Data:
25/05/2018
Título:
"SABEDORIA DE VIDA PARA UMA VIDA MELHOR: a importância dos Aforismos schopenhauerianos para uma vida sábia"
Resumo:
A vontade é a coisa em si do mundo cujos alguns aspectos são a irracionalidade, a falta de finalidade e a insaciabilidade. Esses aspectos são responsáveis por tornarem a existência sem sentido e ao mesmo tempo imprimir no mundo dor e sofrimento, pois não há nenhum esforço que sacie o querer provocado pela vontade. Ela se dá a conhecer no mundo através das representações, desde o mundo inorgânico até o seu grau mais elevado de expressão: o homem. Distinto dos outros animais, o homem possui uma “clareza de consciência” [Bewusstsein/ Bewuβtseyn] que o leva a ponderar as suas ações e viver uma vida sábia, lhe permitindo avaliar o cenário em que se insere e meditar sobre a escolha entre os motivos das ações a serem praticadas. Dada essa clareza de consciência, questiona-se nessa tese se é possível ao homem sábio, com sua ação iluminada pelo conhecimento, se contrapor à atuação cega da vontade. A defesa é de que, apesar da sentença determinista “TODA VIDA É SOFRIMENTO” [alles Leben Leiden ist], existe no mundo como representação a possibilidade de se sofrer menos, a partir da sabedoria de vida, sobre a qual Schopenhauer fala especialmente em Aforismos para a sabedoria de vida. Diante disso não é anulada a visão pessimista de mundo, presente em toda a obra do filósofo, no entanto, aprende-se a viver melhor a partir da pequena liberdade que o homem possui, em contraposição à vontade, verdadeiramente livre. Sendo a sabedoria de vida e sua importância para uma vida menos sofrida a questão central dessa tese, a fim de analisá-la em sua plenitude, esta desenvolver-se-á em torno dos conceitos de pessimismo, moralidade, caráter, autoconhecimento e ética e a relação destes conceitos com a sabedoria de vida para uma vida melhor.
Palavras-chave:
Vontade; Pessimismo; Conhecimento; Sabedoria de vida.
Banca:
Fernanda Machado de Bulhoes (Presidente - UFRN)
Markus Figueira da Silva (Membro interno - UFRN)
Leandro Pinheiro Chevitarese (Membro externo - UFRRJ)
Maria Lucia Mello e Oliveira Cacciola (Membro externo - USP)
Miguel Angel Barrencechea (Membro externo - UFRJ)
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Data:
27/04/2017
Título:
"RACIONALIDADE FILOSÓFICA, RACIONALIDADE CIENTÍFICA E OS LIMITES DA TRADIÇÃO ANALÍTICA: UMA CONTRIBUIÇÃO À TEORIA DAS TRADIÇÕES DE PESQUISA RACIONAL DE ALASDAIR MACINTYRE."
Resumo:
A teoria das tradições de pesquisa racional de Alasdair MacIntyre elabora uma perspectiva metafilosófica em que se pode avaliar os méritos relativos de enquadramentos rivais da racionalidade em filosofia, de uma maneira que se assemelha a algumas abordagens canônicas na filosofia da ciência, evadindo-se, porém, tanto aos problemas relativos à compreensão do progresso teórico, quanto às restrições próprias das posições relativista e perspectivista, de modo a permitir, por um lado, uma percepção dos condicionamentos que operam sobre a investigação e, por outro, assumir uma postura filosoficamente realista, amparada numa concepção da verdade como adequação da mente à realidade. Com efeito, encontra-se vinculada à sua defesa de uma compreensão “clássica” da razão filosófica, especificamente um alinhamento junto à tradição aristotélico-tomista. A partir dela, procedendo a ajustes sobre algumas posições de MacIntyre, é possível considerar lançar um olhar sobre os compromissos da racionalidade filosófica analítica que permitirá estabelecer uma crítica compreensiva a essa tradição. Será preciso distinguir entre os aspectos definidores de uma racionalidade filosófica e de uma racionalidade científica, apontando que esta última é incapaz de oferecer recursos para a edificação de uma racionalidade filosófica substantiva. Depois se considerará de que modo o modelo de uma racionalidade científica é definidor do modo de investigação da filosofia analítica, sem que se manifeste diretamente como tese comum ou metodologia unitária e se mostrará porque o resultado será uma racionalidade filosófica essencialmente defeituosa.
Palavras-chave:
MacIntyre, Alasdair Chalmers (1929-); racionalidade; metafilosofia; filosofia analítica (crítica à); filosofia da ciência e filosofia da natureza; Sto. Tomás de Aquino (ca. 1225-1274); tomismo.
Banca:
Daniel Durante Pereira Alves (Presidente - UFRN)
Glenn Walter Erickson (Membro interno - UFRN)
Giovanni da Silva de Quiroz (Membro externo - UFPB)
Helder Buenos Aires de Carvalho (Membro externo - UFPI)
Ivanaldo Oliveira dos Santos Filho (Membro externo - UERN)
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Data:
06/10/2017
Título:
"O MÉNON E SEU DIÁLOGO COM A COMÉDIA DE ARISTÓFANES: ANAMNESIS E O DESLOCAMENTO DO TROPOS E TOPOS DA PAIDEIA"
Resumo:
A nossa tese avalia o deslocamento do lugar (τόπος) e do modo (τρόπος ) na relação entre quem aprende (μαθητής) e quem ensina (διδάσκαλος), que Platão apresenta no Ménon, e sua ligação com a comédia de Aristófanes. A tensão entre διδάσκαλος e μαθητής, significativa na obra platônica, ocupa um papel central neste diálogo, cuja composição expõe a relação supostamente infrutífera entre o jovem sofista Menon e o mestre Sócrates. Foram analisados os elementos que podem substanciar a tentativa de leitura do Ménon como um diálogo com a crise da παιδεία ateniense explicitada pela Comédia, em especial por Aristófanes. Desse modo, demonstramos que a ἀνάμνησις serve como solução para este problema, tendo em vista a emergência do deslocamento do τρόπος e do τόπος da παιδεία. O deslocamento do papel de quem ensina/aprende é uma proposta radical e se coaduna com o projeto onto-epistemológico expresso no Ménon. Por sua vez, exige do διδάσκαλος que não seja detentor e transmissor de sabedoria, mas que permita a si e ao μαθητής perceber na alteridade, o caminhar em busca do conhecimento. Assim como a urgência de se envolver num processo que é colaborativo, cooperativo e compartilhado, que visa ο conhecimento a partir da investigação, que admite a utilidade e necessidade de persistir prazerosamente pelo caminho da opinião.
Palavras-chave:
Banca:
Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Fernanda Machado de Bulhoes (Membro interno - UFRN)
Monalisa Carrilho de Macedo (Externo ao Programa)
Luisa Severo de Buarque de Holanda (Membro externo - PUC-RJ)
Maria das Graças de Moraes Augusto (Membro externo - UFRJ)
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Data:
01/12/2017
Título:
"Análise do conceito de natureza na obra de Kant"
Resumo:
O presente trabalho busca analisar o conceito de natureza na obra de Immanuel Kant, para tanto iniciaremos com o conceito mecânico-causal, estabelecido na crítica da razão pura, como pressuposição fundamental para lidar com questões como a da possibilidade do conhecimento e da ciência, posteriormente abordamos o conceito de natureza suprassensível expresso na crítica da razão prática, com o qual Kant demonstra que determinadas formas naturais de comportamentos não podem ser circunscritas ou reduzidas a um esquema mecânico-causal, conclusão que se não compreendida adequadamente pode levar à separação entre os mundos sensível e suprassensível. Na segunda crítica é-nos apresentado apenas que esses mundos não são contraditórios, mas a resolução a essa aparente ambiguidade será desenvolvida por intermédio do conceito de natureza como totalidade orgânica presente na crítica da faculdade do juízo que se apresenta como um princípio regulativo do entendimento capaz de unificar os anteriores sentidos de natureza ou os mundos sensível e inteligível. Com esses conceitos estabelecidos indagamos sobre a possibilidade de um quarto conceito presente na complexidade da relação todo organizante entre homem e natureza, decorrente dessa análise compreendemos que um quarto conceito não poderia se sustentar a partir da ideia de complexidade, mas que por intermédio dessa ideia somos orientados a defender um conceito de natureza que construímos moldando o caráter da espécie para agir em conformidade com os ideias da razão pura prática, isto é, o ser humano (espécie) apresenta um caráter que ele mesmo forma e se ele mesmo forma, então pode ser modificado, pode melhorar em vista ao aprimoramento moral. Uma natureza que se articula com o homem para produzir nele uma natureza moral digna de felicidade.
Palavras-chave:
Natureza; suprassensível; totalidade orgânica.
Banca:
Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Joel THiago Klein (Externo ao Programa - UFRN)
Jozivan Guedes (Membro externo - )
Nuria Sánchez Madrid (Membro externo - UCMADRID)
Rogério Emiliano Guedes Alcoforado (Membro externo - UERN)
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Data:
17/11/2016
Título:
"UMA ABORDAGEM CULTURALISTA DE KIERKEGAARD: O EXISTENCIALISMO CRISTÃO E A VERDADE DA SUBJETIVIDADE"
Resumo:
Aborda o pensamento de Søren Kierkegaard em seus vários aspectos, eminentemente na questão da subjetividade e da verdade. Faz interconexões teóricas entre o pensamento de alguns autores contemporâneos como Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger, Ludwig Wittgenstein e Jacques Rancière e as ideias de Kierkegaard. Destaca o caráter antimetafísico do existencialismo cristão de Kierkegaard como uma posição teológica relevante para a compreensão da filosofia contemporânea atual. Objetiva, de modo mais geral, abordar a possibilidade de uma hermenêutica existencial centrada na subjetividade e como essa compreensão interna e sua relação com Deus fornece elementos formadores da verdade. Objetiva, de maneira mais específica, discorrer sobre a dialética hegeliana utilizada por Kierkegaard em oposição ao sistema conceitual de Hegel e as noções políticas e estéticas decorrentes; aprofundar a perspectiva culturalista dos estádios da vida em Kierkegaard; verificar a apropriação da influência kierkegaardiana em Heidegger e Wittgeinstein. Metodologicamente, recorrese a uma revisão bibliográfica qualitativa das obras de Kierkegaard, fazendo análises comparativas com outros pensadores contemporâneos. Resulta em determinações pósfilosóficas de cunho subjetivista como forma de compreensão da realidade. Conclui que o estudo do pensamento kierkegaardiano não se resume apenas a um viés histórico de sua abordagem, contribuindo tal adensamento para uma melhor compreensão da realidade cultural hodierna sob um ponto de vista múltiplo e relativista.
Palavras-chave:
Metafísica, Cristianismo, Existencialismo, Subjetividade, Culturalismo.
Banca:
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Tassos Lycurgo Galvao Nunes (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Jordi Carmona Hurtado (Membro externo - UFCG)
Prof. Dr. Jorge Dos Santos Lima (Membro externo - IFRN)
Prof. Dr. Pablo Moreno Paiva Capistrano (Membro externo - IFRN)

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Data:
21/12/2015
Título:
"O OUTRO COMEÇO: EREIGNIS COMO TRANSIÇÃO NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER"
Resumo:
O objetivo principal deste trabalho é o de apresentar algumas das mais importantes ideias presentes em Contribuições à Filosofia (do Ereignis) de Martin Heidegger. Esta obra de publicação póstuma foi escrita entre 1936 e 1938, marca um importante movimento de Heidegger e da filosofia do século XX, uma virada em seu pensamento que trouxe novas e importantes noções incorporadas a partir de então. Para compreender melhor o conteúdo de Contribuições, faz-se necessário um retorno desde Ser e Tempo (1927), obra mais disseminada de Heidegger, para entender quais as mudanças importantes que o levaram a perguntar pelo ser outra vez através de um pensamento profundamente transformado pelo acolhimento de novas e determinantes influências. Uma das principais diferenças está na palavra-guia de seu pensamento, o “conceito” central que prescreve toda a obra, no caso de Ser e Tempo, o Dasein e em Contribuições, o Ereignis. Essa diferença é fundamental para o movimento de virada que permeia a filosofia de Heidegger nos anos 30, pois o Ereignis é apresentado no livro como um acontecimento anterior e mais originário que o próprio Dasein. Sendo assim, Heidegger passa a incorporar o Ereignis em sua obra posterior a virada, inaugurando com o termo um Outro Começo para seu pensamento e também para a filosofia no século XX. A ideia de Outro Começo presente em Contribuições é o cerne deste trabalho. A partir de uma suficiente investigação sobre o Ereignis, o Outro Começo pode se tornar mais claro. Desta forma, o ser ganha também outro olhar e outra grafia (Seyn) para expressar uma nova tentativa de aproximação a partir do Ereignis. Por fim, o Outro Começo culmina na apresentação do Último Deus de Heidegger, expressão cunhada nas Contribuições para expressar uma relação mais íntima entre o homem e o sagrado fora de qualquer religião, mas que traga a ideia de Deus para a discussão filosófica. O Último Deus surge em um período de indigência contemporânea do pensamento, uma época onde a principal diretriz do conhecimento se dá pela ciência e sua essência de Maquinação. Influenciado pela mística neoplatônica, mais especificamente Mestre Eckhart, o Último Deus de Heidegger entrega a profunda expressão do silêncio e da meditação como via de acesso ao ser (Seyn) das coisas.
Palavras-chave:
Ereignis, Outro Começo, transição, propriedade, Ser (Seyn).
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Dax Fonseca Moraes Paes Nascimento (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Sergio Eduardo Lima da Silva (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr.José Nicolao Julião (Membro externo - UFRRJ)
Prof. Dr. Luiz Roberto Alves dos Santos (Membro externo - IFRN)
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Data:
04/12/2015
Título:
"O APRIMORAMENTO COGNITIVO COMO BEM PRIMÁRIO EM RAWLS"
Resumo:
A tese principal a ser demonstrada neste trabalho é a de que o aprimoramento cognitivo por meio do uso de fármacos pode ser incluído como um bem primário dentro do pensamento de Rawls. Para isso, o texto estrutura-se em duas partes. A primeira parte pretende descrever a teoria da justiça como equidade em seus elementos diretamente relacionados com os bens primários. A primeira informação a ser constatada é a unidade da noção de bens primários em toda a obra de Rawls. Alguns elementos são modificados, como por exemplo a distinção entre bens primários naturais e sociais. Os bens primários naturais são: a inteligência, a saúde, a imaginação, o vigor e a oportunidade (sorte) e os bens primários sociais são: direito e liberdade, oportunidades e poder, renda e riqueza e as bases sociais do autorrespeito. A percepção de alguns talentos como a inteligência também sofreu alteração, passando de ‘maior inteligência’ para uma ‘inteligência educada’. Isso ressalta a educação como bem primário que perpassa toda a obra de Rawls em perspectivas diferentes. A liberdade e o autorrespeito são bens primários sociais que também serão aprofundados. Na segunda parte apresenta-se a definição de aprimoramento e como a distinção entre aprimoramento e tratamento é polêmica. Assim aprofundamos os problemas relacionados a prática do aprimoramento (enhancement) mostrando como os conceitos de bens primários de Rawls como a liberdade e o autorrespeito não estão em oposição a prática do aprimoramento, particularmente do aprimoramento cognitivo (cognitive enhancement). Mostramos, ao contrário, que a proibição do aprimoramento cognitivo poderia levar a negação desses bens primários. Mas como poderíamos considerar o aprimoramento cognitivo como um bem primário social? O que fazemos nesta tese é mostrar como o aprimoramento cognitivo é importante para garantir que os bens primários sejam acessíveis aos cidadãos, bem como reconstituímos o processo que Rawls utiliza para a escolha de seus bens primários e verificarmos que o aprimoramento cognitivo através de fármacos poderia perfeitamente ser inserido como tal.
Palavras-chave:
Justiça como equidade. Aprimoramento cognitivo. Bens primários sociais.
Banca:
Profª. Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Erico Andrade Marques de Oliveira (Membro interno - UFPE)
Prof. Dr.Delamar Jose Volpato Dutra (Membro externo - UFSC)
Prof. Dr. Nythamar Hilario Fernandes de Oliveira Junior (Membro externo - PUC - RS)

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Data:
03/12/2015
Título:
"DA CONDIÇÃO MORAL DO HOEMEM EM KANT À UMA TESE EMPÍRICA SOBRE A ORIGEM DA MORAL NA HUMANIDADE"
Resumo:
A presente tese se propõe a investigar o que seja a moral a partir de sua funcionalidade para a espécie humana. E é aí onde residirá a discussão acerca da condição moral do homem, a qual pode ser entendida e estudada por múltiplas perspectivas. Além dessa funcionalidade que aponta para a viabilidade da cooperação humana, investigaremos um segundo nível de funcionalidade da moral que pode sugerir uma funcionalidade que transcende a espécie humana. O objetivo é a articulação de um diálogo construtivo que acreditamos ser capaz de nos ajudar a propor uma tese empírica sobre a genealogia da moral.
Palavras-chave:
Kant. Metafísica. Moral. Liberdade. Natureza.
Banca:
Profª. Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Bruno Rafaelo Lopes Vaz (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr.Joel Thiago Klein (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr.Delamar Jose Volpato Dutra (Membro externo - UFSC)
Profª. Dra. Maria Jose da Conceição Souza Vidal (Membro externo - UERN)

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Data:
20/11/2015
Título:
"ÉTICA DA ALIMENTAÇÃO: PORQUE DEVEMOS, SEGUNDO KANT, ESCOLHER UMA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL"
Resumo:
Esta tese defende a adoção de uma perspectiva filosófico-prática para o debate sobre o tema da alimentação saudável, tendo em vista os problemas atuais de saúde (da fome à obesidade) que afetam a segurança alimentar e nutricional e constituem objeto de políticas públicas. Utiliza, para isso, elementos políticos, éticos, pedagógicos e antropológicos da filosofia de Immanuel Kant, como contribuições à prática do profissional Nutricionista comprometido com a defesa e a realização do direito humano à alimentação adequada (DHAA). Pressuposto este direito, pretende avançar em relação à perspectiva dominante nas políticas e programas sociais que utilizam o argumento da utilidade, propondo considerar a alimentação saudável também um dever de virtude, segundo a doutrina kantiana dos deveres para consigo. Apresenta o caso da liberação de sementes transgênicas no Brasil como um exemplo de violação do direito à alimentação que afeta negativamente a segurança alimentar, fruto do desacordo entre a política e a moral na atuação do governo. Conclui que a realização do DHAA exige o compromisso tanto do Estado como de cada cidadão e que a filosofia de Kant pode trazer importantes contribuições para a fundamentação da prática do profissional Nutricionista que precisa estar esclarecido acerca do tema.
Palavras-chave:
Alimentação saudável. Transgênicos. Direitos humanos. Ética. Nutricionista.
Banca:
Profª. Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Joel Thiago Klein (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr.Paulo Sergio Marinho Lucio (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Alessandro Pinzani (Membro externo - UFSC)
Prof. Dr. Marco Antonio Oliveira de Azevedo (Membro externo - UNISINOS)

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Data:
17/04/2015
Título:
"JOHN STUART MILL E O CULTIVO DA INDIVIDUALIDADE"
Resumo:
O desenvolvimento do indivíduo humano foi objeto de investigação de muitos pensadores ao longo da história da filosofia. Os sentidos que esse desenvolvimento adquiriu, no entanto, foram muito variados, abrangendo aspectos morais, políticos, epistemológicos, estéticos, econômicos, e mesmo religiosos. São agentes fundamentais nesse processo de desenvolvimento, por um lado, cada indivíduo, que deve empenhar-se para cultivar ao máximo a si mesmo, criando e recorrendo aos meios disponíveis para isso; por outro lado, também o Estado fomentalista deve tomar parte nesse processo, posto que um Estado como esse tem um interesse direto no desenvolvimento de seus cidadãos, devendo atuar de modo que possa fomentar novos e aperfeiçoar os meios existentes para levar a cabo o desenvolvimento da individualidade humana. O objetivo desta tese é investigar o sentido que esse desenvolvimento adquiriu para o filósofo utilitarista John Stuart Mill, partindo, para isso, de sua concepção de individualidade.
Palavras-chave:
John Stuart Mill; Individualidade; Desenvolvimento humano; Utilitarismo.
Banca:
Profª. Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Erico Andrade Marques de Oliveira (Membro interno - UFPE)
Profª. Dra. Maria cristina longo Cardoso Dias (Membro externo ao programa - UFRN)
Profª. Dra. Milene Consenso Tonetto (Membro externo - UFSC)

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Data:
27/02/2015
Título:
"A INFERÊNCIA CAUSAL NA FILOSOFIA MORAL DE HUME"
Resumo:
Partindo da idéia de que o resultado da análise humeana das inferências causais deve aplicar-se coerentemente ao restante de sua obra, incluindo sua teoria moral, a presente dissertação objetiva investigar se a filosofia moral de Hume se fundamenta no sentimento, ou se isto não seria antes essencialmente uma conseqüência de nossas inferências causais. A idéia central consiste em mostrar que nossas inferências morais, na medida em que para Hume são empíricas, dependem da nossa crença em uma conexão entre o que foi anteriormente observado e algo que não é observado ( mas espera-se ocorrer ou observar-se no futuro ). Assim, essa mesma crença fundamentaria nossas inferências morais sobre as ações dos indivíduos, e conseqüentemente, nos levaria a associar determinados comportamentos, bem como o caráter e as convicções morais dos homens a certos sentimentos “morais”. A dissertação desdobra-se em três capítulos. No primeiro capítulo relata-se a teoria da percepção e mostra-se que ela constitui parte essencial da explicação das nossas inferências . No segundo capítulo, trata-se da análise das inferências causais e como contribuem na formação das nossas inferências morais. No terceiro, a partir da análise anterior, investiga-se a formação de nossas inferências morais e a real contribuição da doutrina da necessidade e da liberdade para o exame de nossas ações.
Palavras-chave:
Filosofia moral, Inferências causais, Teoria da percepção, Hume, Causa e efeito.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Presidente - UFPE)
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Membro interno - UFRN)
Profª. Dra. Maria cristina longo Cardoso Dias (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Jamir Conte (Membro externo - UFSC)
Prof. Dra. Livia Mara Guimaraes (Membro externo - UFMG)

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Data:
22/12/2014
Título:
"METAFÍSICA DO TEMPO PRESENTE: SOBRE O PROGRAMA DE WALTER BENJAMIN A UMA FILOSOFIA VINDOURA"
Resumo:
Nossa tese desenvolve um método de leitura sobre a proposta de Walter Benjamin a uma filosofia vindoura, especificando a importância do conceito de experiência (Erfahrung) para a fundamentação de uma metafísica do tempo presente. Partimos do estudo de como se deve ler Benjamin e depois analisamos o que se pretende resgatar do legado kantiano conforme indicado em um texto de sua juventude “Über das programm der kommenden philosophie” escrito entre 1917-1918, a fim de suscitar o debate sobre a vitalidade de uma “filosofia vindoura” enquanto “metafísica do presente”. A pesquisa parte da releitura dos textos juvenis de Benjamin comparado com outros textos da maturidade que propõem um novo conceito de experiência como base estético-histórica a uma filosofia do “tempo-presente”. A tese discute o desafio de uma metafísica na atualidade em face da crise da ciência e de falência dos modelos explicativos da realidade na filosofia, por analogia com a atitude do criticismo kantiano em sua contraposição à metafísica dogmática de seu tempo.
Palavras-chave:
Walter Benjamin , tempo-presente, metafísica, experiência, filosofia da atualidade.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini
Prof. Dr. Marcos André de Barros
Prof. Dr. Michel Zaidan Filho
Prof. Dr. Jesus Vazquez Torres
Prof. Dr. Alfredo de Oliveira Moraes

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Data:
30/04/2014
Título:
"O CONFLITO DAS FRONTEIRAS"
Resumo:
O conflito das fronteiras se desdobra como um percurso natural da história do pensamento humano. Torna-se manifesto todavia apenas mediante um explícito choque cultural, que evidencia distintas formatações conceituais. Pensar este conflito pode esclarecer os enlaces responsáveis pelo desenvolvimento do pensamento contemporâneo. Esta tese pretende analisar, em um primeiro momento, a história do pensamento enquanto metafísica, apresentando um diagnóstico da maneira pela qual o Ocidente impinge sua lógica categórica. Por conseguinte, apresenta a tradição da negatividade, evidenciando um pensamento para além da ontologia clássica mediante uma henologia e uma meontologia no neoplatonismo e na mística medieval. Por fim, expõe o pensamento do Extremo Oriente como possiblidade de recepção contemporânea da negatividade e escapatória para a formatação ocidentalizante da filosofia vigente.
Palavras-chave:
Fronteiras, Metafísica, Negatividade, Extremo Oriente.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFPE)
Prof. Dr. Edrisi de Araujo Fernandes (Membro interno - UFRRJ)
Prof. Dra. Gisele Amaral dos Santos (Membro interno - UFRJ)
Prof. Dr. Leonel Ribeiro Santos (Membro externo - UFSC)
Prof. Dra. Claudia Fabiana D'amico(Membro interno - Universidad de Buenos Aires)

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Data:
09/04/2014
Título:
"A NATUREZA DA ALMA E O CLINAMEN: AÇÃO E LIBERDADE EM LUCRÉLIO"
Resumo:
A noção de liberdade – e o seu pressuposto, a vontade livre ou libera voluntas – em Lucrécio se apoia no conceito de clinamen (declinação), um movimento ocasional e fortuito dos átomos, inacessível à experiência. Trata-se de um movimento complexo dotado de espontaneidade, sem a necessidade de causas mecânicas. A ação de perceber (sensus) é a consciência de si, em função de qual esta vontade, iluminada por experiências anteriores (sensitivas, intelectuais ou afetivas) da alma, tira proveito da liberdade ou espontaneidade própria dos movimentos atômicos para dirigir ou não estes últimos a uma direção percebida e escolhida. Por outro lado, atribuir à declinação um papel predominate para os atos da vontade encerra outros problemas. Sempre existe a escolha sobre uma dada ação e, portanto, mesmo que o indivíduo se encontre frente a uma necessidade do agir, é possível escolher não prosseguir e concluir a ação. Desse modo, a vontade encontra-se associada às afecções que são originadas, em última análise, das imagens que se formam de maneira aleatória no espaço e impressionam a alma: os simulacros do desejo e do prazer. A declinação investe-se de importância na presente pesquisa, a fim de enfatizar as relações entre a liberdade e a cinética dos elementos. Isto posto, a abordagem desenvolvida neste trabalho teve como objetivos principais investigar a filosofia da natureza do mundo e da alma em Lucrécio, seus constituintes e movimento, além de demonstrar como a noção do clinamen se articula com as imagens, o desejo e o prazer, propondo uma interpretação possível para a declinação como fundamento indeterminado e ético da liberdade.
Palavras-chave:
Clinamen; Vontade livre; Epicurismo; Prazer.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFPE)
Prof. Dr. Edrisi de Araujo Fernandes (Membro interno - UFRN)
Prof. Dra. Fernanda Machado de Bulhoes (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Celso Martins Azar Filho (Membro externo - UFF)
Prof. Dr. Marcus Reis Pinheiro (Membro externo - UFF)

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Data:
28/04/2014
Título:
"LÓGOS E NOÛS NO FEDRO DE PLATÃO"
Resumo:
O objetivo dessa tese é estudar a relação entre lógos e noûs no diálogo Fedro de Platão. Consideramos que a tensão entre essas duas noções serve de fio condutor para organizar uma série de questões levantadas ao longo do diálogo. Em particular, consideramos que um dos objetivos de platão ao escrever o Fedro é retirar a discussão do lógos do contexto especializado da retórica e inserí-lo em uma discussão mais ampla a partir de uma discussão ontológica. Nesse sentido, consideramos que Platão está simultaneamente dialogando com a obra de dois oradores importantes: Górgias e Isócrates. Platão segue o primeiro em estabelecer uma relação entre lógos e éros,mas o abandona ao mostrar que erós, enquanto uma dynamis capaz de mover a alma humana, não serve necessariamente para provocar o engano,mas pode levar à alma em direção ao seu melhor. Em seguida, argumentos que essa direção desejável para alma seria justamente a noção de noûs enquanto ato de percepção do inteligível. Dito isso, passamos a discutir os princípios ontológicos expostos no diálogo, mostrando que o segundo dicurso de Sócrates mostra haver uma relação de semelhança entre o sensínvel e o inteligível.Essa relação leva platão a apresentar uma nova interpretação de eikós, compreendido agora como uma ponte entre a dóxa e a alethéia,o que consideramos ser um ataque direto à doutrina de Isócrates de que a dóxa seria suficiente para a persuasã. Nesse sentido, Platão abrevia o abismo entre dóxa e alethéia, mas mantém a prioridade ontológica do noús, afirmando que é por meio da epistéme que podemos conhecer o que é semelhante a verdade. Nesse sentido, a dialética surge como a téchne filosófica por excelência,na medida em que é descrita como capacidade em utilizar o lógos em busca da experiência de noús.Por fim, afirmamos ainda que, seguindo essa linha de raciocínio, Platão propôe o desenvolvimento de uma nova retórica que, para ser uma autêntica téchne, deveria se converter em uma disciplina filosófica, cujos fundamentos seriam descobertos por meio da dialética.
Palavras-chave:
Lógos,noús, éros, dialética, Fedro, Platão.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFPE)
Prof. Dr. Admar Almeida da Costa (Membro externo - UFRRJ)
Prof. Dra. Maria das Graças de Moraes Augusto (Membro externo - UFRJ)
Prof. Dr. José Gabriel Trindade de Santos (Membro interno - UFPB)
Prof. Dra. Monalisa Carrilho de Macedo (Membro interno - UFRN)

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Data:
23/04/2014
Título:
"SOBRE O PROBLEMA DA MENTIRA NA FILOSOFIA PRÁTICA DE KANT"
Resumo:
A pesquisa examina o problema da mentira no pensamento de Immanuel Kant. Trata no campo do direito, da política, da história, da moral, busca-se investigar a rejeição kantiana à mentira e o dever incondicionado de ser veraz. Defende-se a tese da exceção para mentir e não ser reprovável em dois casos, a saber: na tortura e diante do assassino. Assim, demonstra-se que é possível a exceção para mentir no âmbito do direito, da política e da história, considerando a perspectiva da harmonia das liberdades externas e a ideia do progresso moral. Nesse sentido, defende-se que a fonte do direito se estabelece com a garantia das liberdades externas. Do ponto de vista da moral, reafirma-se a incondicionalidade que é para Kant o dever de veracidade, mas aponta-se a possibilidade de uma regra prática que permita a mentira com base na dignidade humana, ponderando valores como igualdade política, o respeito pelos agentes racionais, bem como, o princípio da humanidade que ensina a tratar o outro sempre como fim em si mesmo.
Palavras-chave:
Kant, mentira, liberdade, direito, moral.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Presidente - UFPE)
Prof. Dr. Delamar Jose Volpato Dutra (Membro externo - UFSC)
Prof. Dr. Leonel Ribeiro Santos (Membro externo - UFSC)
Prof. Dr. Erico Andrade Marques de Oliveira (Membro interno - UFPE)
Prof. Dr. Joel Thiago Klein (Membro interno - UFRN)

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Data:
17/12/2013
Título:
"SLOTERDIJK E O LUGAR DO HOMEM NO HUMANISMO PÓS-METAFÍSICO"
Resumo:
O labor aqui apresentado parte do princípio de que o termo humanismo é usado hodiernamente para salvaguardar certos comportamentos ou formas de agir constituídas há mais de 2500 anos, sobretudo no que tange aos valores humanos mais básicos, os quais são axiomaticamente validados, sem quaisquer contestações. O humanismoé visto continuamente como pedra de toque da civilidade. Destarte, em 1999, o filósofo Peter Sloterdijk apresentou uma conferência na Baviera, intitulada Regras para o Parque Humano, cujo subtítulo deixava claro que se tratava de uma resposta ao texto de Martin Heidegger, Carta sobre o Humanismo, basicamente mostrando que a civilidade está estritamente vinculada à domesticação humana. Nestes termos, o presente trabalho é dividido em três capítulos. No primeiro, pretende estabelecer os fundamentos culturais e metafísicos do humanismo. No segundo capítulo, fará uma abordagem sobre aquilo que chamaremos de humanismo epistolar e seus corolários. Por fim, no terceiro capítulo, teceremos asserções teóricas à crítica heideggeriana ao humanismo e à proposta pós-humanista contemporânea; assim como a respeito da relação entre convergência midiática e antropotécnicas, esses dois elementos tomados como fundamentos antropológicos do humanismo e do pós-humanismo e entendendo a citada relação historicamente, a partir de seus pressupostos biológicos e ontológicos. Portanto, o trabalho aqui apresentado, ao tentar mapear o humanismo sob a influência teórica de Sloterdijk, distingue-se precisamente por conseguir perceber a coerência com que ele pretende diagnosticar os rumos do humanismo contemporâneo.
Palavras-chave:
Humanismo. Domesticação. Antropotécnica. Mídias convergentes.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Emanuel Angelo da Rocha Fragoso (Membro externo - UECE)
Prof. Dr. Jose Nicolau Julião (Membro externo - UFRRJ)
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Edrisi de Araújo Fernandes (Membro interno - UFRN)

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Data:
16/12/2013
Título:
"A ONTOLOGIA DA COR NA FENOMENOLOGIA ESTÉTICA BACHALARDIANA"
Resumo:
A filosofia de Gaston Bachelard se fundamenta numa tensão ontológica, abrangendo tanto a ciência como a poética, e nesta pesquisa, se desenvolve pelo entendimento da possibilidade de se pensar uma ontologia da cor, termo bachelardiano citado em O Direi to de Sonhar. Seguimos, então, mediante o diálogo ent re a ciência e poesia estabelecendo parâmetros para elucidar, de um lado, a cor conceitual da ciência que não só matiza os objetos através da experiência químicofísica, bem como, estabelece na relação entre o observador e o objeto uma compreensão sobre a existência da cor invisível, esta, que habita a imaginação criadora e surge como um t ipo de ontologia da cor. Neste sent ido, a cor é uma imagem que surge na consciência do homem, como um produto direto da alma em sua própria atualidade. Assim, a cor seria na imaginação criadora uma imagem autógena dest ituída de substancialidade.
Palavras-chave:
Imaginação, Ontologia, Cor, Ciência, Estética.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Dr. Celso Azar (Membro externo - UFF)
Prof. Dr. Olivier Feron (Membro externo - Universidade de Évora)
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Edrisi de Araújo Fernandes (Membro interno - UFRN)

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Data:
11/11/2013
Título:
"O ARGUMENTO DOS CONTRÁRIOS E A HIPÓTESE SOBRE IMORTALIDADE NO FÉDON DE PLATÃO"
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo geral mostrar que no Fédon de Platão, a associação entre o argumento dos contrários e o argumento da reminiscência (72e – 77e) seguida da analogia da investigação do eclipse do sol (99d-102a), que serve de modelo ao método de investigação ideal mostra que o método naturalista de investigação direta dos fenômenos (99c-100b) não conduz, necessariamente, ao verdadeiro conhecimento. Como método, adotou-se uma leitura comparativa e uma interpretação por aproximação do texto fonte. O resultado aqui obtido é a noção de como se dá o conhecimento no referido diálogo. Como conclusão se afirma que, nessa obra o conhecimento é uma espécie de recordação que se dá como reciprocidade entre um processo negativo de cognição e o estado cognitivo inato.
Palavras-chave:
Investigação direta dos fenômenos. Investigação ideal. Pensamento puro. Morte. Imortalidade.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Edrisi de Araújo Fernandes (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. José Gabriel Trindade Santos (Membro interno - UFC)
Prof. Dr. Admar Almeida da Costa (Membro externo - UFRRJ)
Profa. Dra. Maria das Graças de Moraes Augusto (Membro externo - UFRJ)

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Data:
05/11/2013
Título:
"CONVENIÊNCIA E PLAUSIBILIDADE DA PROPOSIÇÃO DE QUE JUSTIÇA E HARMONIA N'A REPÚBLICA DE PLATÃO"
Resumo:
Essa tese de doutorado defende a interpretação de que n'A República de Platão o argumento elaborado por Trasímaco, no qual justiça é a conveniência do mais forte, está implicitamente aceito por Sócrates. Apesar da defesa enfatizada por Trasímaco não demonstrar nenhuma afinidade com o argumento de Sócrates, ela propõe um comentário irônico e sarcástico sobre vida política. Sócrates aceita esse comentário para derivar dele uma noção mais refinada da categoria dos mais poderosos. Enquanto Trasímaco assume que a conveniência dos mais poderosos inclui o poder de submeter todos e tudo a seus prazeres individuais, Sócrates admite que os mais poderosos estejam definidos apenas pela sua característica de ser capaz de manter o poder em perpetuidade. Nesse contexto, o tema principal d'A República é que a harmonia entre as classes funcionais da cidade é conveniente para poder perpétuo. Para conservação dessa harmonia, a classe funcional dos mais poderosos vê como conveniente renunciar um possível monopólio sobre prazer em prol de uma redistribuição que promova a harmonia, o que também se torna conveniente para as demais classes. Assim, pode-se dizer que os mais poderosos divulgam o sentido de jça como sendo a conveniência de todos, mas que implicitamente acreditam somente no argumento de que a justiça é o que lhes é conveniente. Uma vez que a conveniência é o que promove a harmonia entre as classes funcionais, torna-se conveniente para Sócrates a crença de que a compreensão de justiça dos mais poderosos não seja divulgada publicamente. Também faz parte do argumento central d'A República a noção de que toda a especulação presente no diálogo entre seus personagens não pode ser verdadeira, mas, na melhor das hipóteses, apenas plausível e conveniente. Sócrates precisa modificar a natureza das classes funcionais através de um programa direcionado de reprodução sexual e um programa de doutrinação ideológica para que a proposta de promover a harmonia através dos elementos da cidade, sob a alegação de que a justiça está a favor do mais fraco, torne-se o discurso mais plausível e conveniente. Para fazer o novo regime mais plausível, Sócrates desenvolve uma metafísica fundamentada na noção matemática de harmonia, tal metafísica a serviço da retórica oficial do regime político apresentado por Sócrates.
Palavras-chave:
Sócrates, Trasímaco, ironia.
Banca:
Prof. Dr. Glenn W. Erickson (Presidente - UFRN)
Profª. Dra. Gisele Amaral dos Santos (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Membro interno - UFRN)
Profª. Dra. Alice Bitencourt Haddad (Membro externo - UFRRJ)
Profª. Dra. Zoraida Maria Lopes Feitosa (Membro externo - UFPI)

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Data:
05/11/2013
Título:
"FORMATIVIDADE E INTERPRETAÇÃO: A Folosofia Estética de Luigi Pareyson"
Resumo:
O conceito de formatividade, cunhado por Luigi Pareyson, é a chave para o desenvolvimento de importantes estudos contemporâneos no campo da Estética. O escopo deste trabalho é apresentar uma compreensão das noções de Formatividade e Interpretação, como se evidencia no título da tese: Formatividade e Interpretação: a filosofia estética de Luigi Pareyson. A obra Estética - Teoria da Formatividade, publicada pela primeira vez em 1954, é considerada um marco do renascimento da estética. Nesta tese, examinamos o conceito de formatividade como um componente aplicável a toda e qualquer ação humana, não limitada a práticas pré-determinadas nem à aplicação de procedimentos preexistentes. Investigamos a tríade conceitual fazer-inventar-interpretar, que simultaneamente funda a formatividade. No primeiro capítulo, apresentamos a Propedêutica Estética; no segundo, analisamos a Teoria da Formatividade: o caráter estético da inteira experiência humana; e, no terceiro, exploramos A Estética da Forma e a Metafísica da Figuração no caráter formativo do conhecimento. A nossa reflexão enxerga a operabilidade humana como busca e tentativa, figuração e invenção à procura do êxito. O problema da formação da obra, a ideia de Obra-forma, abordados nesta tese, apresenta a inexorabilidade de invenção e interpretação numa tentativa de estabelecer um novo ponto de partida para os estudos da estética pareysoniana no Brasil.
Palavras-chave:
Luigi Pareyson, Estética, Teoria da Formatividade, Interpretação e Metafísica da Figuração.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Edrisi de Araújo Fernandes (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Gianluca Cuozzo (Membro externo - Universitá degli Studi di Torino)
Prof. Dr. Paulo Afonso Araújo (Membro externo - UFJF)

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Data:
22/04/2013
Título:
"HERNEBEUTICA EXISTENCIAL EM AGOSTINHO DE HIPONA E MARTIN HEIDEGGER"
Resumo:
A tese apresenta as interpretações de Agostinho de Hipona acerca dos três primeiros capítulos do Gênesis, o primeiro livro da Bíblia. Estas interpretações se encontram nas obras Comentário Literal ao Gênesis, Sobre o Gênesis Contra os Maniqueus, Comentário Literal ao Gênesis- Inacabado e As Confissões - livros XI-XIII além da breve exposição contida na obra Cidade de Deus, livros XI-XIV. A exposição destes comentários agostinianos visa demonstrar as variadas interpretações realizadas pelo autor a um mesmo conjunto de textos, revelando uma hermenêutica centrada no hermeneuta e não em regras interpretativas estabelecidas. Em seguida descreve-se, de forma sucinta, a evolução da hermenêutica textual durante o período moderno até as reflexões realizadas por Martin Heidegger na primeira metade dos anos vinte do século passado. A partir dos comentários existenciais feitos por Heidegger às epístolas de Paulo de Tarso (Gálatas e I e II Tessalonicenses) e ao livro X das Confissões, manifesta-se um retorno a uma hermenêutica baseada no intérprete, tal qual praticada por Agostinho. As preocupações manifestadas por Heidegger acerca dos fundamentos prévios existentes no Dasein e que poderiam influenciar sua autocompreensão, se constituem em possibilidades de explicação tanto para as variações interpretativas agostinianas como para a abordagem existencial praticada por Heidegger às epístolas paulinas e ao texto agostiniano.
Palavras-chave:
Gênesis. Paulo de Tarso. Dasein. Exegese. Confissões.
Banca:
Prof. Dr. Glenn W. Erickson (Presidente - UFRN)
Profª. Dra. Gisele Amaral dos Santos (Membro interno - UFRN)
Prof. Dr. Marcos Roberto Nunes Costa (Membro interno - UFPE)
Prof. Dr. Noeli Dutra Rossatto (Membro externo - UFSM)
Prof. Dr. Celso Martins Azar Filho (Membro externo - UFF)

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Data:
03/04/2012
Título:
"NEXUS: DA RELACIONALIDADE DO PRINCÍPIOÀ 'METAFÍSICA DO INOMINÁVEL' EM NICOLAU DE CUSA"
Resumo:
Indicamos com a ideia de nexus ou conexio, pensada como conexão do inteligível com o inteligente na especulação de Nicolau de Cusa, o fundamento no qual a razão pode compreender e nomear, mesmo que inadequadamente, o que o intelecto vê incompreensível e inominável. Assim, abre-se um caminho para a nossa investigação: tomaremos a ideia de nexus como fundamental para a interpretação dos nomes divinos e para a "metafísica do inominável" e mostraremos como nos nomes divinos, principalmente no possest, espelha-se a Trindade, a relacionalidade do princípio e, portanto, também o nexus. Para tanto, será necessário pensarmos algumas questões prévias: situaremos Nicolau de Cusa na tradição medieval do neoplatonismo cristão; retomaremos algumas discussões sobre o problema da nomeação e da filosofia da linguagem no seu pensamento; refletiremos como esse pensamento se molda a partir do diálogo ativo com a tradição e como a sua especulação se constitui a partir da relação dialética e dinâmica entre filosofia e teologia, que será pensada em nosso texto por meio da relação entre fé e conhecimento intelectual (intellectus). Após esclarecermos essas questões introdutórias, passaremos a considerar a compreensão trinitária do princípio fundante e a especulação sobre o nexus, tomando como ponto de partida o De venatione sapientiae, em que o nexus ou conexio é pensado como um campo de caça da sabedoria e o Primeiro Livro do De docta ignorantia, no qual o Máximo é já pensado como uno e trino. A partir do Segundo Livro dessa mesma obra e do Idiota. De mente mostraremos em que sentido o universo e a mens, enquanto imago dei, imitam a Trindade eterna. Por último, retomaremos a noção de scientia aenigmatica do De beryllo e algumas indicações para esclarecer que Nicolau de Cusa assume os nomes divinos como enigmas. Finalmente, tentaremos mostrar que os nomes enigmáticos também espelharão o princípio unitrino. Assim, retomaremos previamente alguns traços desse aspecto em alguns nomes divinos e em textos do "período tardio" para depois concluirmos com aquele que em si mesmo já indica o nexus e, portanto, a Trindade: possest.
Palavras-chave:
Nicolau de Cusa. Metafísica. Inominabilidade. Nexus-Conexio. Possest.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Profª. Dra. Claudia D'Amico (Membro Externo)
Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra (Membro externo - UFS)
Prof. Dr. Celso Martins Azar Filho (Membro externo - UFF)
Profª. Dra. Gisele Amaral dos Santos (Membro interno - UFRN)

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Data:
30/09/2011
Título:
"LIBERDADE E NEGAÇÃO DA VONTADE: ANÁLISE DO SER-LIVRE COMO REPRESENTAÇÃOE NA ANGÚSTIA"
Resumo:
A compreensão usual de "liberdade" sempre esteve mais ou menos vinculada ao poder de efetivação ou realização, de uma intenção, de um desejo, de uma capacidade. Assim, "ser livre" é comumente interpretado à luz do conceito de "livre-arbítrio" e sob a categoria da possibilidade de agir. Embora não sem precedentes na História da Filosofia, Schopenhauer, refutando a tese do livre-arbítrio, propõe a negação da vontade (de viver) como possibilidade máxima, se não única, da liberdade humana. A tese que o deixou famoso foi, contudo, profundamente mal compreendida e mesmo mal recebida um tanto graças à própria forma como é apresentada, por meio de exemplos muitas vezes exóticos envoltos em ares de misticismo e exaltações a tradições orientais que, incapazes de satisfazer filosoficamente o leitor, são antes curiosidades antropológicas. O saldo final do pensamento schopenhaueriano parece ser um pessimismo inimigo da vida. No entanto, examinada de perto, a leitura típica da tese schopenhaueriana se mostra repleta de inconsistências que, deve-se mostrar, não pertencem ao autor, mas a seus intérpretes. Uma nova leitura sobre a negação da vontade como possibilidade máxima da liberdade humana exige uma desconstrução das inconsistências e preconceitos já enraizados. Para tanto, em primeiro lugar, elucida-se as maneiras de se compreender o "nada querer", que não se reduz à mera recusa ou ao conformismo, podendo ser positivamente interpretado como um modo especial de querer: a admissão de si mesmo pelo que se é. Pouco mais de um século após vir à luz O mundo como vontade e representação, Heidegger propõe em sua ontologia fundamental que o ser-livre próprio diz respeito à decisão originária pela qual, na angústia da suspensão no nada, o Dasein singulariza-se como o ente que é em-um-mundo e para-a-morte, concluindo que a possibilidade extrema da liberdade é ser-livre-para-a-morte. Desenvolvendo a hipótese de que a liberdade, propriamente compreendida, é pertinente ao nada e a possibilidades indeterminadas, busca-se um diálogo entre o pensamento de Schopenhauer e a filosofia existencial em um movimento de reconstituição e superação da tradição metafísica por meio de que o problema da liberdade converte-se em uma questão de Ontologia. Do ponto de vista da "existência de fato", conforme se mostra em seguida, toda atividade (ou inatividade) humana é ordinariamente mediada por representações, segundo as quais "eu" e "mundo" aparecem como entidades distintas, encontrando-se cada indivíduo dado ligado às "coisas do mundo" pelo interesse, cujo conceito adequado deve ser suficientemente explorado. Partindo-se desta base, procede-se ao exame suficientemente pormenorizado das representações usuais da liberdade em vista de sua destruição pela Ontologia, atingindo-se, enfim, a proposta existencial conforme as formulações de Kierkegaard e Heidegger. Retomando a análise da obra de Schopenhauer, chega-se ao resultado de que a compreensão da liberdade como querer-ser, peculiar às filosofias da existência, também se aplica à filosofia de Schopenhauer. Nesse sentido, a negação da vontade corresponde ao máximo de liberdade na medida em que a Vontade, pela ruptura como o mundo como representação, retorna a si mesma naquilo que tem de mais essencial: a absoluta indeterminância originária da possibilidade extrema para-ser.
Palavras-chave:
Vontade; liberdade; angústia; existência; representação; singularidade.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Eduardo Anibal Pellejero (Membro Externo ao Programa - UFRN)
Prof. Dr. Jesus Vazquez Torrez (Membro Externo ao Programa - UFRN)
Profª Dra. Maria Lucia Mello e Oliveira Cacciola (Membro Externo - USP)
Prof. Dr. Paulo Cesar Duque Estrada (Membro Externo - PUC-RJ)
Partes autorizadas

Data:
26/08/2011
Título:
"MOSTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO DE ÉROS COMO PHILÓSOPHOS NO BANQUETE DE PLATÃO"
Resumo:
A leitura do Banquete instigou-nos a pensar a imagem de éros identificado a um modo próprio e genuíno de Platão conceber a representação do filósofo. No movimento entre as imagens de éros na tradição e a retomada desse discurso do passado na série de elogios ao amor deste dialógo, pretendemos fixar um aspecto inconteste para Platão, o pensar o amor como a potência que se sobrepõe e até mesmo se confunde com a noção de desejo, a julgar pelo Fedro, onde o amor é definido como desejo. No Banquete, esse desejo é direcionado para apreensão do belo, como observamos na ascese erótico-dialética de Diotima, contudo, isto não significa o rompimento com o desejo inato, como defendem alguns de seus intérpretes. No redirecionamento do desejo da dimensão apetitiva para a dimensão puramente intelectiva da alma, Platão concilia a ambiguidade do filósofo como um ser intermediário entre duas ordens distintas e afins de desejo, o do corpo e o da alma, na representação de éros como um daímon. Nessa circularidade entre as esferas aparentemente inconciliáveis entre si, as imagens de éros transparecem na escrita poético-filosófica de Platão, sob a forma de um discurso de natureza acentuadamente erótica.
Palavras-chave:
Platão, Banquete, éros, epídeixis, apódeixis, philósophos.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Vincenzo Di Matteo (Membro Interno - UFRN)
Profª Dra. Monalisa Carrilho de Macedo (Membro Externo ao Programa - UFRN)
Prof. Dr. Marcelo Pimenta Marques (Membro Externo - UFMG)
Profª Dra. Maria das Graças de Moraes Augusto (Membro Externo - UFRJ)

dissertação não disponível

Data:
22/06/2011
Título:
"BONJOUR E COENTERISMO: UMA LEITURA FUNDACIONAL"
Resumo:
Em The Structure of Empirical Knowledge, Laurence BonJour tenta provar a ineficiência de uma explicação fundacional, enquanto solução ao problema cético. A sua compreensão é que não existem crenças básicas no sentido próprio, ou seja, crenças capazes de ter alguma força justificadora que não seja advinda da coerência com outras crenças. Mostraremos que essa proposta não é alcançada por BonJour de forma satisfatória e que, em sua teoria, uma crença ob servacional não-inferencial seria mais plausível se fosse interpretada como sendo básica, nos termos de uma teoria fundacional fraca.
Palavras-chave:
crença, justificação, verdade, coerentismo, fundacionalismo.
Banca:
Prof. Dr. Claudio Ferreira da Costa (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Durante Perereira Alves (Membro Externo ao Programa - UFRN)
Prof. Dr. Andre Joffily Abath (Membro Externo - UFMG)
Prof. Dr. André Leclerc (Membro Externo - UFC)
Prof. Dr. José Maria Arruda de Sousa (Membro Externo - UFC)

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Data:
17/06/2011
Título:
"FILOSOFAR EM TEMPOS DE INFORMAÇÃO"
Resumo:
Filosofar em tempos de informação é como a autora apresenta uma proposta de como a filosofia deve se pensar a contemporaneidade, baseada na ideia de que esta não somente é legítima uma tarefa filosófica, como, em nossa atualidade, tornou-se decisiva para a filosofia. A reivindicação do hoje pelo pensamento filosófico se dará à maneira de uma análise fenomenológica da contemporaneidade, representada sinteticamente pela autora pelo fenômeno da Tecnologia da Informação. A presente tese é eminentemente inspirada no pensamento de Martin Heidegger, na maneira pela qual o filósofo apropriou-se de sua facticidade e nesta apropriação tornou possível a tarefa da filosofia como um pensar o sentido de ser. Em sua revisão e interpretação, a autora sintetiza o pensamento heideggeriano soba forma de uma trilogia: Técnica, História e Linguagem. A partir da releitura de conceitos-chave e do estabelecimento de inter-relações entre as palavras-guia desta tríade, a autora compõe a fundamentação teórica com a qual constrói sua própria análise original da contemporaneidade, esta onde, aparentemente, a questão da filosofia como pergunta pelo sentido de ser perdeu completamente o sentido. Em sua análise, determinadas manifestações do fenômeno da Tecnologia da Informação, ao serem diretamente relacionadas com a tríade da questão heideggeriana, se mostrarão de fato como 'vestígios' de ser, e é precisamente na evidenciação desta relação que a autora encaminhará sua conclusão de que filosofar em tempos de informação é possível e preciso.
Palavras-chave:
técnica, Heidegger, tecnicidade, tecnologia, informação, linguagem, história.
Banca:
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Alfredo de Oliveira Moraes (Membro Interno - UFRN)
Profª Dra. Gisele Amaral dos Santos (Membro Externo ao Programa - UFRN)
Prof. Dr. Celso Martins Azar Filho (Membro Externo - UFRRJ)
Prof. Dr. Gilvan Luiz Fogel (Membro Externo - UFRJ)

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Data:
10/06/2011
Título:
"A MORTE PODE SER CONHECIDA: PERCURSO EM TORNO DA COMPREENSÃO DA MORTALIDADE NA FILOSOFIA DE EPICURO"
Resumo:
Este texto pretende investigar o percurso necessário para a formação do conhecimento adequado da morte com base na análise da filosofia de Epicuro. A hipótese central consiste em demonstrar que a compreensão da morte só pode ser alcançada por meio de um processo contínuo de investigação em torno da natureza das coisas...
Palavras-chave:
morte, conhecimento, natureza, Epicuro, geração, corrupção.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Fernanda Machado Bulhões (Membro Externo ao Programa - UFRN)
Prof. Dr. Celso Martins Azar Filho (Membro Externo - UFRRJ)
Prof. Dr. Henrique Graciano Murachco (Membro Externo - USP)
Profª Dra. Miriam Campolina Diniz Peixoto (Membro Externo - UFMG)

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Data:
09/06/2011
Título:
"O CORPO NO PENSAMENTO DE EPICURO: LIMITES E POSSIBILIDADES"
Resumo:
A temática que se insere na perspectiva do presente trabalho parte do interesse de tratar, no corpus epicúreo, acerca da interferência do corpo e os seus modos de realização. Tendo principalmente por base as inferências contidas nos textos que restaram de Epicuro, pretende-se realizar uma análise dos aspectos que caracterizam o epicurismo como sendo um pensamento que faz referências recorrentes ao corpo como principal instância da sensibilidade. Faz-se necessário, portanto, discutir porque o corpo está dado como principal via para a possibilidade do conhecimento. Entendendo ainda que a física atomista converge para a tendência de compreender os fenômenos naturais como possíveis de serem contidos e explicados com base nas observações advindas do sentidos. Por essa razão é igualmente importante a reflexão sobre os critérios adotados para validar as opiniões inferidas a respeito dos fenômenos naturais. O que Epicuro construiu de imagem acerca do corpo pode servir para a interpretação e a problematização das dinâmicas entre os indivíduos, marcando as diversidades como fator necessário, entretanto, não como obstáculo a conformação de uma sociedade harmoniosa. Esse ponto pretende investigar a ressonância do pensamento epicúreo na filosofia contemporânea partindo da analogia do corpo.
Palavras-chave:
Physiologia; Corpo; Epistemologia.
Banca:
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva (Presidente - UFRN)
Profª Dra. Cinara Maria Leite Nahra (Membro Interno - UFRN)
Profª Dra. Monalisa Carrilho de Macedo (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Celso Martins Azar Filho (Membro Externo - UFRRJ)
Profª Dra. Elena Moraes Garcia (Membro Externo - UERJ)

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Data:
14/06/2010
Título:
"ANTENCEDENTES HISTÓRICO-FILOSÓFICOS DA PROBLEMÁTICA DO TEMPO E DO MAL NO FREIHEITSSCHRIFT DE SCHELLING: APROXIMAÇÕES GNÓSTICAS"
Resumo:
Esta tese objetiva contribuir para um melhor entendimento das relações entre o tempo e o mal no Freiheitsschrift a partir de aproximações desde o Gnosticismo. Para tanto, antes de começar a tratar da relação entre o tempo e o mal no Freiheitsschrift far-se-á uma revisão da questão do Gnosticismo (capítulo I) – corrente de pensamento essencialmente preocupada com a questão do tempo e permeada pela crença em uma natureza má da criação, e que alegadamente teria influenciado de modo significativo algumas concepções de Schelling. Seguir-se-á uma avaliação das aproximações entre Gnosticismo, gnose e pensamento alemão (capítulo II) e outra particularmente dedicada às aproximações schellinguianas ao Gnosticismo (capítulo III). Analisar-se-á então o Freiheitsschrift como texto onde Schelling, tendo feito uma apropriação muito particular do Gnosticismo, vai além da teodicéia kantiana (capítulo IV). Interrogar-se á então (capítulo V) se algumas ideias-chave do pensamento schellinguiano (sobre a gnose, a criação, a dualidade, o tempo, o mal) são concebidas de um modo distinto daquele do Gnosticismo histórico, apesar do muito que se disse em contrário. Finalmente, apresentar-se-á a proposta de uma "chave" plotiniana para o entendimento das relações entre o tempo e o mal no Freiheitsschrift (capítulo VI), passando-se logo em seguida às considerações conclusivas (capítulo VII).
Palavras-chave:
Gnose; Gnosticismo; Neoplatonismo; Schelling; Teodicéia.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson (Membro Interno – UFRN)
Profª. Dra. Monalisa Carrilho e Macedo (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Fernando Eduardo de Barros Rey Puente (Membro Externo - UFMG)
Prof. Dr. Kleber Carneiro Amora (Membro Externo - UFC)

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Data:
11/05/2010
Título:
"ARGUMENTOS TRANSCENDENTAIS: KANT E O PROBLEMA DE HUME"
Resumo:
O presente trabalho - "Os argumentos transcendentais: Kant e o problema de Hume" -, tem como seu objetivo geral interpretar a resposta de Kant ao problema de Hume à luz da conjunção das temáticas de causalidade e indução o que equivale a uma leitura cético-naturalista deste. Neste sentido, tal iniciativa complementa o tratamento anterior visto em nossa dissertação de mestrado, onde a mesma temática fora examinada a partir de uma leitura meramente cética que Kant fez do pensamento humeano e onde foi analisada apenas a causalidade. Dentre os objetivos específicos, listamos os seguintes: a) a filosofia crítica cumpre três funções básicas, uma fundante, uma negativa e uma que defenderia o uso prático da razão, aqui nomeada de defensiva; b) a solução kantiana do problema de Hume na primeira crítica cumpriria as funções fundante e negativa da crítica da razão; c) o tratamento kantiano da temática da indução nas demais críticas cumpriria a função defensiva da crítica da razão; d) que as provas da resposta de Kant ao problema de Hume são mais consistentes quando se consideram cumpridas estas três funções ou momentos da crítica. A estrutura básica do trabalho comporta três partes: na primeira - A gênese do problema de Hume -, nossa pretensão é reconstituir o problema de Hume, analisando-o sob a ótica das duas definições de causa, onde a diluição da primeira definição na segunda corresponde à redução psicológica do conhecimento à probabilidade, do que se segue a chamada naturalização das relações causais; na segunda - Legalidade e Causalidade -, menciona-se que quando se considera Hume na opção cético-naturalista, Kant não está habilitado a lhe responder através do argumento transcendental "A??B; A?B" da segunda Analogia, prova que está embasada na posição de pensadores contemporâneos como Strawson e Allison; na terceira parte - Finalidade e Indução -, admite-se que Kant responde a Hume no nível do uso regulativo da razão, embora o desenvolvimento dessa prova exceda os limites da função fundante da crítica. E isto fica articulado tanto na Introdução quanto nas Considerações Finais, através do cumprimento da função defensiva [e negativa] da crítica. Neste contexto, com base no recurso aos ditos argumentos transcendentais que se projetam por toda a trilogia crítica, procuramos estabelecer solução para uma questão recorrente que reaparece em várias passagens de nossa apresentação e que diz respeito a "existência e/ou a necessidade das leis causais empíricas". Diante disso, nossa tese é que os argumentos transcendentais somente constituem uma solução apodítica para o problema cético-naturalista de Hume quando está em pauta um projeto prático em que o interesse da razão esteja assegurado, conforme será, enfim, provado em nossas Considerações Finais.
Palavras-chave:
analogia, argumentos transcendentais, causalidade, dedução, finalidade, indução, legalidade, Urteilskraft, vida comum.
Banca:
Prof. Dr. Juan Adolfo Bonaccini (Presidente - UFRN)
Prof. Dr. Fernando Raul de Assis Neto (Membro Interno – UFPE)
Prof. Dr. Daniel Durante Pereira Alves (Membro Interno - UFRN)
Prof. Dr. Daniel Omar Pérez (Membro Externo - PUC/PR)
Profª. Dra. Andreia Luisa Bucchile Faggion (Membro Externo - UEM)

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