sentido, a angústia será estudada como a própria consciência de liberdade, sendo a má-fé a tentativa de se negar a Liberdade em proveito de um refúgio contra o fato de que a vida é feita de incessantes escolhas. Palavras chave: Para-si, nada, liberdade, temporalidade, consciência.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Abrahão Costa Andrade (orientador-UFRN)
Prof. Dr. Arthuro Gouveia de Araújo (membro externo-UFPB)
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (membro interno-UFRN)

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Data:
24/11/2006
Título:
"PHYSIOLOGIA: Investigação em torno do nascimento e da morte no pensamento epicúreo"
Resumo:
Esse estudo apresenta uma análise do papel da physiologia, como investigação em torno do nascimento e da morte dentro da filosofia de Epicuro. O objetivo principal consistiu em percorrer o trajeto feito pelo sábio epicúreo partindo dos conceitos de átomo e vazio, até alcançar a realidade sensível, enfatizando as conseqüências praticas da investigação da natureza no modo de viver do filósofo. Epicuro acreditava que a chave para o conhecimento das coisas estava em investigá-las através da estrutura sensível do corpo e da memória, que apontam para os fenômenos como reais, mas procurando diferenciá-los; o homem também se torna fenômeno para si mesmo, respondendo por um modo de ser que é partilhado, em sua dimensão elementar, por tudo que continuamente está em movimento nos processos de geração e corrupção. O atomismo epicúreo fundamenta a crença na mortalidade da alma, suas bases físicas promovem uma associação necessária entre o tema da corrupção e dissolução dos corpos e a natureza da alma. Ao longo do percurso veremos como o conceito de limite assume um lugar central no pensamento epicúreo, principalmente no que concerne ao desejo, essa relação é traçada tendo sempre em vista a natureza. Tanto que por outro lado é justamente a ausência de limites em relação aos desejos que costuma trazer dor e sofrimento a vida humana. A cura é a filosofia, o tratamento terapêutico epicúreo remove as falsas crenças e os desejos vãos. A noção de limite, incluindo prazer e dor, nascimento e morte são reconhecidos como os limites naturais da vida. O sábio com base nesse conhecimento pode dissipar as crenças nascidas da ignorância, e traçar o limite das coisas possíveis e das coisas impossíveis. Pretendemos demonstrar que a crença nos fundamentos da physiología epicúrea constrói uma imagem da alma humana como um movimento contínuo integrante, junto com a carne, de uma unidade, um corpo vivo, um todo orgânico com os limites estabelecidos pelo nascimento e pela morte, e que ao longo do tempo pode gozar do prazer natural de viver, em virtude da liberdade que desfruta, principalmente, por ser sabedor que a morte nada é para o sábio.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente-UFRN)
Profª. Drª Gisele Amaral dos Santos (UFPB)
Prof. Dr. Anastácio Borges de Araújo Júnior (UFRN)

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Data:
25/08/2006
Título:
"A liberdade em espinosa"
Resumo:
Não foi enviado.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Emanuel Ângelo da Rocha Fragoso (UECE)
Prof. Dr. Jaimir Conte (UFRN)

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Data:
28/07/2006
Título:
"Pressupostos Ontológicos para se pensar a Nova Tecnologia: Técnica, Informação e Ser e Tempo"
Resumo:
A presente pesquisa, realizada no campo da metafísica, reúne pressupostos para uma fundamentação ontológica da Tecnologia da Informação, baseados na filosofia de Martin Heidegger, mais especificamente, na analítica existencial do Dasein na obra Ser e Tempo. A partir do pensar sobre "aquilo que hoje é", procurou-se investigar sobre que fundações está erguida a Nova Tecnologia para que estejamos hoje entregues ao projeto de numerização dos entes que, enquanto destina o homem para o esquecimento do Ser, ao mesmo tempo, lhe oferece a possibilidade de transformação. A relação entre a questão do Ser e a questão da técnica é analisada como caminhos que se cruzam e nessa cruzamento é possível pensar o que é técnica e o que é informação para Heidegger de que maneira os modos existenciais do Dasein servem para caracterizar como o homem está enredado no seio tecnologia da informação. A partir dessa apropriação, se chega ao pensamento de como pode se abrir uma perspectiva de recondução do homem à verdade do Ser. Por fim, a estruturação dos fundamentos torna possível à reflexão: com o que lidamos, como somos e em que direção nos encaminhamos, os temas gerais, respectivamente, de cada capítulo. São temas do primeiro capítulo: a) Caracterização concisa do Dasein, considerações apoiadas em Benedito Nunes, Hans-Georg Gadamer, Jacques Derrida e Rüdiger Safränski; b) conceito de técnica e sua essência em Heidegger; b) a distinção entre técnica e tecnologia, apoiada no pensamento de J. Ellul, Michel Séris, Otto Pöggeler, Michel Haar, Dominique Janicaud; c) Conceituação de cibernética, para Heidegger e em Norbert Wiener; d) Caracterização do conceito de língua de tradição e língua técnica; e) Conceituação preliminar de informação, análise etimológica e filosófica, visão de Heidegger e as teorias de Rafael Capurro; f) Análise do fenômeno de numerização dos entes, considerações de Paul Virilio e do conceito de realidade virtual apoiados em Henri Bergson e Gilles Deleuze. No segundo capítulo, passa-se à análise dos existenciais do Dasein, na sumarização dos fundamentos-base para a caracterização da tecnologia da informação como problema filosófico. Por fim, tendo sidos apresentados os conceitos introdutórios que delimitam a região do que está sendo questionado, seguidos dos indícios que formam os pressupostos ontológicos encontrados em Ser e Tempo, o terceito capítulo discorre sobre perigo, salvação e serenidade, três palavras-chave do pensamento heideggeriano sobre a técnica e que permitem abordar conclusivamente a questão.
Palavras-chave:
Técnica. Informação. Heidegger. Dasein. Tecnologia da informação.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Jorge Luiz Rocha de Vasconcellos (UGF)
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (UFRN)

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Data:
07/07/2006
Título:
"O Conceito de Participação em João Escoto Eriúgena"
Resumo:
A presente dissertação tem como objetivo o estudo do conceito de participação em João Escoto Eriúgena. O desenvolvimento da pesquisa dá-se a partir da identificação das fontes do irlandês, investigando o referido conceito a partir de Dionísio e os padres cristãos gregos, até chegar ao Periphyseon. Para Eriúgena os termos que se relacionam na participação - Deus, causas e efeitos - são, enquanto que aquilo que não mantém nenhuma relação de participação não é. Apoiando-se em sua concepção da relação entre causa e efeito, segundo a qual os efeitos participam da causa e se contêm nesta de alguma maneira, nos disse que todas as coisas subsistem eternamente em Deus, e que Deus se pode significar pelas coisas criadas. Eriúgena parte do princípio que as criaturas existem porque participam da Natureza Divina e dela recebem seu ser, pois fora dela nada existe verdadeiramente.
Palavras-chave:
Eriúgena, participação, causas, efeitos.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente-UFRN)
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (UFS)
Profª Drª Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN)

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Data:
06/12/2005
Título:
"O Princípio Metafísico da Poética de Aristóteles"
Resumo:
A definição de tragédia na Poética aponta para um projeto metafísico insinuado pela noção de kátharsis. A reconstituição do método de definição de Aristóteles inspira-se nos conceitos de enérgeia e dýnamis retirados da Física, entendendo causa como substância. A Doutrina das Quatro Causas é o referencial teórico que orienta a definição de tragédia, enquadrando-a no gênero da imitação e dividindo-lhes as espécies: linguagem (causa material), ação nobre e completa (causa formal), atores (causa eficiente) e kátharsis (temporariamente identificada como causa final). Entretanto, não há causa final na definição de tragédia. A kátharsis das paixões processa-se no espectador ao assistir à tragédia que é a imitação de uma ação nobre, executada pelos atores e não narrada. Aristóteles justificou sua proposição em favor da mimese ao assumir que "imitar é natural ao homem desde a infância e a vista das imagens proporciona a quem as contempla aprender e identificar cada original". Como princípio metafísico, Kátharsis se projeta para fora da definição de tragédia, onde realiza-se a manifestação catártica, no espectador. A pesquisa em torno do espectador retorna para a definição de tragédia, onde a imitação é cópia imperfeita que evoca no espectador a presença dos originais daqueles sentimentos imitados, realizando assim, a kátharsis dessas emoções. Kátharsis revela-se então, como auto-conhecimento e aproximação das verdades e perfeições divinas.
Palavras-chave:
princípio, causa, mimese, kátharsis dýnamis, enérgeia.
Banca:
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (Presidente-UFRN)
Profª Dra Sandra Sasseti Fernandes Erickson (UFRN)
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (UFRN)

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