Data:
18/12/2015
Título:
"ANÁLISE DO CONCEITO DE JUSTIÇA NO DIÁLOGO ENTRE TRASÍMAGO E SÓCRATES NO LIVRO 1 D'A REPÚBLICA"
Resumo:
Esta dissertação tem por objetivo a reflexão acerca dos sentidos de Justiça encontrados no Livro 1 d’A República, particularmente aqueles inseridos entre os trechos 336c e 354c. Analisa-se também a possibilidade de que o conceito de Trasímaco da Justiça como conveniência do mais forte é uma forma pré-platônica de entendimento da Justiça que, apropriada por Platão, passa a ser válida quando se considera o mais forte como sendo virtuoso e orientado ao Bem, situação apenas encontrada no contexto da República. Desse modo, defende-se que Trasímaco não está inteiramente errado quanto ao seu conceito de Justiça. Também se considera a noção de que a Justiça, ao longo d’A República, seja a harmonia entre os elementos da alma e da Cidade-Estado.
Palavras-chave:
Platão; Trasímaco; justiça; força; virtude; harmonia; República.
Banca:
Prof. Dr. Edrisi Araujo Fernandes (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Sérgio Eduardo Lima da Silva (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Pablo Moreno Paiva Capistrano (Membro externo - UFSJ)

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Data:
15/12/2015
Título:
"ANÁLISE DO CONCEITO DE JUSTIÇA NO DIÁLOGO ENTRE TRASÍMAGO E SÓCRATES NO LIVRO 1 D'A REPÚBLICA"
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo analisar a possibilidade de uma abordagem ética da relação entre homens e animais que, tanto quanto possível, não se baseie nem razões utilitárias nem em razões indiretas para explicar a atribuição de dignidade ou de direitos morais aos animais. Tomamos como pressuposto que alguns deles (se não todos) os possuem, e tentamos mostrar que uma ética de caráter deontológico, centrada no ser humano como o agente, mas não restrita a ele enquanto objeto da ação moral, pode fornecer um suporte teórico para a fundamentação de tal atribuição. A partir da análise das características principais da ética kantiana, e de algumas teorias alternativas, será possível mostrar que uma teoria ética que não pressuponha reciprocidade nem dependa exclusivamente de interesses particulares humanos não apenas é possível como também se revela a mais sensível e adequada à natureza dos nossos valores e do caso em questão.
Palavras-chave:
direitos animais, deveres humanos, deontologia, ética kantiana.
Banca:
Profª. Drª. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Joel Thiago Klein (Membro interno - UFRN)
Profª. Drª. Flávia Carvalho Chagas (Membro externo - UFPeL)

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Data:
08/12/2015
Título:
"MERLEAU-PONTY: UMA ONTOLOGIA DO VISÍVEL"
Resumo:
O presente trabalho discute a ontología do visível no pensamento de Maurice Merleau-Ponty (1908-1961), ao qual aponta para uma profundidade e opacidade do mundo percebido que se opõem à transparência do mundo geométrico pensado por René Descartes (1596-1650). Num primeiro momento é abordado o discurso cartesiano desenvolvido na Dióptrica de Descartes, o primeiro de três discursos científicos publicados em 1637, sendo introduzidos pelo famoso Discurso do Método. Neste sentido, esta pesquisa discorre sobre a explicação mecanicista que o filósofo moderno apresenta acerca da visão, um processo que abrange a formação das imagens na retina e sua comunicação ao cérebro, bem como a posterior leitura realizada por uma mente imaterial. Discute-se a noção de imagem enquanto resultado da interpretação do espírito, pois, para Descartes, não é o olho que vê, mas sim o espírito que lê e decodifica os sinais que o corpo recebe do mundo. Noutro momento, reflete-se sobre a crítica do filósofo Maurice Merleau-Ponty ao pensamento de sobrevoo presente na Dióptrica de Descartes. Para tanto, toma-se como principal referência a terceira parte da obra O Olho e o Espírito (1961), na qual a abordagem intelectualista da visão é considerada como uma tentativa fracassada de se afastar do visível para reconstruí-lo a partir de lugar nenhum. Neste sentido, reflete-se sobre uma nova ontologia proposta por Merleau-Ponty que pensa o ser sem se afastar dos enigmas do corpo e de visão. Enigmas que manifestam uma promiscuidade entre o vidente e o visível, entre o senciente e o sensível. Desse modo, o presente trabalho discorre sobre o modo como a visibilidade foi tratada pelo filósofo contemporâneo, não como algo a ser julgado pelo espírito para obter uma real natureza das coisas, mas como uma manifestação das coisas mesmas. Por fim, esta pesquisa explora a ontologia do visível no pensamento merleaupontiano, uma ontologia que não reconstrói nem se apropria do visível por um pensamento de sobrevoo, mas que se faz a partir da própria visibilidade enquanto relação originária e incessante com a profundidade do mundo.
Palavras-chave:
Sobrevoo cartesiano. Enigma da visão. Ontologia do Visível. Carnalidade da imagem.
Banca:
Prof. Dr.Eduardo Anibal Pellejero (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Sérgio Luís Rizzo Dela-Sávia (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Wanderley Cardoso de Oliveira (Membro externo - UFSJ)

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Data:
07/12/2015
Título:
"O ETERNO RETORNO COMO PARÓDIA E COMO COLAGEM NA FILOSOFIA DA DIFERENÇA DE GILLES DELEUZE"
Resumo:
Gilles Deleuze escreveu comentários sobre vários filósofos, mas a relação que estabeleceu com Nietzsche tem um papel singular em seu pensamento: a apropriação conceitual do “eterno retorno” para pensar o eixo central de sua tese, Diferença e repetição, defendida em 1968. Os termos “diferença” e “repetição” apareciam em seu Nietzsche e a filosofia, de 1962, associados ao eterno retorno. Nosso trabalho analisa as apresentações do conceito nessas duas obras. O primeiro capítulo expõe a construção do estilo e o aspecto crítico e metodológico da filosofia nietzschiana, que são fundamentais à compreensão da interpretação em questão. Em seguida, analisa a primeira exposição do conceito expressa nos seguintes termos: existência estética inocente ou justificada a partir da figura do jogo. Veremos como a imagem do jogo implica outra concepção do acaso, que leva Deleuze a pensar um “tipo” filosófico afirmativo, capaz de criar novos valores. O segundo capítulo avalia o caráter existencial, “ético-seletivo” e “físicocosmológico” do conceito, assim como as dificuldades que impõe ao intérprete de Nietzsche. Posteriormente, apresentamos a compreensão deleuziana do eterno retorno como “paródia” ou “simulacro de doutrina”. O terceiro capítulo analisa essa posição interpretativa como uma transmutação dos valores a partir de uma recombinação de perspectivas, visando superar as compreensões negativas da existência. Queremos problematizar o modo pelo qual Deleuze elabora outra imagem do pensamento, a partir do eterno retorno, aquela que, por uma espécie de “colagem” e de eliminação seletiva do negativo, propõe um trabalho historiográfico, e descobre uma linhagem de pensadores da imanência e da diferença. Um desvio do pensamento da identidade, do mesmo e do semelhante. Queremos, por fim, compreender através desse percurso, sua crítica ao que chama “imagem dogmática do pensamento”.
Palavras-chave:
Ontologia, Filosofia da Diferença, Eterno Retorno, Transvaloração dos valores.
Banca:
Prof. Dr.Eduardo Anibal Pellejero (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Dax Fonseca Moraes Paes Nascimento (Membro interno - UFRN)
Profª. Drª. Cintia Vieira da Silva (Membro externo - UFOP)

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Data:
27/11/2015
Título:
"PROGRAMAS DE VERDADE, 'MUNDOS DE CRENÇA': O VERDADEIRO SEGUNDO PAUL VEYNE"
Resumo:
O presente estudo trata de refletir sobre o lugar da verdade, no cotidiano da experiência humana. A noção de verdadeiro expressa de diferentes formas, em diferentes sistemas de pensamento, culturais e históricos, revela a não uniformidade de seus significados e a arbitrariedade de seu agrupamento sob um mesmo nome, verdade. Diante desse fato, de tantas crenças assumidas como absolutas, perguntamos junto com o historiador Jean Paul Marie Veyne, se a Verdade é apenas uma, ou muitas designadas por uma palavra homônima. Se, através de suas ideias, os homens não podem acessar um conhecimento definitivamente sólido, imutável e desenvolto das interferências de sua condição humana (como os seus interesses e afetos), então em que sentido ele poderá reivindicar uma Verdade maior e exclusivista? Assumindo a impossibilidade de uma apreensão da realidade desse tipo, Paul Veyne desenvolve a noção de programas de verdade, crenças referenciais assumidas como cartografias que direcionam a ação e o pensamento. Defendendo, assim, a ideia de heterogeneidade e pluralidade, como elementos irredutíveis das verdades humanas. Se de um lado há na sociedade uma pluralidade de programas de verdade, de outro há uma pluralidade de crenças que é interior ao homem. Isto é, em seu modo de crer o homem também se mostra plural, pois crê em mais de um programa e em programas contrários. O pensamento de Paul Veyne não deixa de ser uma forma de cepticismo dirigida a todas as verdades antropológicas pretensamente absolutas e universais. Pois a depender do regime de crenças estudado e do momento específico de sua história, um jogo de regras é instituído para distinguir o verdadeiro do falso.
Palavras-chave:
Crenças, programas de verdade, pluralidade, cepticismo.
Banca:
Prof. Dr.Eduardo Anibal Pellejero (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Orivaldo Pimentel Lopes Junior (Membro interno - UERN)
Profa. Dra. Yolanda Gloria Gamboa Muñoz (Membro externo - PUC - SP)

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Data:
23/11/2015
Título:
"O CRISTIANISMO E A CRÍTICA À MODERNIDADE NA OBRA O ANTICRISTO DE NIETZSCHE"
Resumo:
O presente estudo parte do esclarecimento da análise psicofisiológica do cristianismo empreendida por Nietzsche, investigando a sua relação com a instância do corpo, enquanto espaço dinâmico de processos agonísticos entre forças, e evidenciando a crítica à consciência, ao estatuto do ‘Eu’, produto dos processos corporais, permitindo compreender, por fim, o que Nietzsche denomina processo de décadence. Em um primeiro momento, trata-se de analisar de que modo o ideário cristão deprecia e nega a vida em vista a um mundo além, o mundo verdadeiro, sendo sintoma de degeneração e fragilidade vital, elementos caracterizadores da décadence. Em seguida, examinamos a genealogia do cristianismo na obra O Anticristo de Nietzsche, tendo em vista reconstruir os pontos que permitiram o emergir do ideário cristão no seio da cultura hebraica. Veremos que todos estes processos valorativos frente à existência podem ser entendidos como processos fisiológicos que expressam uma dinâmica entre as forças que compõem os corpos, tanto os corpos dos indivíduos, quanto corpos culturais, sendo também expressões de organizações entre as múltiplas forças que compõe a totalidade, que se mantém sempre aberta para possíveis reconfigurações das forças que a constitui. Por fim, investigamos a modernidade e suas raízes no cristianismo, buscando elucidar em que medida o discurso moderno, embora tente superar o ideário cristão, mantém-se ainda vinculado ao seu âmbito metafísico. Para Nietzsche, a civilização ocidental é o desdobrar natural do ideário cristão, enquanto conjunto de ideias civilizatórias, um lento prostrar-se e quebramento dos instintos. Mesmo as ideias que parecem confrontar diretamente a religião cristã deslegitimando-a, como as ideias de democracia, ciência e progresso são derivadas do ideário cristão, são sintomas do processo de décadence.
Palavras-chave:
Nietzsche; Cristianismo; Anticristo; Modernidade; Decadência.
Banca:
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Neto (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Dax Fonseca Moraes Paes Nascimento (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Francisco Jose Dias de Moraes (Membro externo - UFRRJ)

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Data:
24/09/2015
Título:
"OF MADNESS AND MANYVALUEDNES: AN INVESTIGATION INTO SUSZKO'S THESIS"
Resumo:
Suszko’s Thesis is a philosophical claim regarding the nature of many-valuedness. It was formulated by the Polish logician Roman Suszko during the middle 70s and states the existence of “only but two truth values”. The thesis is a reaction against the notion of many-valuedness conceived by Jan Łukasiewicz. Reputed as one of the modern founders of many-valued logics, Łukasiewicz considered a third undetermined value in addition to the traditional Fregean values of Truth and Falsehood. For Łukasiewicz, his third value could be seen as a step beyond the Aristotelian dichotomy of Being and non-Being. According to Suszko, Łukasiewicz’s ideas rested on a confusion between algebraic values (what sentences describe/denote) and logical values (truth and falsity). Thus, Łukasiewicz’s third undetermined value is no more than an algebraic value, a possible denotation for a sentence, but not a genuine logical value. Suszko’s Thesis is endorsed by a formal result baptized as Suszko’s Reduction, a theorem that states every Tarskian logic may be characterized by a two-valued semantics. The present study is intended as a thorough investigation of Suszko’s thesis and its implications. The first part is devoted to the historical roots of many-valuedness and introduce Suszko’s main motivations in formulating the double character of truth-values by drawing the distinction in between algebraic and logical values. The second part explores Suszko’s Reduction and presents the developments achieved from it; the properties of two-valued semantics in comparison to many-valued semantics are also explored and discussed. Last but not least, the third part investigates the notion of logical values in the context of non-Tarskian notions of entailment; the meaning of Suszko’s thesis within such frameworks is also discussed. Moreover, the philosophical foundations for non-Tarskian notions of entailment are explored in the light of recent debates concerning logical pluralism.
Palavras-chave:
Many-valued logics; Suszko’s thesis; Bivalence; Entailment; Logical Pluralism.
Banca:
Prof. Dr. João Marcos de Almeida (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Luiz Carlos Dias Pinheiro Pereira (Membro externo - UFRJ)
Prof. Dr. Heinrich Wansig (Membro externo - RUHR - UNIVERSITÄT BOCHUM)

Dissertação não disponível.

Data:
23/08/2015
Título:
"NIETZSCHE E A CRÍTICA DA LINGUAGEM COMO PRODUTORA DE 'VERDADES' "
Resumo:
Desde sua juventude, Nietzsche dá atenção especial ao tema da linguagem. Seu olhar filológico faz dela objeto de análise, e todo o seu pensamento filosófico não pode ser desvinculado desse tema tão importante que permeia todas as suas obras. Assim, a questão central desenvolvida nesta pesquisa consiste em refletir sobre o problema da crença na linguagem como produtora de “verdade”. No primeiro capítulo deste trabalho, entendemos que é imprescindível compreender a análise nietzschiana sobre as origens da linguagem, tendo como base os textos de juventude. O objetivo é compreender que a linguagem não é uma adequação exata da realidade e que a verdade nasce no meio gregário, sendo, desse modo, uma série de convenções e antropomorfismos. Já no segundo capítulo, nossa análise avança em direção à crítica à linguagem conceitual como forma de abreviação das coisas, como também à razão, ou “metafísica da linguagem”, como forma de discurso baseada na gramática para postular a existência de um mundo fixo, estável e imutável. Para Nietzsche, a crença na gramática fez a tradição filosófica cometer grandes equívocos, entre eles, defender a ideia de que o mundo se constitui exatamente segundo seus hábitos e pensamentos. E, no terceiro capítulo, nossa atenção estará voltada para os aspectos afirmativos do pensamento de Nietzsche sobre a linguagem. A busca por um tipo de linguagem que seja a favor da vida, considerada como vir-a-ser constante, tem o seu ápice no Zaratustra, onde Nietzsche se reapropria da linguagem para promover o ultrapassamento das categorias dicotômicas da metafísica. É aí que a sua linguagem se manifesta de forma cantada, hipotética, imagética e, além de tudo, poética.
Palavras-chave:
Metáfora. Linguagem metafísica. Linguagem poética.
Banca:
Profª. Dra. Fernanda machado de Bulhões (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Dax Fonseca Moraes Paes Nascimento (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Miguel Angel Barrenechea (Membro externo - UFS)

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Data:
22/12/2014
Título:
"CONHECIMENTO DE SI E UNIDADE: CONSIDERAÇÕES SOBRE A ALMA EM PLOTINO"
Resumo:
O objetivo desta dissertação é desenvolver uma análise sobre a ideia da imortalidade da alma a partir das Enéadas de Plotino pela compreensão do discurso da alma como eterna, una-múltipla e em busca da simplicidade com o Uno diante da temporalidade do corpo múltiplo. Para tanto, iniciamos tentando analisar suscintamente as hipóstases plotinianas (O Uno, o Espírito e a Alma) para melhor estabelecer as bases do pensamento de Plotino ao abordar o tema da ideia da alma e sua imortalidade. Procuramos examinar a epistéme do pensamento de Plotino e sua dialética no intuito de desenvolvermos uma compreensão das relações existentes entre as matérias sensível e inteligível e as formas. Assim, desenvolve-se nas Enéadas de Plotino o papel fundamental do Logos e dos Lógoi na formação da alma. Analisamos também na processão (proódos) e no retorno (epístrophé) as implicações dos aspectos da eternidade sobre a purificação da alma na temporalidade do corpo. Procuramos, por fim, na ideia da imortalidade da alma pelo conhecimento de si mesma a imortalidade na simplicidade do Uno, isto é, o momento último da busca do autoconhecimento pelo esquecimento de si para está só com o Uno: o “despoja-te de tudo” (Aphele pánta).
Palavras-chave:
Alma; Imortalidade; Autoconhecimento; Simplicidade; Plotino.
Banca:
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. José Teixeira Neto (Membro externo - UERN)
Prof. Dr. Nilo Cesar Batista da Silva (Membro externo - UFS)

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Data:
19/12/2014
Título:
"LACAN, GÖDEL, A CIÊNCIA E A VERDADE"
Resumo:
Jaques Lacan, o pensador que propõe um retorno às bases fundamentais da psicanálise em Freud, estipula que a matemática lhe seria cara como meio de transmissão privilegiado do saber junto à ciência. Ainda que siga como fundamento da ciência moderna a matematização da natureza, para ele esse princípio não implica em eliminar o sujeito que a produz. Isso seria equivalente a dizer que não pode haver uma linguagem, qualquer que seja, mesmo a matemática, que possa “apagar” o sujeito pressuposto na ciência. Junto ao texto A Ciência e a verdade tentaremos introduzir a ideia, não tão simples, por sinal, da verdade como causa. Mencionando o quadro das causas em Aristóteles, Lacan falará de uma homologia entre a verdade como causa formal, no caso da ciência, e a verdade como causa material, no lado da psicanálise. Dentre seus intentos com esse texto, ele quer estabelecer que o sujeito do inconsciente não seria outro senão o sujeito da ciência. Os famosos teoremas de incompletude do lógico-matemático Kurt Gödel entrariam aqui como um capítulo dessa questão. Reconhecidos como verdadeiros divisores de águas, esses teoremas nunca tardam em ser citados como reveladores mesmo fora do ambiente matemático, e o próprio Lacan não se limita à indiferença. Ele faz menção ao nome de Gödel e extrai de algumas observações aparentemente modestas um apoio para sua própria teoria. Sendo que algum rebuscamento aguarda o leitor que se propõe compreender essa suposta corroboração que Gödel presta a psicanálise, introduzir o estudioso de Lacan no uso que ele faz dos teoremas de incompletude é o objetivo do presente trabalho. Em A ciência e a verdade, onde nos cabe localizar o nome de Gödel, deve-se questionar como apreender uma tal ideia sem incorrer na extrapolação e no abuso do saber matemático, quase corriqueiros nesse caso. Assim, esse trabalho pretende apresentar ao leitor o raciocínio subjacente aos teoremas de Gödel, familiarizá-lo quanto às pretensões matemáticas de Lacan, e indicar como se procede o uso dessa matemática implícita no texto A ciência e a verdade.
Palavras-chave:
Jaques Lacan. Kurt Gödel. Teoremas de incompletude. Psicanálise. Matemática.
Banca:
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Bruno Rafaelo Lopes Vaz (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Giovanni da Silva de Queiroz (Membro externo - UFPB)

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Data:
19/12/2014
Título:
"A POLÍTICA COMO PROETO DE AUTONOMIA EM CORNELIUS CASTORIADIS"
Resumo:
A pesquisa consiste em apresentar os conceitos e argumentos mais importantes para Cornelius Castoriadis que permitam elucidar o papel da ação política na busca pela autonomia coletiva e individual. A partir da delimitação histórico-conceitual da reflexão filosófica sobre a autonomia, demonstrar as principais críticas de Castoriadis dirigidas ao determinismo histórico, às tendências totalitárias presentes na história da filosofia e à alienação promovida pela ideologia capitalista. Para tanto, é essencial compreender as categorias usadas por ele em todo o seu percurso filosófico: sociedade, imaginação radical, imaginário social, linguagem e social-histórico. Castoriadis opõe-se a qualquer concepção da história que apele para um plano pré-determinado, seja de origem natural, racional ou divina. Ele prossegue na ideia de que cada sociedade é o resultado da permanente tensão entre sociedade instituída e sociedade instituinte, pois cada sociedade é fruto da diferença entre a sociedade particular e o imaginário social que promove sua alteração. A história é criada pela atividade teórica e prática dos homens na dimensão chamada de social-histórico que se impõe como limite que não se pode ultrapassar mesmo sendo objeto de constante interrogação e de mudança da ação humana. Para esclarecer a noção de democracia apresentada por Castoriadis é necessário analisar com profundidade como o imaginário radical está inserido na formação do indivíduo e na instituição da sociedade, bem como, elucidar o modo como se relacionam os conceitos de autonomia, heteronomia, liberdade, igualdade e justiça, explicitando em qual contexto aparecem dentro da obra de Castoriadis.
Palavras-chave:
Autonomia. Democracia. Social-histórico.
Banca:
Prof. Dr. Sergio Luis Rizzo Dela Savia (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Fábio de Barros Silva (Membro externo - UFSJ)
Prof. Dr.José Luiz de Oliveira (Membro externo - UFSJ)

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Data:
17/12/2014
Título:
"A COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTAÇÃO MORAL EM SCHOPENHAUER"
Resumo:
O escopo desse trabalho pretende investigar até que ponto o sentimento da compaixão é importante para as fundamentações morais. Desse modo, tomaremos como base de análise a fundamentação moral do filósofo Arthur Schopenhauer, em seu ensaio “Sobre o Fundamento da Moral”, que foi um defensor do sentimento da compaixão em sua fundamentação ética. A fim de aprofundarmos as discussões sobre a dicotomia do ser humano, que o divide entre razão e sensibilidade no campo moral, investigaremos, também, a crítica de Schopenhauer à moral kantiana, que é fundamentalmente racional. Entendemos que analisando tanto a sua fundamentação moral, quanto sua crítica à moral kantiana, conseguiremos entender o verdadeiro significado do sentimento da compaixão no campo moral. Sendo assim, acreditamos que se deve levar em consideração o valor desse sentimento nas fundamentações éticas. Como proposta, tentaremos uma aproximação no que diz respeito à razão e à sensibilidade no campo moral.
Palavras-chave:
Compaixão. Ética. Schopenhauer. Kant.
Banca:
Profª. Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Dax Fonseca Moraes Paes Nascimento (Membro interno - UFRN)
Profª. Dra. Maria de Lourdes Alves Borges (Membro externo - UFSC)

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Data:
17/12/2014
Título:
"A INVESTIGAÇÃO SOBRE A ÉTICA DA CIÊNCIA"
Resumo:
A partir da querela sobre o Debate do Positivismo na Sociologia Alemã, Positivismusstreit, é plausível estabelecer uma relação entre os fundamentos epistemológicos e a ética normativa. O racionalismo crítico, advogado por Karl Popper e Hans Albert, e a teoria crítica de Theodor Adorno e Jürgen Habermas corroboram em rejeitar o relativismo epistemológico. Porém, ambas partem de perspectivas distintas. O racionalismo crítico possui como fulcro a investigação da intolerância, através das ideologias políticas baseadas no dogmatismo das teorias pseudocientíficas. Já a teoria crítica, através do método da dialética negativa, demonstra as formações das ideologias políticas através da associação da esfera pública com o modo de produção econômica do capitalismo tardio, responsável pela despolitização da esfera pública. O racionalismo crítico fundamenta a lógica situacional, método dedutivo puro, que torna da ciência neutra e objetiva. Esse método alicerçado na tradição crítica do princípio da falseabilidade seria responsável pelo progresso das ciências sociais, pois distinguiria as ciências, do dogmatismo intolerante das ideologias que geram ações violentas na política. Porém, para Adorno, esse método gera a instrumentalização da razão, pois o objetivo juízo da totalidade sócio-histórica é alienado ao valor subjetivo do mercado e na venda da força de trabalho. Essas características, segundo Habermas, compõem a ideologia burguesa que aparelha a esfera pública, tornando o poder político paralelo ao sistema de produção econômica. Por isso, é necessário uma nova hermenêutica do racionalismo crítico para responder as críticas de Adorno e Habermas. A nova hermenêutica é uma perspectiva de relação entre a ética e a ciência, elaborada por Mariano Artigas e Paulo Eduardo Oliveira, visando estabelecer uma fundamentação de princípio moral para o funcionamento da ciência.
Palavras-chave:
Positivismo, Racionalismo Crítico, Teoria Crítica, Autonomia, Ciência.
Banca:
Prof. Dr. Sergio Luis Rizzo Dela Savia (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Antônio Basílio Novaes Thomaz de Menezes (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Ivanaldo Oliveira dos Santos (Membro externo - UERN)

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Data:
12/12/2014
Título:
"PARA UMA METAPSICOLOGIA FREUDIANA DA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA"
Resumo:
Há muito a arte já era tema de acirradas discussões filosóficas quando do surgimento da psicanálise no fim do século XIX. Com o avanço desta e seu eventual deslocamento do campo das patologias psíquicas para as produções da cultura, superpõe-se às então produções teóricas sobre a arte um discurso que implica novas categorias do acontecer psíquico no fazer artístico. Com o conceito freudiano de inconsciente todo fazer humano passou a ser concebido como comportando a marca do ser dividido que é o homem. Julgamos a experiência estética como indissociável desse fazer. E é por apostar na singularidade da abordagem psicanalítica no campo estético que nos aventuramos a propor uma descrição metapsicológica da experiência estética. Para tanto, devemos primeiramente compreender qual o critério que Freud utiliza para o uso do conceito de sublimação, este que consideramos um conceito chave para a análise da experiência estética. A experiência é dividida ainda na experiência estética do espectador, isto é, a contemplação, e a experiência do autor, isto é, a do criador da obra.
Palavras-chave:
filosofia; psicanálise; metapsicologia; sublimação; arte; experiência estética.
Banca:
Prof. Dr. Eduardo Anibal Pellejero (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Gilson de Paulo Moreira Iannini (Membro externo - UFOP)
Profª. Dra. Glaucineia Gomes de Lima (Membro externo - UnP)

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Data:
04/12/2014
Título:
"EDUCAÇÃO, ARTE E VIDA NO PENSAMENTO DO JOVEM NIETZSCHE"
Resumo:
O presente trabalho explana a crítica de Nietzsche à cultura (Kultur) moderna a partir de um diagnóstico da educação (Erziehung) imposta pelo Estado. O diagnóstico, apresentado nas Conferências proferidas por Nietzsche no início de sua docência, identifica o modelo de educação como um instrumento de embotamento do homem e da vida. É com base apenas nos escritos de juventude que exploramos sua crítica ao modelo de educação moderna, esta como abstrata e histórica, além de distanciar o saber da vida. Essa educação dá ao homem a função de utilidade para o trabalho e oferece a ele uma felicidade advinda do consumo e apatia em relação à vida. Todavia, no modelo nietzschiano de educar, o homem se relaciona com a vida e com o mundo, porque educar é ensinar o indivíduo a pensar, a lidar com conceitos, com experiências e com possibilidades para a vida, de preferência com o apoio da filosofia e da arte. Fortemente influenciado por um músico e um filósofo – Wagner e Schopenhauer –, o jovem Nietzsche acredita na experiência estética para educar a sensibilidade e os instintos, pois, absorto na experiência, o homem passa a ser artista e é comunicado pela arte sobre um saber relacionado à vida. Mas não consideramos aqui a arte em um único sentido, isto é, belos objetos, mas uma arte como atitude criativa em relação ao conhecimento e à vida. É desta forma que uma cultura autêntica nasce: no processo de recriação do conhecimento acumulado e aprendido, na consideração da vida como um processo ininterrupto de mudanças. Ao pensar a educação imbricada com a vida também na III Extemporânea – Schopenhauer educador, Nietzsche reinterpreta a Bildung (formação) moderna e a toma como um cultivo de si a partir de exemplos imaginados: grandes homens que fizeram da vida uma obra de arte. "Torna-te o que tu és" é a Bildung nietzschiana para o homem que quer conduzir a vida com um heroísmo individual alcançado na luta pela vida para fazê-la única. A cultura floresce quando a vida do grande homem, aquele que cultivou a si mesmo com arte e filosofia, inspira os jovens de amanhã.
Palavras-chave:
Arte, Filosofia, Educação, Vida, Cultura.
Banca:
Profª. Dra. Fernanda Machado de Bulhões (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Miguel Angel de Barrenechea (Membro externo - UFRJ)

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Data:
07/11/2014
Título:
"INVOLUÇÃO CRIADORA: O MAIOR E O MENOR NA OBRA DE GILLES DELEUZE"
Resumo:
Discute-se no presente trabalho o pensamento político do filósofo francês Gilles Deleuze (1925 – 1995), a partir dos conceitos de menor/maior, pois, através deles, a filosofia de Deleuze produz problemáticas pertinentes para pensar a política e suas formas. Não só os conceitos de maior/menor, mas o conceito de devir, no modo de devir-menor marca a proposição do que poderíamos chamar de uma proposta propriamente deleuziana para a política. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho é expor a maneira de uma possível política do devir, e de uma ética da luta a ela associada. Estudar o pensamento político de Deleuze hoje é não abdicar de um pensamento político que reconhece as singularidades e abraça a luta política não como revolução totalizante, mas como resistência. A análise dos conceitos de maior/menor, e do devir na forma de devir-menor mostra-se como proposição política necessária no contexto atual.
Palavras-chave:
Gilles Deleuze, filosofia política, maior/menor, devir-menor, rostidade.
Banca:
Prof. Dr. Eduardo Anibal Pellejero (Presidente - UFRN)
Profª. Dra. Cintia Vieira da Silva (Membro externo - UFPO)
Prof. Dr. Jordi Carmona Hurtado (Membro externo - UFCG)

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Data:
07/11/2014
Título:
"HEIDEGGER E A TÉCNICA MODERNA"
Resumo:
O objetivo geral da pesquisa consiste em esclarecer e discutir a contribuição original de Martin Heidegger para a reflexão filosófica sobre a essência da técnica moderna. Para tanto, estruturou-se o percurso interpretativo da presente dissertação em dois momentos fundamentais. Em um primeiro momento, apresentamos a interpretação heideggeriana da essência da era moderna que, por sua vez, será reconhecida a partir do fundamento metafísico que funda a essência da ciência moderna, qual seja: a subjetividade que representa, calcula, controla e produz o real. Veremos que, nesse contexto, a ciência moderna foi pensada ainda ao lado da técnica moderna, o que vai mudar consideravelmente a partir dos escritos do pós-guerra, nos quais Heidegger pensa a ciência moderna a partir de um processo muito mais amplo e fundamental em que já vem se desdobrando a essência da técnica. Assim, em um segundo momento, analisaremos de que modo, para Heidegger, a moderna metafísica da subjetividade atingiu o seu acabamento na época da técnica moderna a partir do princípio de controle e planificação dos entes em geral (Gestell), revelando o sentido não-técnico da técnica (para além da visão antropológica, humanista e instrumental) bem como o caráter ameaçador da técnica moderna em seu projeto de conversão do ente em fundo de reserva (Bestand).
Palavras-chave:
Modernidade, Técnica Moderna, Metafísica, Tecnologia, Heidegger.
Banca:
Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Alves Neto (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Francisco José Dias de Moraes (Membro externo - UFRRJ)

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Data:
16/05/2014
Título:
"A RELAÇÃO ENTRE AS NOÇÕES DE ELEUTHERÍA E AUTÁRKEIA NA FILOSOFIA DE EPICURO"
Resumo:
Da relação entre autárkeia (autarquia) e eleuthería (liberdade) emerge o sentido de liberdade na filosofia de Epicuro (341-270 a.C.). Essas noções foram textualmente relacionadas nas Sentenças Vaticanas. Esta perspectiva é privilegiada por pôr às claras a diferença entre o sentido geral de liberdade e seu sentido específico. Este último se identifica com a noção grega de eleuthería. O sentido geral de liberdade abrange a physiología (investigação da natureza) e ética epicuristas. O exame da física epicurista revela um espaço natural para as ações livres: o espaço para construção humana (par'hemás). É nesse espaço fora do domínio da anánke (necessidade) que os homens exercem seu poder de livre escolha e podem ser ditos causa de suas ações ou serem caracterizados como autárquicos. O exercício da autárkeia condiciona a eleuthería (liberdade). Para ser autárquico é preciso conhecer a si mesmo e conhecer a phýsis (natureza). De posse do saber da natureza, o sábio se sabe livre para agir segundo sua vontade, sem intervenção de deuses nem do destino. No serviço da filosofia, o sábio encontra a eleuthería, a liberdade em seu sentido específico, a verdadeira liberdade, que se caracteriza por um agir "positivo", na dependência apenas de si mesmo. Esse é o itinerário percorrido pelo pensamento de Epicuro em direção a solução do problema que contrapõe necessidade e liberdade: ou há anánke (necessidade) e não somos livres ou somos livres e não há anánke. À primeira alternativa se segue o despropósito da filosofia: não haveria razão para transmitir conhecimentos, pois tanto quem erra quanto quem acerta, erra e acerta segundo a necessidade; à segunda alternativa se segue a ausência de encadeamentos causais, em última instância, impossibilitando a atribuição de causa a quem quer que seja. Assim, Epicuro preserva as noções de necessidade e de liberdade, apenas alocando-as em suas devidas esferas de atuação. A ideia geral de liberdade no epicurismo excede aquela de eleuthería e só pode ser compreendida na conjunção entre autárkeia e eleuthería.
Palavras-chave:
Epicuro, autarquia, liberdade, necessidade.
Banca:
Profº Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Profº Dr. Edrisi de Araújo Fernandes (Membro Interno - UFRN)
Profª Dra. Izabela Aquino Bocayuva (Membro externo - UERJ)

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Data:
23/12/2013
Título:
"DEUS, MENTE E MUNDO: SOBRE OS CONCEITOS DE COMPLICATIO, IMAGO E EXPLICATIO A PARTIR DO DIÁLOGO "DE MENTE" DE NICOLAU DE CUSA"
Resumo:
O presente trabalho versa sobre como os três temas centrais da metafísica tradicional, a saber, Deus, o homem e o mundo, são repensados pela especulação filosófica do cardeal alemão Nicolau de Cusa (1401-1464). Devido à abrangência dessa temática, nossa dissertação teve como ponto de partida e referencial constante o livro que o filósofo escreveu em 1450, Idiota. De mente, segundo escrito que compõe a série de diálogos do Idiota (Idiotae libri), e cuja discussão se desenvolve em torno ao tema da mente humana. A partir do diálogo De mente nós construímos a nossa reflexão tomando algumas questões e fundamentações teóricas apresentadas no Idiota. De sapientia e no De docta ignorantia, estendendo-a a pouco mais que isso. De acordo com Nicolau de Cusa, a mente humana, em seu caráter criativo à imagem da mente divina, transcende as considerações puramente funcionais que geralmente lhe são atribuídas, isto é, no que se refere à sua natureza cognitiva e ao seu papel epistemológico. Para além desses aspectos, o Cusano entende a humana mens como um ponto de articulação dos outros dois temas que protagonizam a sua metafísica: Deus e o mundo. Neste contexto, através dos conceitos de complicatio-explicatio e imago, bem como da intercessão entre o tema do homem imago Dei e o motivo do microcosmo, nós apresentamos aqui uma introdução à filosofia cusana.
Palavras-chave:
Nicolau de Cusa. Metafísica. Deus. Universo. Mente humana.
Banca:
Profº Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Profº Dr. Edrisi de Araújo Fernandes (Membro Interno - UFRN)
Profº Dr. José Teixeira Neto (Membro externo - UERN)

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Data:
18/12/2013
Título:
A Questão da linguagem e do pensamento a partir da carta sobre o humanismo.
Resumo:
O intuito dessa dissertação consiste em apresentar a questão da linguagem e do pensamento a partir da Carta Sobre o Humanismo (1946), em diálogo com Ser e Tempo (1927) e com obras posteriores de Martin Heidegger (1889-1976). Expõe-se a crítica heideggeriana à abordagem instrumental e antropológica dessas questões, apresentando-se a interpretação da linguagem e do pensamento enquanto destino e gratidão ao Ser, contextualizadas com a conquista do homem pastor resultante do afastamento do humanismo tradicional, isto é, da metafísica da subjetividade.
Palavras-chave:
Carta sobre o humanismo. Metafísica. Linguagem. Pensamento. Gratidão. Homem-pastor.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)Prof.ª Draª. Gisele Amaral dos Santos (Membra Interna - UFRN)
Prof.ª Draª. Gisele Amaral dos Santos (Membra Interna - UFRN)
Prof. Dr. José Nicolao Julião (Membro Externo - UFRRJ)

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Data:
17/12/2013
Título:
Sobre progresso e teleologia na ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita
Resumo:
Esta dissertação aborda a ideia de progresso histórico sobre uma perspectiva moral, a qual nos é permitido pensar através da perspectiva teleológica kantiana. O objetivo deste trabalho é apresentar uma possível leitura sobre a noção de progresso na filosofia kantiana da história, a qual ultrapassa os limites de uma leitura meramente jurídica, fundamentando-se na noção moral de dever e, se consolidando como uma leitura inserida no sistema crítico, não só porque a noção de progresso é concebida como necessariamente subjetivo, como dever, sobretudo, por ser concebido como um ideal indeterminado. No primeiro capítulo, apresenta-se uma vinculação entre a filosofia prática e a filosofia da história, através da leitura do ensaio de 1784, onde é possível contemplar um progresso histórico moral, baseado na noção do dever de trabalhar para o desenvolvimento de todas as disposições naturais dos seres humanos. No segundo capítulo, apresenta-se, a partir do “Apêndice a Dialética Transcendental”, a legitimidade a priori do princípio de conformidade a fim, também se demonstra como esta noção teleológica não resulta de um interesse simplesmente especulativo da razão, mas para satisfazer o interesse da razão pura prática e, portanto, mostra-se como a noção de teleologia determina a concepção de progresso moral na história da humanidade.
Palavras-chave:
História. Interesse da razão. Moral. Progresso. Teleologia.
Banca:
Prof.ª Draª. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Antonio Basílio Novaes Thomaz de Menezes (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Tourinho Peres (Membro Externo - UFBA)

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Data:
09/12/2013
Título:
Estética como ascensão para o Uno em Plotino
Resumo:
Para Plotino, a filosofia não se encontra somente na linguagem discursiva, ela também se faz presente no cotidiano e o seu objetivo é elevar a alma do homem. Seguindo o pensamento do filósofo, este trabalho tem como intento dissertar sobre a estética de Plotino como a possibilidade de ascensão para o Uno. Um caminho que se deixa compreender a partir do entendimento de temas inerentes a nossa pesquisa, como: a pergunta sobre como do Uno surge o múltiplo; a relação entre alma e liberdade; a ideia de contemplação e, ainda, o discurso da ética.
Palavras-chave:
Contemplação. Estética. Henologia.
Banca:
Prof.ª Draª. Gisele Amaral dos Santos (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Marcus Reis Pinheiro (Membro Externo - UFF)

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Data:
11/10/2013
Título:
Fundamentos da filosofia moral de Peter Singer
Resumo:
Esta investigação tem como objetivo reconstruir e explicitar o argumento proposto por Peter Singer para justificar o princípio de igual consideração de interesses (PICI). O PICI é o princípio normativo básico segundo o qual as pessoas devem considerar igualmente os interesses de todos os seres sencientes afetados ao tomarem uma decisão moral. É o vínculo que Singer estabelece entre a universalizabilidade e o princípio de igual consideração de interesses que se constitui em uma razão convincente para justificá-lo. A universalizabilidade consiste na exigência de desconsiderar as diferenças numéricas, de colocar-se no lugar do outro e de consideração igual pelas preferências, interesses, desejos e ideais dos afetados. Singer ao vincular a universalizabilidade e o princípio normativo estabelece a forma e o conteúdo da sua teoria. No primeiro capítulo, introduzimos a discussão que será desenvolvida nesta dissertação. No segundo capítulo, apresentamos o panorama histórico-filosófico no qual Singer inicia suas investigações. No terceiro capítulo, apresentamos a sua crítica ao naturalismo, intuicionismo, relativismo e subjetivismo simples e, por fim, ao emotivismo. No quarto capítulo, expomos a concepção do prescritivismo universal proposta por R. M. Hare. O prescritivismo universal indica, para Singer, uma forma consistente para estabelecer o vínculo entre a universalizabilidade e o PICI. Apontamos, também, as críticas feitas por J. L. Mackie e pelo próprio Singer ao prescritivismo universal. Na segunda parte do capítulo, apresentamos resumidamente alguns pontos centrais da concepção clássica do utilitarismo e uma possível relação com a teoria de Singer. No quinto capítulo, apresentamos a tese de Singer sobre a origem da ética e sobre a universalizabilidade como uma característica necessária do ponto de vista da ética, bem como o argumento que é desenvolvido para estabelecer o PICI. No sexto capítulo, expomos as principais distinções que caracterizam o PICI. Encerramos no sétimo capítulo com uma discussão sobre as razões apresentadas por Singer para que uma pessoa oriente a sua vida de acordo com o ponto de vista da ética. Essa estrutura permite-nos explicitar as principais ideias do autor naquilo que concerne aos fundamentos teóricos da sua filosofia moral.
Palavras-chave:
Ponto de vista da ética, universalizabilidade, utilitarismo de preferências, princípio de igual consideração de interesses (PICI), Peter Singer.
Banca:
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dra. Maria Cristina Longo Cardoso Dias (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Alcino Eduardo Bonella (Membro externo - UFU)

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Data:
30/09/2013
Título:
"CIÊNCIA E RACIONALIDADE EM THOMAS KUHN"
Resumo:
O trabalho pretende explorar o impacto que a obra filosófica de Thomas Kuhn teve sobre a filosofia da ciência, em especial sobre a ideia comum de racionalidade científica. Ao lado disso, pretende esclarecer a posição do autor no que diz respeito ao seu entendimento do que seja racionalidade em ciência. Para alcançar esse objetivo iniciamos dando um panorama da cena filosófico-científica da primeira metade do século vinte, a fim de evidenciar o conceito de racionalidade comum na época de Kuhn. Num segundo momento mostramos como as ideias desse autor contrastam com aquele conceito, o que dá vazão para uma série decríticas de irracionalismo. Por fim, mostramos como Kuhn contorna essas acusações ao apontar para um novo conceito de racionalidade, conceito graças ao qual podemos conciliar sua filosofia com uma descrição do desenvolvimento racional da ciência.
Palavras-chave:
Ciência. Racionalidade. Thomas Kuhn.
Banca:
Profª Dra. Maria da Paz Nunes de Medeiros (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. José Eduardo de Almeida Moura (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Alberto Oscar Cupani (Membro externo - UFC)

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Data:
27/09/2013
Título:
"A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO RELIGIOSO-MORAL NO PENSAMENTO DE FREUD"
Resumo:
A presente pesquisa trata de uma reflexão filosófica em torno da constituição do sujeito religioso-moral no pensamento de Freud, partindo da questão da religião, enquanto um dos vários espaços de concreção do indivíduo moral. Partimos da hipótese de que a religião se apresenta como espaço de revivescência da relação primária do sujeito com a mãe e como uma agência moral. Essa relação primária corresponde ao período que antecede o complexo de Édipo. O corte provocado no complexo edipiano causa no sujeito um vazio, levando-o a uma situação de desamparo. Na tentativa de preencher o vazio e consequentemente sair da situação de desprazer, ocasionado pelo desamparo, o indivíduo procura meios diversos, entre os quais, a religião. A religião, nesse sentido, busca por um lado, ser esse suporte de preenchimento do vazio existencial, provocado no complexo de Édipo e, por outro, funciona como uma fiel aliada do Superego que, por seu turno, é herdeiro direto do complexo edipiano e cuja função é exigir do sujeito a vivência moral, conforme se é estabelecido pelo corpo social, no qual o indivíduo está inserido. Assim sendo, buscamos desenhar esse sujeito a partir de ideias gerais da filosofia acerca da moral, bem como de alguns elementos teóricos do pensamento freudiano, desde sua ideia de origem da cultura, moralidade e religião a elementos mais específicos que dizem respeito ao sujeito individual, ou seja, ao psiquismo.
Palavras-chave:
Constituição do sujeito religioso-moral; Civilização/cultura; Complexo de Édipo; Inconsciente; Filosofia e psicanálise.
Banca:
Prof. Dr. Alipio de Sousa Filho (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Sergio Luis Rizzo Dela Savia (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Ricardo Lincoln Barrocas (Membro externo - UFC)

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Data:
18/04/2013
Título:
"EXISTÊNCIA E LIBERDADE: A TRANS-DESCENDÊNCIA DA VIDA NO LIVRO RELIGION AND NOTHINGNESS DE NISHITANI KEIJI"
Resumo:
O diálogo estabelecido entre a filosofia Oriental e o pensamento Ocidental nos permite pensar os problemas inerentes ao nosso tempo a partir de ponto de vistas diversos. Nishitani Keiji, representante da Escola de Kyoto, percebe a contemporaneidade, o tempo da vigência da técnica, nas palavras de Heidegger, como derivação e consequência imediata da perspectiva introduzida na era moderna a partir do cogito cartesiano a qual cria uma barreira que separa homem e mundo. O pensamento científico que domina a nossa Era nasceu de uma construção de pensamento que enobrece a razão humana em detrimento das demais coisas do mundo, determinando que o conhecimento somente deve ser produzido a partir do próprio homem e seu conjunto de competências racionais. No entanto, nos alerta Nishitani, este ponto de vista derivado do pensamento moderno que impõe uma subjetividade do tipo egocêntrica além de não apreender as coisas em sua verdade, também não alcança o verdadeiro eu do homem. Na tentativa de suplantar os abusos gerados na modernidade e que reverberam em nosso modo de ser até hoje, nosso pensador, irá propor o ponto de vista da vacuidade (śūnyatā) como um caminho de trans-descendência, ou seja, de superação do pensamento tradicional que supervaloriza a razão para o encontro com o rosto original do homem, o qual ao não mais impor seu poder cognitivo pode conhecer todas as coisas em sua verdade, em seu tathatā.
Palavras-chave:
Banca:
Profº Dr. Cícero Cunha Bezerra (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Gisele Amaral dos Santos (Membro Interno - UFRN)
Profº Dr. Antonio Florentino Neto (Membro externo - UNICAMP)

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Data:
17/01/2013
Título:
"NIETZSCHE E ROSSET: ALEGRIA, IMPULSO À CRIAÇÃO"
Resumo:
Compreendida em um projeto de transvaloração dos valores, a alegria é um dos temas centrais do pensamento de Friedrich Nietzsche e Clément Rosset. Contrapondo-se à tradição metafísica – que a moraliza e a despoja de sua força ao pensá-la como "felicidade", avaliada, por sua vez, como meta vinculada à virtude e à racionalidade –, estes pensadores propõem uma perspectiva em que a alegria deixa de apontar para uma instância ultramundana e volta-se para a terra, para o corpo. Para além das oposições de valores constitutivas da dogmática metafísica, a alegria e o sofrimento são concebidos como elementos que não se excluem, antes se complementam como fundamentos de uma sabedoria trágica caracterizada por uma ciência gaia(ta), consubstanciada no riso e na amizade. A partir de uma incondicional fidelidade ao real expressa nas fórmulas do amor fati (Nietzsche) e da aprovação irrestrita da existência (Rosset), a alegria é então entrevista como impulso vital, a força maior, a força plástica que incita à criação artística: a alegria de criança brincando.
Palavras-chave:
Nietzsche. Rosset. Alegria. Impulso. Criação.
Banca:
Profª Dra. Fernanda Machado de Buhões (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Miguel Angel Barrenchea (Membro externo - UNIRIO)

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Data:
28/12/2012
Título:
"KANT E O PROBLEMA DO PRINCÍPIO MORAL SUPREMO DA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES"
Resumo:
Em sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant investiga a natureza do princípio supremo da moralidade, visando a elaboração de uma metafísica dos costumes. Este estudo busca averiguar o princípio moral supremo a partir da Fundamentação e apresentar os conceitos chave da primeira seção como base para discussão sobre o fundamento da moral. Na sequência, propomo-nos a analisar o restante da obra sob a ótica de duas críticas feitas a Kant por alguns de seus intérpretes, a saber: i) Kant teria criado muitas formulações sobre o "princípio moral supremo" gerando um problema de compatibilidade em relação às formulações; ii) Kant seria obscuro e, por isso, teria falhado nesta empreitada ao tentar demonstrar a dedução do princípio supremo na terceira seção. A partir dessa análise, busca-se verificar, portanto, se as críticas feitas a Kant se sustentam coerentemente frente à Fundamentação, bem como esclarecer, a partir dessa contraposição, o pensamento de Kant acerca do princípio moral supremo.
Palavras-chave:
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Presidente - UFPE)
Profª Dra. Fernanda Machado de Bulhões (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Jesus Vazquez Torres (Membro externo - UFPE)

dissertação não disponível

Data:
21/12/2012
Título:
"ULISSES E NARCISO: AS FACES DA ALMA HUMANA ATRAVÉS DO DISCURSO DAS ENÉADAS DE PLOTINO"
Resumo:
Esta dissertação versa sobre o mito em Plotino e tem com objetivo elaborar uma trajetória que indique a visão do discurso mítico enquanto imagem que reflete o Uno como princípio e fim nasEnéadas. Para tanto, partimos da análise da narrativa mítica dentro do contexto filosófico tomando como ponto de partida uma releitura da crítica platônica à poesia. Como pontos centrais utilizamos duas célebres figuras mitológicas, a saber, Narciso e Ulisses. Estas, fundamentam a noção de alma plotiniana e sua tarefa de retorno à unidade originária. Dessa maneira, a partir dessas figuras míticas, isto é, percorrendo o caminho feito por elas dentro de suas respectivas narrativas, propomos uma possível relação de ascensão e queda da alma. Dividida em três partes, na primeira, tratamos de evidenciar a interpretação de Platão a respeito do mito e a posição de Plotino em relação à visão de Platão, assim como, observamos a crítica de Platão à poesia no contexto da paidéia grega e a noção do mito como imagem da estrutura henologica em Plotino. Na segunda parte, tratamos de estruturar a filosofia de Plotino, traçando um paralelo entre Henologia e Ontologia, particularmente no que se refere às três hipóstases. Na terceira parte evidenciamos o sentido do mito e sua imagem em Plotino a partir dos papeis que desempenham as figuras míticas nas Enéadas.
Palavras-chave:
Mito, poesia, imagem, reflexo, alma, Plotino.
Banca:
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Marcus Reis Pinheiro (Membro externo - UFF)

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Data:
20/12/2012
Título:
"NIETZCHE E A MODERNIDADE: DA CRÍTICA À METAFÍSICA A CRÍTICA À DEMOCRACIA"
Resumo:
Esta dissertação apresenta uma interpretação a respeito das considerações críticas do filósofo alemão Friedrich Nietzsche sobre a modernidade, mais precisamente a crítica de Nietzsche à verdade, à moral-cristã e à democracia por ele desenvolvidas em Além do bem e do Mal. Nietzsche analisa atentamente os pormenores da modernidade, faz um diagnóstico do homem moderno e encontra o sinal da decadência. Para ele, a decadência, que invade a vida e a cultura moderna e enseja o surgimento de homens domesticados na sua ação e nivelados em seus desejos e anseios, foi provocada pelo modo de valorar do homem moderno que, por sua vez, se realiza a partir de crenças metafísicas, principalmente, a crença metafísica na verdade, que surgiu com a filosofia socrático-platônica. Por isso, consideramos que a crítica de Nietzsche à modernidade passa necessariamente pela crítica à metafísica clássica. Em nossa pesquisa, destacamos algumas questões como: o que em nós aspira à verdade? Por que e para que a moral cristã? O que caracteriza a modernidade? Seria o apelo ao gosto democrático? É possível reinventar a modernidade? Em nosso trajeto, salientamos o vínculo que existe entre a noção de verdade, a democracia e os valores morais cristãos, mostrando que esses valores morais foram herdados da cultura socrática. Também pretendemos esclarecer a proposta nietzschiana de um novo modo de fazer filosofia, que seria capaz de ultrapassar a decadência que impera na moderna cultura europeia. Ou seja, o término desta pesquisa aponta para os "filósofos do futuro", filósofos capazes, segundo Nietzsche, de afirmar a vida além das oposições metafísicas, além do bem e do mal.
Palavras-chave:
Ideias modernas. Verdade. Moral. Democracia. Filósofos do futuro.
Banca:
Profª Dra. Fernanda Machado de Bulhões (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Miguel Angel Barrenechea (Membro externo - UNIRIO)

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