P-01: A Festa do Rosário: memória, festa, identidade e religião

Autora/Expositora:

Adriene do Socorro Chagas

Vínculo institucional: discente UFRN

Departamento: Ciências Sociais/Antropologia

e-mail: adoraflink@gmail.com

A memória socialmente construída carrega uma história vivida e muitas vezes encoberta pela história oficial. Este projeto de pesquisa intenta conhecer, através de narrativas orais, a memória dos fiéis da Igreja de Nossa Senhora do Rosário em Martins, Zona Oeste do Estado do RN, para entender como essa igreja, reconhecidamente a mais antiga da cidade, não alçou a categoria de padroeira do referido município.

P-02: Grupo de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS): Uma Contribuição para uma especialidade em construção.

Autoras:

Aline Francisca de Oliveira (expositora)

Eulália Maria Chaves Maia (expositora)

Neuciane Gomes da Silva

Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde.

Departamento de Psicologia.

O Grupo de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS) é uma Base de Pesquisa oficialmente reconhecida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, tendo como filosofia o modelo de saúde em que a visão biopsicossocial do indivíduo é salientada. Tem como meta prioritária o compromisso com a Humanização da Saúde, a Ética e o Desenvolvimento Humano em toda a sua dimensão. O GEPS encontra-se localizado no Laboratório de Psicologia (LabPsi) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) na cidade de Natal e está voltado para as atividades de ensino, pesquisa e extensão. A referida Base mantém intercambio com outras instituições na área de saúde, tais como a Asociación Latinoamericana de Psicologia de La Salud (ALAPSA), e o Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia da Saúde (Nêmeton, São Paulo), além de outras instituições de Saúde locais, como o Hospital Universitário Onofre Lopes, o Hospital de Pediatria e A Maternidade Escola Januário Cicco em Natal-RN, e o Hospital Universitário Ana Bezerra, na cidade de Santa Cruz-RN; desenvolvendo projeto de pesquisas em conjunto, haja vista que as universidades devem ter como parâmetro o cultivo da produção do conhecimento a partir de uma fundamentação teórico-metodológica. Suas linhas de pesquisa incluem temáticas como: sono e ansiedade, terceira idade, obesidade, Oncologia, morte, entre outras que estejam associadas ao campo de atuação do profissional em Psicologia da Saúde. Com essa proposta, o GEPS objetiva contribuir para o avanço científico do campo de conhecimento psicológico, sobretudo no que diz respeito à inclusão desse saber em instituições de saúde, notando o avanço que essa área de atuação tem alcançando nos últimos anos.

P-03: A criança e sua concepção acerca da morte: um estudo piloto

Autoras/expositoras:

Daniella Antunes Pousa Faria

Eulália Maria Chaves Maia

Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde.

Programa de Pós-Graduação em Saúde

O processo de significação da morte nos seres humanos sofreu inúmeras mudanças ao longo dos séculos. Embora na atualidade os adultos ocidentais insistam em manter a crença de que a criança nada sabe sobre o assunto, e que o contato desta com a morte poderia trazer danos ao desenvolvimento infantil, autores que estudam este tema são enfáticos ao afirmar que a criança desde uma idade bem precoce já tem conhecimento da morte, e que o esforço desta para compreendê-la é extremamente importante para a formação de sua consciência e afetividade. Tendo-se em vista estas questões a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a concepção de morte de 10 crianças com câncer. Para isto se utilizou uma entrevista semi-dirigida, realizada de forma lúdica através de brinquedos. A partir da presente pesquisa concluiu-se que o conceito de morte nas crianças avaliadas não acompanha o desenvolvimento deste conceito apontado pelos autores, e que a presença da patologia parece não ter maiores influências quantitativas para a aquisição deste conceito, e de seus critérios do pensamento formal. Acredita-se ainda que a aquisição do conceito de morte na infância está mais relacionado à experiência de vida da criança do que a idade cronológica. Portanto, o que vem de fato influenciar na construção do conceito de morte nestas crianças é a vivência de cada sujeito e aquisição dos instrumentos culturais.

P-04: IDENTIDADE DE GÊNERO DAS MULHERES TRABALHADORAS RURAIS DA AGROVILA PARAÍSO DO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO GOSTOSO

Autora:

Frânslie Quinto Bezerra (expositora)

Aluna Especial do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social / Mestrado Departamento de Ciências Sociais/UFRN

E-mail: franslie@uol.com.br

Orientadora: Eliana Andrade da Silva – Professora doutoranda do Departamento de Serviço Social do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFRN. E-mail: andradelili@yahoo.com.br

Na área rural muito se fala de Reforma Agrária, desenvolvimento sustentável e agricultura familiar. As mulheres do campo participam do processo de luta pela terra, trabalham na casa, na roça e contribuem com boa parte da produção de alimentos no Brasil. Entretanto as relações entre homens e mulheres se dão de forma desigual. O trabalho da mulher não é valorizado nem reconhecido pela sociedade. Desta forma uma série de medidas tem que ser realizada para o enfrentamento da desigualdade de gênero. Uma delas é a organização das mulheres em grupos nos assentamentos. Foi o que as mulheres da Agrovila Paraíso do município de São Miguel do Gostoso/RN fizeram. O trabalho que ora exponho, impulsionado apartir de observações quanto ao grupo, tem o objetivo de analisar a identidade de gênero e a organização das mulheres de Paraíso. Para o embasamento teórico, foram utilizados material bibliográfico, entrevistas, dados documentais e observações sobre o grupo e a Agrovila. A presente análise aborda a desigualdade de gênero e as formas particularizadas que a mesma tem sobre as mulheres trabalhadoras rurais. Seja no acampamento ou no assentamento, na casa, na roça ou no sindicato os espaços e as relações são desiguais entre homens e mulheres. A formação de um grupo de mulheres para o enfrentamento dessas questões, vem mostrar o potencial das mulheres trabalhadoras rurais na luta por seus direitos.

P-05: Luís da Câmara Cascudo em “As batalhas contra o tempo”: a biografia histórica de um erudito brasileiro (1898-1986).

Autores/expositores:

Francisco Firmino Sales Neto

João Carlos Vieira da Costa Cavalcanti da Rocha

E-mail: netoabc@bol.com.br

Alunos de graduação do Departamento de História - UFRN.

Este projeto tem por objetivo compreender como se formou a subjetividade do erudito potiguar Luís da Câmara Cascudo, de modo a entender as regras de produção dos seus discursos acerca da cultura popular nordestina. Como parte integrante deste projeto, o presente trabalho se propõe a interrogar e problematizar a biografia deste homem que lutou toda a sua vida contra a corrosão inexorável do tempo sobre as coisas e os seres, pois, ao longo de toda sua produção intelectual, sempre quis “preservar” toda a riqueza histórica e cultural do homem nordestino, diante da aceleração da história e, conseqüentemente, da perda das tradições. Portanto, respaldados pelos novos referenciais teóricos - metodológicos do gênero biográfico, realizamos um diálogo com as várias versões que foram produzidas para a biografia de Luís da Câmara Cascudo, seja por ele próprio, seja por aqueles que o tomaram como objeto de memória para, assim, compreendermos a multiplicidade de sujeitos que o compõe.

P-06: Economia Solidária e Desenvolvimento Sustentável

Expositores:

Diego Mendes da Silva

Leonildo Noberto de Medeiros

Núcleo Local da Unitrabalho/UFRN

Departamento de Ciências Sociais/UFRN

E-mail: unitrabalho@cchla.ufrn.br

Autores:

Profa. Dra. Eleonora Bezerra de Melo Tinôco Beuagrand

Rizoneide Souza Amorim

Iane Rocha Przewodowska Ferreira

O Projeto Economia Solidária e Desenvolvimento Sustentável desenvolvido pelo Núcleo Local da UNITRABALHO/UFRN atua, em ações de promoção e apoio a empreendimentos solidários, tendo como público prioritário trabalhadores adultos, excluídos do mercado formal de trabalho, desempregados, subempregados, marginalizados e de baixa renda da Região Metropolitana de Natal/RN, visando com isso criar condições concretas de superação do ciclo vicioso da pobreza. OBJETIVOS: A Incubadora da UNITRABALHO/UFRN objetiva valorizar a Economia Solidária como alternativa de inclusão econômica e de acesso à cidadania. Incubação de Empreendimentos Econômicos Solidários, sob a forma de pequenas unidades de produção, cooperativas, empresas de autogestão e outras modalidades; Assegurar a adequada inserção em cadeias produtivas desses empreendimentos econômicos solidários; Formação de quadros técnicos e agentes de promoção da Economia Solidária, no interior das unidades de incubação, com vistas a aprimorar sua atuação em organizações públicas e privadas, ou diretamente juntos aos empreendimentos. Potenciar a geração de trabalho e renda para as pessoas diretamente envolvidas; Desenvolver um padrão de qualidade para viabilização sustentável dos empreendimentos solidários;METODOLOGIA:A metodologia de trabalho da incubadora consiste em um processo que vai desde a organização do grupo até a sua inserção no mercado. Orienta os grupos nas áreas de planejamento, gestão, qualificação profissional e assessorias jurídica e contábil. Fornece apoio e orientação ao grupo, através de reuniões e visitas ao local de moradia e trabalho, levantando as capacidades e demandas, segundo uma série de etapas, a fim de construir em conjunto um Plano de Negócios.

P-07: A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA COMO REGISTRO HISTÓRICO NA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

AUTORA:

Sandra Maria Regis de Sousa Lins

Aluna do Curso de Pedagogia. CCSA/UFRN

Prefeitura Municipal da Cidade do Natal

Programa Geração Cidadã – Brasil Alfabetizado

E-mail Sandrarlins@ig.com.br

O trabalho de fotografia foi desenvolvido em salas de aula de Alfabetização de Jovens e Adultos, do Programa Geração Cidadã da UFRN, em parceria com a Prefeitura Municipal de Natal, na zona Norte desta cidade, no período de agosto de 2004 a fevereiro de 2005. Enquanto bolsista, do Núcleo de Pesquisa em EJA, atuando na função de articuladora pedagógica, coordenando turmas do Programa, busquei levar para os educandos uma linguagem que possibilitasse um novo olhar a respeito da fotografia, percebendo as distintas épocas, semelhanças, diferenças, mudanças, sociedade, cultura, costumes, valores, política, imbricadas nela, a qual despertou uma visão crítica. O objetivo desse labor foi proporcionar aos educandos o reconhecimento da imagem fotográfica como veículo de informação e comunicação, servindo como fonte de registro histórico social de uma determinada época. A metodologia constou de uma exposição fotográfica, discussão sobre a temática, pesquisa em revistas, leitura de imagens, elaboração e apresentação de seminários explicativos sobre os planos da fotografia e sua relevância para nossa história. O resultado proporcionou aos alunos um novo olhar sobre a fotografia, reconhecendo-a como uma linguagem comunicativa e informativa singular dos acontecimentos históricos e sociais de uma determinada época.

P-08: CONDIÇÕES DE TRABALHO E BURNOUT EM PROFESSORES DE PSICOLOGIA: um estudo de caso em uma Instituição de Ensino Superior

Autora/expositora:

Silvânia da Cruz Barbosa

Mestre em Psicologia.

mail silv.barbosa@gmail.com

Esta pesquisa foi realizada em uma Instituição de Ensino Superior e teve como objetivo central investigar a incidência da síndrome de burnout em professores de psicologia, relacionando-a com as condições de trabalho. O universo da pesquisa era constituído por 40 professores; deste total, 26 participaram, compondo uma amostra representativa de 65%, sendo 50% homens e 50% mulheres; 46,15% eram casados e 38,46% estavam entre solteiros e separados; 61,54% possuíam o título de mestre, 23,07% eram especialistas e 15,38% doutores. Para o desenvolvimento do estudo, aplicaram-se os seguintes instrumentos de coleta dos dados: um questionário padronizado, denominado MBI para avaliar o burnout; um questionário aberto e uma ficha sócio-demográfica. As respostas ao questionário aberto foram categorizadas, mediante a aplicação da técnica de análise de conteúdo (temática), recomendada por Bardin (1995). Os resultados desse tratamento e as respostas ao MBI foram lançados na forma de banco de dados do SPSS for Windows (Statistical Package for Social Science for Windows) versão 1.0 e em seguida se procedeu com a aplicação das análises estatísticas. Os principais resultados encontrados no estudo indicam que a categoria pesquisada apresentou baixos escores nos fatores despersonalização (0,51) e exaustão emocional (1,18) e elevado escore no fator realização profissional (4,83), indicando a não incidência de burnout. Sobre as condições de trabalho, os dados revelaram que 100% da amostra considerou que trabalhava sob condições precárias (80,8%) e péssimas (19,2%); com elevada carga de trabalho (57,7%), relacionamento frio e distante com os colegas de trabalho (53,8%) e em clima de conflito (23,1%). Os resultados conduzem a concluir que, apesar de claramente insatisfeitos com as condições de trabalho, os professores de psicologia não apresentaram sintomas de burnout, podendo esta situação estar sendo sustentada no alto nível de realização pessoal e no valor que estes profissionais atribuem ao trabalho que realizam.

P-09: A Fotografia como estimulo da memória

Autora/Expositora:

Zildalte Macêdo

Professora do DEARTE

Departamento de Arte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

E-mail: zildalte@bol.com.br

O uso da imagem fotográfica na pesquisa social ganha cada vez mais espaço pela sua condição de documento visual e possibilidade de análise. Registro do mundo visível, a fotografia traz em si não só a descrição do explícito, mas também a história que antecedeu à sua gênese, desencadeando lembranças contidas na memória daquele que a interpreta. A leitura da imagem fotográfica deve ser pensada em todos os seus aspectos simbólicos, a partir dos significados contidos na sua composição. A pesquisa teve como objetivo analisar retratos de uma família tradicional do município de Jardim do Seridó, RN, compreendendo o processo de formação dos retratos da memória. O trabalho foi desenvolvido através do uso de retratos e narrativa oral do informante. Os retratos foram organizados em mapas de análise e discutidos em três categorias: segunda realidade, primeira realidade e análise da pesquisadora. Concluiu-se assim que a fotografia é um recurso estimulador de lembranças que se retratam e se reconfiguram através da leitura da imagem fotográfica, no caso em estudo, dos retratos de família.

P-10: A MÍSTICA COMO ELEMENTOS DIFERENDIADOR NA FORMAÇÃO DE MONITORES PROFESSORES EM ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA DO MST.

Autora/Expositora:

Maria José Nascimento Soares

UFRN/UFS

marjonaso@ufs.br

A mística é um dos elementos que estamos estudando como uma estratégia metodológica para fortalece o processo formativo no Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), especialmente, quando utilizada para chamar a atenção dos monitores professores acerca da desigualdade social existente entre os homens, numa possibilidade de compreender o contexto atual, do qual a injustiça social deve ser um eixo motivador a fim de garantir uma formação diferenciada para formar o novo homem. Pretendemos recuperas os estudos teóricos sobre a idéia de mística em BOFF (1979); BOGO (2003, 2002); STÉDILE; FERNANDES (2000) e outros. A mística se faz presente no processo educativo como forma de manter viva a luta e recuperar pensamentos de pessoas que lideram e deram sua vida pela reforma agrária no Brasil e no mundo. Assim sendo, se estabelece novas relações que se consolidam no coletivo dos assentados, pois, a mística quando operacionalizada na cotidianeidade do assentamento permite aos sujeitos envolvidos à conquista de direitos sociais, mediante um processo educativo contínuo promovido nas áreas de assentamento de Reforma Agrária. Destarte, a mística é impulsionadora da conquista de direitos individuais e coletivos que foram usurpados ao longo desse processo histórico, numa perspectiva de refletir sobre o sentimento demonstrado por aqueles que lutam e continuam lutando em prol da desigualdade social.

P-11: A RODA DOS EXPOSTOS NA HISTÓRIA DO BRASIL

Autor/expositor:

Thiago do Nascimento Torres de Paula

thiagotorres2003@yahoo.com.br

Michele Silva Santos

micheless@io.com.br

Graduandos em História / UFRN

Este trabalho é parte de uma pesquisa sobre crianças abandonadas na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, na capitania do Rio Grande do Norte, na segunda metade do século XVIII. Especificamente temos como intenção, apresenta uma discussão que serve de referencial teórico para as nossas investigações no âmbito local, tendo como base Maria Luiza Marcílio, Renato Pinto Venâncio e Miriam Lifchitz Moreira Leite. Partindo do principio que a cidade do Natal nunca teve uma Misericórdia e nem muito menos uma Roda de expostos, é queremos apresentar uma síntese de caráter panorâmico sobre uma das mais antigas instituições da nossa história. A Roda como organização de amparo às crianças expostas resistiu ao três regimes, surgida no período colonial, se difundiu durante o Império e entrando em crise durante a Republica, só desaparecendo necessariamente em meados do século XX. Sendo assim queremos demonstrar, um pouco da história do assistencialismo a infância desvalida no ultimo pais do mundo a abolir o sistema de Rodas.

P-12: A SOCIOLOGIA NA FORMAÇÃO DO TÉCNICO AGRÍCOLA

Autora/expositor:

Joanice e Silva Miranda

Orientador: Prof. Dr. João Maria Valença de Andrade

Programa de Pós-graduação em Educação

Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ensino e Formação Docente

Este estudo tem como objetivo analisar a importância e a influência da disciplina Sociologia na formação e no exercício da profissão de Técnico Agrícola. Busca explicitar conexões entre os conteúdos trabalhados naquela disciplina, sua prática pedagógica e o exercício das atividades desta profissão. Para tanto, optaremos por uma linha teórico-metodológica que permita uma análise da atuação do Técnico Agrícola, dos conhecimentos (conteúdos ou temas) adquiridos no Ensino Técnico pela disciplina Sociologia, da forma como as aulas eram dadas e sobre a importância da disciplina em si no Curso Técnico. O trabalho será desenvolvido com os ex-alunos da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ) – localizada no município de Macaíba/RN – que estudaram Sociologia nos períodos intermitentes em que esta disciplina esteve presente no currículo do Ensino Técnico Agrícola, tomando-se como referência os ex-alunos que ainda exercem a profissão nesta área. Os procedimentos metodológicos privilegiados são a pesquisa documental nos arquivos da escola e a entrevista aos ex-alunos do Ensino Técnico na EAJ.

P-13: AS CONTRADIÇÕES SOCIOESPACIAIS EM GUAMARÉ-RN

Autor/expositor:

Josué Alencar Bezerra

Mestrando do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia da UFRN

josue@ufrnet.br

Ademir Araújo da Costa

Orientador e professor do Departamento de Geografia da UFRN

ademir@ufrnet.br

Na tentativa de compreender as desigualdades socioespaciais presentes na maioria dos centros urbanos brasileiros, tem-se procurado uma maior ponderação na relação Estado/Sociedade, na qual as políticas públicas vêm como resposta institucional às demandas sociais e às pressões políticas. Quando nos deparamos com a realidade brasileira, observamos na maioria das vezes, o esquecimento do poder público diante de questões de ordem social. Tal postura tem gerado graves problemas a alguns elementos de sustentação de uma população, como a saúde e a educação. Nesse sentido, tomamos como referência o estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente, a porção central do litoral setentrional, por apresentar um quadro socioeconômico preocupante em seu território. Alguns municípios desta região são historicamente conhecidos por gerar bastante recursos para o estado, entretanto, o município de Guamaré não expressa em seu território os recursos provenientes das receitas municipais auferidas. Em Guamaré percebemos a ausência de equipamentos e serviços fundamentais para a melhoria da qualidade de vida de sua população. Embora saibamos que esta situação apresenta-se comumente em várias cidades deste porte no Brasil, no caso de Guamaré, a situação deve ser analisada de forma diferente. Assentado no perímetro da Bacia Petrolífera Potiguar, segunda maior produtora do país, Guamaré está voltado para a atividade que abriga o Pólo Industrial, sendo assim, um dos maiores recebedores de royalties da Petrobras no estado. A idéia de que o município tomaria o rumo do “desenvolvimento” com a chegada da Petrobras desapareceu, visto a frente à realidade local frente à arrecadação do município que ultrapassa a quantia de um milhão de reais/mês. A aplicação dos recursos oriundos destas potencialidades, com o auxílio de políticas públicas eficientes podem favorecer o despertar para o desenvolvimento em Guamaré. Para isso, resta saber por que o município não apresenta um diferencial em termos de qualidade de vida.

P-14: BASE DE PESQUISA: Cultura, Política e Educação

Autores/Expositores:

Geovânia da Silva Toscano

E-mail: geovania_toscano@ig.com.br

Itamar de Morais Nobre

E-mail: nobre@ufrnet.br

Alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – UFRN

A Base de Pesquisa: “Cultura, Política e Educação” coordenada pelos Professores Dr. José Willington Germano e Dra. Vânia de Vasconcelos Gico, é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte originou-se em torno de um grupo de professores que se constituiu para realizar um Levantamento e Catalogação de Fontes da Historia da Educação do Rio Grande do Norte. A partir dos trabalhos realizados por esse grupo, em 1993, se constituiu a Base de Pesquisa: “Educação e Sociedade”, aprovada pelo Comitê Conjunto CNPq/UFRN e passou a fazer parte dos Diretórios dos Grupos de Pesquisa do Brasil. Optou-se pela temática Educação e Sociedade pelo reconhecimento da importância das questões relativas à Educação para o estudo e a compreensão da realidade social em varias direções. Em 1998, iniciou-se a reorganização do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da UFRN, e a Base de Pesquisa reestruturou-se, nesse momento, para ampliar seu alcance, passando, no amo 2000, a identificar-se como Base de Pesquisa: Cultura, Política e Educação. Atualmente, comporta as Linhas de Pesquisa: Organização Social e relações de Trabalho; Política, Cultura e Comunicação; Políticas Sociais e Educacionais; Sociedade, Dinâmicas Culturais, e Memória e, o Grupo de Estudos Boa-Ventura.

P-15: CIÊNCIA JURÍDICA, COMPLEXIDADE E DIGNIDADE HUMANA

Autora/Expositora:

Lenices Moreira Raymundo

Doutoranda do programa de pós-graduação em Ciências Sociais e pesquisadora do grupo de estudos da complexidade –GRECOM

lenicesm@terra.com.br

Maria Conceição Xavier de Almeida

Docente do programa de pós-graduação em Ciências Sociais, coordenadora do grupo de estudos da complexidade - GRECOM

Trata-se de pesquisa que está sendo desenvolvida a partir do método transdisciplinar e dialógico da complexidade com o intuito de contribuir para a construção de caminhos que viabilizem a realização da dignidade humana, através da compreensão da ciência jurídica no contexto da sociologia, da ética, da filosofia e do próprio direito positivo, voltando-se para a concepção do pluralismo jurídico em relação dialógica e de complementaridade com o monismo jurídico. Para alcançar tal intento, perfazemos um diálogo entre a teoria pura do direito, de Hanz Kelsen, a teoria tridimensional do direito, de Miguel Reale e a proposição do pluralismo jurídico em face à crise paradigmática sustendada por Boaventura de Souza Santos, incluindo uma abordagem jurisprudencial mediante análise de acórdãos do Supremo Tribunal Federal sobre a aplicação do princípio da dignidade humana. Propõe-se uma reflexão sobre a possível introdução da epistemologia da complexidade como novo paradigma para a compreensão e aplicação do direito, enquanto ciência social e cultura humanística, buscando transpor os limites do monismo jurídico, o qual fundamenta a concepção positivista do direito, ainda dominante na prática jurídica atual. A epistemologia da complexidade, ora propugnada, encontra respaldo nos estudos realizados por Morin, o qual considera que o conhecimento epistemológico complexo deve ao mesmo tempo detectar a ordem (leis e determinação) e a desordem, e reconhecer as interações entre ordem e desordem, em relação de complementaridade, na busca da religação entre ciência e consciência complexa e da construção da sociologia do conhecimento científico, capaz de auto-interrogar-se e auto-refletir-se, já que "ciência sem consciência é apenas a ruína do homem". (MORIN, 2003, p. 11) Consideramos que o sistema organizacional do pensamento complexo em muito pode contribuir para construção de uma ciência jurídica aberta, pluralista, capaz de transpor a concepção positivista do direito, que o impede de melhor exercer sua função social.

P-16: “ERA UM SONHO DESDE CRIANÇA”: O SIGNIFICADO DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES DOS MUNICÍPIOS DE UMBUZEIRO E REMÍGIO.

Autor/Expositor:

Jameson Ramos. Campos

Especialista em Educação. Professor do Dpto. De Filosofia e Ciências Sociais da UEPB.

jamesoncampos@ig.com.br

Esta pesquisa foi desenvolvida entre os professores da rede pública dos municípios paraibanos de Umbuzeiro e Remígio, cursistas do Programa de Pedagogia em Serviço oferecido pela Universidade Estadual da Paraíba, e teve como objetivo investigar, por um lado, as motivações que conduziram estes profissionais a ingressar na carreira do magistério e nela permanecer até hoje e, por outro, a compreensão que estes docentes têm de sua profissão. Acreditamos que os motivos para a escolha da profissão e a visão peculiar que eles têm da mesma entram aqui como determinantes fundamentais, embora não únicos, a orientar a sua prática docente. A pesquisa foi realizada com 35 professores cursistas do município de Remígio e 38 do município de Umbuzeiro e, para tanto, foram aplicados questionários abertos e uma ficha sócio-demográfica como instrumentos de coletas de dados. Os primeiros resultados encontrados indicam que a escolha da profissão docente está associada a dois tipos distintos de motivações: ora associada à vocação, ao gosto de trabalhar com criança e a uma espécie de sonho acalentado desde a infância – visão que eu chamo aqui de romântica – ora à falta de opção de trabalho ou como obra do acaso. (Vieira, 2002). Os dados ainda apontam para o fato de que, mesmo assumindo a profissão docente por um acaso ou por necessidade, parte destes profissionais acabaram por se “afeiçoar à profissão”, às crianças para as quais lecionam e terminaram por gostar da profissão, passando a exercê-la com “amor”. As motivações para ingresso na profissão e a maneira como eles concebem a docência, indicam que os requisitos fundamentais para o exercício do magistério são o amor e a dedicação às crianças, o carinho, o zelo e o cuidado quase materno.

P-17: Estudantes do Ciclo Básico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte: uma avaliação de seus hábitos e de sua qualidade de sono.

Expositores:

Ádala Nayana de Sousa

Liliane Pereira Braga.

Departamento de Psicologia / CCHLA / UFRN.

E-mail: camomilapsi@hotmail.com

Autores:

Ádala Nayana de Sousa (Graduanda), Liliane Pereira Braga (Graduanda), Caroline Araújo Lemos (Graduanda), Camomila Lira Ferreira (Graduanda), Katie Moraes de Almondes (Pós-Graduanda), Neuciane Gomes da Silva (Professora), Eulália Maria Chaves Maia (Professora).

A qualidade de sono envolve critérios como início de sono precoce, menos interrupções e menos despertares durante o sono, cuja avaliação ruim pode trazer problemas como diminuição de concentração e atenção, prejuízos no desempenho, fadiga e irritabilidade. Podem contribuir para esses problemas hábitos de sono considerados ruins, como fumar, ingerir substâncias psicoestimulantes, barulho e muita iluminação onde se dorme. Objetivou-se identificar e avaliar os hábitos e a qualidade de sono de 95 estudantes da UFRN, que cursavam o primeiro período de 15 cursos: Pedagogia, Ciências Econômicas, Direito, Administração, Turismo, Ciências Biológicas, Farmácia, Medicina, Odontologia, Enfermagem e Obstetrícia, Engenharia Química, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia da Computação, e Arquitetura e Urbanismo. Utilizou-se: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg, e Questionário de Hábitos de Sono. Resultados evidenciam o escore médio de 5,64±2,53, que indica uma qualidade de sono ruim para os estudantes, já que tal média encontra-se acima de 5,0. A partir da análise dos hábitos de sono, percebeu-se que 51,7% deles não têm barulho no quarto, 76,8% afirmam não haver nada no quarto que incomode e 100% mantém no quarto aparelho de televisão, som, computador e material de leitura. Na amostra, mais de 80% bebem refrigerante e ingerem chocolate freqüentemente. Quanto ao sono, 64,2% asseguram que, às vezes, tem dificuldade iniciar o sono, e 80% dizem que, às vezes, apresentam sonolência diurna. Assim, infere-se que a falta de um horário regular de dormir e acordar, que se soma aos hábitos de sono ruins, associa-se à qualidade de sono ruim e conseqüente irregularidade do padrão do ciclo sono-vigília presente nesses estudantes. Com isso, faz-se necessário promover melhoras em alguns hábitos de sono, a fim de evitar os malefícios para a saúde já relatados.

P-18: FEIRA LIVRE DE CAICÓ/RN: MUDANÇAS E PERSISTÊNCIAS

Expositor e Autor:

Marcos Antônio Alves de Araújo

Titulação: Graduando em Geografia na UFRN/CERES/CAMPUS DE CAICÓ. E-mail: marcoserido@yahoo.com.br

Co-autor (a):

Ione Rodrigues Diniz Morais

Titulação: Professora Doutora do Departamento de História e Geografia, da UFRN/CERES/CAMPUS DE CAICÓ

E-mail: ionerdm@yahoo.com.br

As feiras livres municipais, incrustadas, mormente, nos espaços centrais dos aglomerados urbanos, se constituem como uma prática econômica e cultural, historicamente tecida na maioria das cidades nordestinas, onde compradores e vendedores, oriundos de áreas distantes e da própria localidade, se reúnem semanalmente, para estabelecerem as atividades de compra, venda e permuta dos diversos produtos. Nesse sentido, ancorado nas discussões, problematizações e inspirações teóricas de Paul Claval, Milton Santos e Eduardo Pazera, objetivamos perscrutar e analisar as transformações na dinâmica sócio-espacial da Feira Livre da Cidade de Caicó/RN, entendendo sua historicidade e sua hodierna organização espacial, bem como, as práticas sócio-culturais que ora, ressignificam-se, ora resistem aos processos ditos “modernos”. Para desenvolvermos esse estudo, realizamos entrevistas com vários agentes sociais, sobretudo, caicoenses que vivenciaram, conviveram, freqüentaram e freqüentam as feiras livres de Caicó. Devido à pesquisa está em fase embrionária, os resultados e considerações são apenas parciais, flexíveis a alterações. Assim, por meio de algumas observações feitas in loco, podemos constatar que a Feira Livre de Caicó, realizada durante os sábados, está organizada e enxertada, atualmente, em dois espaços distintos da área central do tecido urbano. Ademais, evidenciamos que a Feira Livre dessa urbe, mesmo mudando de espaço, ainda se constitui como o lugar do encontro, dos costumes, das tradições, das conversas, das sociabilidades e das múltiplas territorialidades contracenadas pelos atores sociais de Caicó e de outras cidades circunvizinhas.

P-19: FLOGS: CULTURA E ESPAÇO NA INTERNET

Autor/Expositor:

Bruno de Oliveira Lima

Aluno do Departamento de Antropologia

Os flogs viraram mania no mundo da Internet. Os brasileiros foram os que mais adentraram nesse novo tipo de site e hoje já contabilizam cerca de 50% de toda a população "flogueira" do mundo. É comum as muitas tribos virtuais postarem nos fotologs, são várias imagens que retratam as suas identidades culturais particulares. O painel que pretendo apresentar é uma tentativa de mostrar as fotos postadas pelos jovens nos flogs, para que se possa fazer uma analise apurada deste "fato social", já que, os flogs são maneiras de fazer, agir e pensar de uma coletividade, apresentam uma complexa rede de relações sociais e são sobre tudo espaços de sociabilidade no campo do privado de do público, construídos pelos homens da chamada pós-modernidade. Nesse contexto, abordarei as questões referentes ao Ciberespaço e a Cibercultura através do painel.

P-20: GRUPO DE ESTUDOS BOA-VENTURA

Autores/Expositores:

Alcides Leão Santos Júnior

Lenina Lopes Soares Silva

Alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – UFRN alcidesleao@hotmail.com

 

O Grupo de Estudos Boa-Ventura, coordenado pelos Professores: Dr. José Willington Germano e Dra. Vânia de Vasconcelos Gico, é vinculado à Base de Pesquisa: Cultura, Política e Educação, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, surgiu da convergência e do desejo dos participantes em aprofundar estudos sobre globalização, multiculturalismo, educação, política memória, imagem e sociedade. Como a obra de Boaventura de Sousa Santos engloba todos esses conceitos, decidiu-se por estudá-la de forma sistemática, empreendendo-se esforços para manter um dialogo aberto e flexível com suas idéias. Objetiva-se discutir essas idéias visando compreender seu itinerário teórico-metodológico, mediante a interpretação do seu pensamento, para assim, promover reflexões acerca dos conceitos que venham a ser apropriados pelo Grupo. A metodologia adotada possibilita a troca de saberes subjacentes às idéias em estudo. O Grupo reúne-se mensalmente, para discussão das leituras e planejamento de atividades com a perspectiva de atingir as metas, entre elas: publicação da produção do Grupo e a promoção de seminários e mesas redondas sobre as temáticas estudadas.

P-21: Horários Acadêmicos de Estudantes do Ciclo Básico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte: Fortes Sincronizadores Ambientais?

Expositores:

Caroline Araújo Lemos

Camomila Lira Ferreira

Departamento de Psicologia / CCHLA / UFRN.

E-mail: camomilapsi@hotmail.com

Autores:

Ádala Nayana de Sousa (Graduanda), Liliane Pereira Braga (Graduanda), Caroline Araújo Lemos (Graduanda), Camomila Lira Ferreira (Graduanda), Katie Moraes de Almondes (Pós-Graduanda), Neuciane Gomes da Silva (Professora), Eulália Maria Chaves Maia (Professora).

O ciclo sono-vigília é sincronizado por fatores internos e externos. Os sincronizadores ambientais desempenham um papel crucial nesse ciclo no homem, na medida que os horários e demandas sociais, determinam os horários de sono, interferindo nesse padrão. Tais interferências podem acarretar prejuízos à saúde, como a privação de sono, que ocasionando diversos efeitos maléficos, como irritabilidade, diminuição da vigilância, atenção e concentração. Assim, objetivou-se avaliar o ciclo sono-vigília de estudantes do 1º ano das áreas Biomédica, Humanística e Tecnológica da UFRN. O trabalho foi realizado com 106 estudantes voluntários, utilizando-se de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, Ficha de Identificação, Diário de Sono, Questionários de Hábitos de Sono, de Identificação de Cronotipo e de Qualidade de Sono. Os 28 estudantes de Biomédica possuem médias de início de sono de 23:30±00:50 e duração de 07:24±01:04. Essas médias passam a ser 23:43±01:04 e 07:35±01:14, respectivamente, nos 44 estudantes de Humanística. Já os 34 estudantes de Tecnológica possuem médias de início de sono de 23:35±01:01 e duração de 07:19±00:43. Observou-se que esses estudantes apresentaram índices de qualidade de sono de 5.4, 6.3 e 5,0, respectivamente, ou seja, índices considerados ruins, já que estão maiores ou igual ao 5,0. Isso pode estar relacionado ao padrão irregular de sono presente em todas as áreas. Observou-se que a amostra de todas as áreas apresentou qualidade de sono ruim, o que pode estar relacionado a um padrão irregular de sono. Dessa forma, infere-se que os horários e as demandas acadêmicas funcionam como fortes sincronizadores durante a semana, pois os menores desvios padrões apontam uma maior homogeneidade nos horários, algo que não acontece durante o fim de semana, no qual os horários associam-se ao lazer. Cabe, portanto, uma maior atenção sobre os fatores que influenciam o sono irregular e a qualidade de sono ruim apresentados pelos estudantes.

P-22: MODA E CORPO

Autora/Expositora:

GeísaPereira Alves (mestranda)

Instituição: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/DAN/CCHLA/UFRN

Associadogeralmente ao conceito de vestir, o de moda vem do latim “modus” que significa modo, maneira. Surgiu na europa ocidental quando as roupas em função do contexto histórico sugeriam a diferença dos sexos. A moda como conceito começou a partir do nascimento e do desenvolvimento do mundo ocidental. Só a partir do final da idade média e do início do renascimento foi possível fazer um reconhecimento apurado da ordem própria da moda como sistema, com suas transformações incessantes, suas diferenças e suas extravagâncias. Neste aspecto sob uma análise ampla, podemos afirmar que a imposição coletiva da moda permite uma certa relação de autonomia individual se tratando da aparência, dessa forma engendra-se uma certa relação inédita entre a célula individual e regra social, que se interligam e promovem o próprio dinamismo da moda. O movimento hedonista iniciando na américa do norte e na europa e 1960 e 1970 com a liberação sexual, a liberdade individual é largamente divulgada e hoje podemos notar uma nova produção corporal e novas formas de construção corporal presentes nas práticas e representações das camadas médias urbanas, que vêm tomando status de moda. Procurando refletir sobre este tema, priorizamos neste momento o estudo do auto controle da aparência física, cabendo ainda investigar os processos que levam os indivíduos a incorporarem as normas desta nova estética. Teremos como suporte teórico para este estudo as reflexões de Marcel Mauss (1950) sobre as técnicas do corpo, neste contexto ele afirma: (...) esses hábitos ou técnicas do corpo não variam apenas de acordo com cada indivíduo e suas imitações, mas também de acordo com as sociedades, as educações, as convenções, as modas e os prestígios” (p. 67). Analisando este tema figura também o trabalho organizado pela antropóloga Mirian Goldenberg (2002) ao analisar o corpo e moda no Rio de Janeiro.

P-23: Nas cercanias do Mundo Novo: apontamentos acerca da prática sócio-espacial promovida pelos agricultores.

Autoras:

Jossylúcio Jardell de Araújo (expositora)

Discente do Curso de Geografia, da UFRN, CERES

jossylucio@yahoo.com.br

Evaneide Maria de Melo

Ione Rodrigues Diniz Morais

Discentes do Curso de Geografia, da UFRN, CERES

Neste projeto pretende-se compreender a dinâmica sócio-espacial promovidas pelos agricultores assentados na Fazenda Mundo Novo, que é gerenciado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte – EMPARN. Para palmilhar tal perspectiva de leitura, foi indispensável à aplicação de questionários pré-elaborados direcionados aos agricultores e a empresa responsável – EMPARN. De igual importância foi o nosso suporte teórico-metodológico, centrado nas leituras de Stuart Hall, Roberto Lobato Corrêa, Rogério Haensbaert e Olavo de Medeiros Filho. Com a ida ao campo, um mundo se descortina, seja ele representado nas vivências, no ato de plantar, colher ou mesmo nas relações estabelecidas com a terra, que passam por (re) elaborações que ganham contornos particulares, expressos pelo movimento migratório , ou na relação com a estrutura física montada – sem o uso de cercas. Acreditamos que nosso trabalho não encerra a discussão, mas que ela abre horizontes para novos olhares e reflexões.

P-24: O “ideal de amor romântico” e suas demandas: possibilidade de sofrimento?

Autora/Expositora:

Vergas Vitória Andrade da Silva (expositora)

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – UFRN

Orientadora: Norma Missae Takeuti

A idéia romântica de amar tem sido parte essencial da cultura ocidental. A experiência amorosa apresenta valor central na vida dos indivíduos. Tornou-se o centro de muitas expectativas, isso porque, dentre outras coisas, o amor é apresentado como umas das poucas coisas que podem nos fazer feliz. Ele foi colocado numa aura perfeita e eterna. Contudo, o amor romântico exige uma série de cumprimentos de papéis e demandas que seriam difíceis de serem efetivados em sua prática pelos amantes. A busca de realização deste ideal afetivo-sexual pressupõe regras de condutas contraditórias e difíceis de seguir. Nessa dinâmica, a perspectiva da não-realização do “sonho romântico” acarretaria a alguns sofrimentos. Neste sentido, o presente trabalho visa focar as principais representações e expressões do sofrimento amoroso que decorriam das contradições geradas pelas demandas exigidas pelo ideal de amor romântico, através da trajetória de vida amorosa de homens e mulheres que vivenciam relacionamentos íntimos amorosos.

P-25: "O ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE CAICÓ: ASPECTOS DE UMA REALIDADE".

Autora/expositora:

Hennybeth Soares da Silva

Graduanda em pedagogia.UFRN/ CERES/ DESE - RN

e mail: hennybeth@yahoo.com.br

Nazineide Brito

Co-autora Professora Ms.UFRN/ CERES/ DESE -RN

e-mail: nazi@seol.com.br

O conceito sobre a educação oferecida aos alunos com necessidades especiais modificou-se ao longo do tempo. A educação que antes acontecia em instituições segregadas passou com o tempo a ser oferecida em instituições do sistema regular, estando esta concepção inserida na nova LDB (9.394/96). Porém, apesar dos avanços, a realidade ainda é distante de um atendimento de qualidade. Problemas como a falta de estrutura física adequada e a ausência de formação específica dos professores em relação à educação especial, são ainda gritantes em nosso país. Este trabalho visa apresentar a realidade dos aspectos físicos e pedagógicos oferecidos pelas escolas da educação infantil da rede privada aos alunos especiais. Para a efetivação desse trabalho, foram realizados estudos bibliográficos, e em seguida, deu-se início as entrevistas com os professores e gestores das escolas. Para a coleta de dados foram utilizados questionários, entrevistas e observações, depois, sendo todos analisados. A partir da análise, afirmamos que estão matriculadas na educação infantil, cerca de 1.391 crianças, sendo 26 especiais. Na maior parte das escolas a estrutura física é precária, precisando de reformas, já o acompanhamento pedagógico específico é oferecido na maior parte fora da instituição, através da APAE. Percebemos, portanto, que essas escolas, mesmo com alguns aspectos melhores do que as escolas públicas, não deixam de apresentar necessidades de modificações tanto na parte física como na pedagógica; a falta de orientação, capacitação e formação específicas dos demais profissionais da área, continuam sendo falhas que precisam ser melhoradas. Já o aspecto físico, carece de modificações na construção de rampas arquitetônicas, banheiros, carteiras e materiais específicos que garantam a permanência desses alunos nessas instituições. Neste sentido a inclusão de crianças de 0 a 6 anos de idade nessas escolas, ainda caminha a passos lentos, precisando de melhorias para a sua efetivação.

P-26: “O Médico Diante do Paciente Suicida”

Expositores:

Beatriz Furtado Lima

E-mail: beatrizflima@terra.com.br

Juliana Gouveia Costa

Estudante de Psicologia/UFRN

E-mail: E-mail: juligouveia@gmail.com

Autores:

Beatriz Furtado Lima, David Emmanuel M. Ferreira, Juliana Gouveia, Luciana Fernandes Matias, Maíra Trajano Costa, Mariliz Viegas Nôga, Renata Oliveira, Vera Saraiva

Orientador: Elza Dutra

O suicídio é um assunto complexo, multifatorial, carregado de preconceitos e causador de grande impacto psico-social. Lidar com o suicídio pode gerar sentimentos de frustração e impotência nos médicos, pois podem se sentir fracassados na sua atuação profissional. Este trabalho teve como objetivo investigar como os médicos lidam com pacientes suicidas, tendo em vista que se tratam de profissionais que lutam para salvar vidas. A pesquisa foi realizada em janeiro de 2004 com médicos de três hospitais de Natal, totalizando 54 questionários com 25 questões abertas e fechadas. As perguntas focalizaram aspectos da profissão, sentimentos em relação à morte e aos pacientes suicidas e outras questões sobre suicídio (encaminhamento, causas, sinais, prevenção). Na análise dos dados, criamos categorias para representar e correlacionar as respostas das questões abertas. Percebemos que a maioria dos médicos se sente reflexiva diante de pacientes suicidas. Encontramos uma contradição e certa resistência ao dizerem que lidar com a morte influencia de alguma forma sua vida, levando-os a valorizá-la mais, e ao relataram que lidar com pacientes que tentaram se matar não causa nenhuma influência em suas vidas. Questionados sobre o que acham que leva alguém a cometer suicídio, responderam que as principais causas são distúrbios psiquiátricos, problemas familiares, problemas amorosos ou dificuldades interpessoais. Citaram comportamentos agressivos, depressão e tristeza como os mais freqüentes sinais que poderiam indicar um possível ato suicida. Os médicos supõem ser possível a prevenção do suicídio, mostrando-se condizentes com a concepção de suicídio como uma doença, o que os levam a encaminhar tais pacientes a psiquiatras. Concluímos que a morte e o suicídio são temas difíceis e delicados, em especial para os médicos, os quais lutam pela vida constantemente, sendo assim seria interessante para eles um suporte psicológico para melhor lidarem com essas questões e com seu trabalho.

P-27: OS LAÇOS QUE ENTRELAÇAM A MEMÓRIA E A EDUCAÇÃO

Autoras/Expositoras:

Alenuska Karine de Medeiros Ferreira

Discente do Curso de Pedagogia, da UFRN, CERES

Rousejacley Pereira de Araújo Silva

Discente do Curso de História, da UFRN, CERES

rousejacley@yahoo.com.br

O projeto de pesquisa "A História da Educação pela via da Memória e da Literatura", vem desenvolvendo no decorrer de seus estudos um trabalho de organização e sistematização das fontes para o estudo da História da Educação. Objetiva também possibilitar a realização de palestras e reflexões, de modo à aproximar a pesquisa aos alunos e pesquisadores de outros cursos/áreas. Para realizá-la utilizamo-nos da metodologia da história oral como recurso para o recolhimento de narrativas através de gravação de entrevistas, como registros de informações de populares. Também nos valemos de obras literárias e versos de cordel como fontes de estudo. Operacionalmente, demos início à criação de um banco de dados, que foi precedido de uma campanha de arrecadação de livros e cartilhas antigas que foram catalogados e arquivados. Podemos concluir que os dados coletados são de grande relevância para a formação do corpo da pesquisa, o que confirma o constructo de um conhecimento sustentado em variadas fontes que se entrecruzam nas fronteiras entre história, memória e literatura. Dispomos de um acervo considerável de entrevistas com professores e pessoas da comunidade que, na ocasião, narraram sobre seu tempo de escola realçando detalhes da cultura, usos, costumes e hábitos que compunham a rotina de práticas desenvolvidas no cotidiano escolar.

P-28: POLIFONIAS DO EDUCAR: VOZES QUE RESSOAM DO SILÊNCIO

Marinalva Pereira de Araújo

Graduanda do Curso de Pedagogia da UFRN/CERES/DESE/CAICÓ-RN

Marrypy2000@yahoo.com.br

Antônio Lisboa L. de Souza

Prof. Dr. da UFRN/CERES/DESE/CAICÓ-RN (Orientador)

Quando os sonhos parecem perdidos, a maré traz perspectivas de articulação nos fazeres que valorizam a aprendizagem escolar, sob conversas que dão lugar às vozes caladas num silêncio de uniformidades. Os diálogos dos educadores vêm constituir o curso de pedagogia realizado através do Programa de formação em nível superior dos professores da Educação Básica (PROBÁSICA). No compromisso de desvendarmos os efeitos desta formação, detemo-nos na turma de 1998, perscrutamos os discursos colhidos em questionários, sentamos em conversas informais e finalmente analisamos as opiniões, ancorados nos teóricos: Edgar Morin, Paulo Freire e Perrenoud. Relações travadas inferem a polifonia dialógica que faz bater e culminar em conflitos, por excelência condutores da construção mediante interesses coletivos dos profissionais. O diálogo como instante de reflexão sobre competências, ocasião onde se traçam marcas que aventam mudança nos modos de fazer, na relação com todos os membros da comunidade escolar. Emergem dos escombros ânsias de maior participação e de continuidade da formação. A formação em pedagogia-PROBÁSICA transcende ao mero diploma e constrói ímpetos de reflexão do educador sobre suas ações, deixando florescer um mar de possibilidades na produção do conhecimento pedagógico, onde o ensino passa a ser cerne de inquietações, onde o professor abre-se à invenção e à construção nos diálogos, rumores de inovação nas ações educativas.

P-29: POLÍTICAS PÚBLICAS, ESPAÇO E EMPREGO EM ÁREAS PERIFÉRICAS: O “Programa de Desenvolvimento do Turismo no Rio Grande do Norte” em questão

Autor/Expositor:

Jean Henrique Costa

E-mail:jeanhenriquecosta@bol.com.br

Aluno do departamento de Ciências Sociais/UFRN

O turismo enquanto atividade sócio-espacial compreende em sua dinâmica direta e indireta o fato de necessitar de intensa mão-de-obra para as diferentes ocupações existentes em sua cadeia produtiva. Isto posto, tem-se que o entusiasmo acrítico com que o turismo é tratado se tornou nestes últimos anos impressionante. Com a famosa metáfora “indústria sem chaminés” a atividade tem se propagado como nunca, isto com a ajuda de mecanismos governamentais, empresariais e os incessantes esforços da mídia na divulgação turística. Em decorrência disso, cresce também o número de políticas públicas e empreendimentos voltados à atividade. Encontra-se atualmente um discurso apologético acerca do turismo enquanto gerador de empregos e desenvolvimento local. Em razão disso, estas políticas públicas são justificadas pela importância que a atividade possui pelos seus pontos positivos. No entanto, não se questiona a qualidade dos empregos gerados pela atividade turística, que se caracterizam por serem mais precários do que os demais empregos existentes no setor de serviços, devido fundamentalmente ao seu caráter sazonal. No RN, em particular o recorte espacial dado pelos municípios do PRODETUR/RN I, observa-se uma assimetria quanto as interações espaciais entre as cidades que compõem tal programa. Em Natal, município que caracteriza tal assimetria, observa-se a maior parte dos empregos formais, investimentos privados e públicos. Natal neste contexto “discrepante” funciona como o produto principal e espacialmente como o centro das questões sobre turismo no Estado. Dado este fato, os cinco demais municípios que compõem o programa se constituem enquanto sub-produtos da cidade capital, onde a precarização das relações de trabalho se acentua ainda mais nestes municípios “secundários”. Decorrente deste fato, tenta-se saber, em que medida políticas públicas de turismo (PRODETUR/RN I) têm sido eficazes para a geração de empregos nos municípios constituintes do programa, quais as características destes empregos e como os mesmos se distribuem espacialmente nestes municípios?

P-30: Recursos estratégicos da linguagem em propagandas de cerveja

Autora/Expositora:

Elis Betânia Guedes da Costa

Kaline Juliana de Souza Feitosa

UFRN-CERES

O presente trabalho é o resultado de um projeto de pesquisa interdisciplinar, realizado no campus de Currais Novos, envolvendo alunos de Letras e Administração. Para realização de tal estudo seguimos uma abordagem qualitativa, objetivando descrever e analisar a linguagem e os mecanismos lingüísticos utilizados como forma de persuasão em propagandas de cerveja entre os anos de 1994 e 2004. Dessa forma, partimos da hipótese que a linguagem utilizada em tais textos recorreria a determinados mecanismo como: figuras de linguagem, ambigüidade e repetição, entre outros objetivando a indução sobre o consumidor. O “corpus” constitur-se-a de vinte propagandas coletadas aleatoriamente em revistas informativas. Foi constatados que nos textos em questão a formação discursiva é por excelência persuasiva, já que se fixa num jogo parafrástico , onde o conjunto de efeitos retóricos envolve o interlocutor, criando efeitos que sejam capazes de atrair sua atenção.

P-31: RIACHO DOS NEGROS: AS BATALHAS COTIDIANAS EM TRAMAS HISTÓRICAS E TEIAS DE MEMÓRIA

Autora/Expositora:

Joelma Tito da Silva

Bolsista Propesq

Orientador: Prof. Joel Carlos de Souza Andrade

Este trabalho de pesquisa problematiza o cotidiano da comunidade dos Negros do Riacho, grupo remanescente da experiência negra escrava formado há mais de um século na zona rural da cidade de Currais Novos/RN. No trabalho efetivo com as fontes, colhidas durante a pesquisa de campo participante, bem como na análise das inspirações teóricas traçamos o perfil da comunidade a partir das suas artes de fazer diárias que incidem sobre formas astuciosas e táticas de sobrevivência. Mergulhados em espaços de marginalidade e de escassez material, os negros do Riacho constituem homens comuns, ordinários, estigmatizados, transformados em museu da escravidão e da miséria, são sujeitos que criam formas de prosseguir, de caminhar, de morar, de casar, de crer, de festejar etc. Teórico/metodologicamente esta pesquisa inspira-se nas discussões acerca do cotidiano problematizadas por Michel de Certeau. A partir de Clifford Geertz desenvolvemos uma descrição densa do grupo, percebendo aquele espaço enquanto lugar investido de historicidade, de símbolos, de subjetividades. Problematiza-se assim a cultura enquanto texto marcado por articulações humanas, o Riacho enquanto um espaço inscrito por gestos, fazeres e dizeres cotidianos, historicamente tramados, mnemonicamente tecidos.

P-32: Ritmos, tons, gostos e sons do Patrimônio Imaterial em Carnaúba dos Dantas

Autor/Expositor:

Helder Alexandre Medeiros de Macedo

E-mail: heldermacedo@katatudo.com.br

Programa de Pós-Graduação em História - CCHLA - UFRN

Grupo de Estudos em Patrimônio e Arqueologia do Seridó - GEPS

Apresenta os resultados parciais do Projeto Carnaúba dos Dantas: Inventário do Patrimônio Imaterial de uma Cidade do Sertão do Rio Grande do Norte - PRONAC 043906, vinculado ao Ministério da Cultura e financiado pela PETROBRAS. Esse projeto objetiva desenvolver um levantamento acerca do patrimônio imaterial do município de Carnaúba dos Dantas, localizado na microrregião do Seridó, Sertão do Rio Grande do Norte, que resultará na montagem e publicação de um inventário, além de sua divulgação nos estabelecimentos de ensino estaduais e municipais de educação. Decorrentes desta finalidade principal realizamos pesquisa sobre o folclore (rituais e festas, religiosidade e saber popular), manifestações culturais (literatura, música, artes plásticas, artes cênicas), práticas culturais coletivas e seus espaços (mercados, feiras, santuários e praças); o preenchimento de fichas de registro baseadas na metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) do IPHAN e composição do respectivo inventário com as principais manifestações da cultura imaterial local; e brevemente realizaremos a publicação dos resultados da pesquisa e sua difusão nas instituições de ensino locais através de workshops destinados aos docentes e mini-cursos e oficinas destinados aos discentes. As ações que propomos encontram validade na medida em que contribuirão para o conhecimento, a preservação e a difusão dos saberes e dos fazeres de Carnaúba dos Dantas, que se constituem enquanto patrimônio imaterial do Rio Grande do Norte e, porque não dizer, do país. Trata-se de discussão recente na legislação brasileira (o Decreto 3551 que institucionaliza o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial data de 2001), porém, que evidencia o quanto é perigoso esquecermos de, pelo menos, registrar e difundir uma forma de patrimônio cultural que está viva no imaginário e na própria dinâmica da sociedade brasileira, a da imaterialidade, composta dos saberes e dos fazeres, das formas de expressão, dos lugares de sociabilidade e das festas e celebrações.

P-33: UM SITE PARA A PLANETARIZAÇÃO

Autor/Expositor:

Néri Andréia Olabarriaga Carvalho

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

E_mail: nériolabarriaga@yahoo.com.br

Orientadora: Maria das Graças Pinto Colelho

A idéia do trabalho surgiu a partir do Documento Jacques Dellors, que evidencia a utilização de metodologias inovadoras no sistema acadêmico em face influência das Novas Tecnologias na Educação. É um instrumento digital com arquitetura em rede, que visa não só as possibilidades técnicas de fusão entre capacidade de armazenagem de informação com modos de acesso e escala de abrangência, mas sim, a necessidade que vem sendo sentida da utilização do mesmo, não em seu simples contexto de utilização pedagógica ou de legitimação do consumo, mas pelas possibilidades de reflexão que fornecem quando bem empregadas, sobre as informações disponibilizadas em um ambiente cultural e educativo suscetível de diversificar as fontes de conhecimento e do saber (Delors, 2003) e contribuir no processo educativo numa perspectiva inclusiva à formação do indivíduo. Esta ferramenta consiste no desenvolvimento e implantação de uma ferramenta digital (site) sobre conteúdos de caráter Ambiental, que será elaborado e alimentado a partir das produções acadêmico-científicas disponíveis, onde projetos, pesquisas, experiências desenvolvidas e em andamento, bem como outras informações pertinentes ao tema serão evidenciadas. Como aporte teórico-metodológico, utilizamos a revisão bibliográfica, análise de conteúdo documental, pesquisa de campo e entrevistas semi-estruturadas. O objetivo é de possibilitar a democratização de informações de qualidade, como um serviço institucional de fonte para a comunidade Universitária, que tenha por propósito desenvolver pesquisas; assim como apoiar o pesquisador e fomentar as atividades relacionadas ao compartilhamento da informação científica através da Internet. Com este instrumento, buscamos também cooperar no exercício e formação da cidadania e na preservação do Meio Ambiente, não só do Estado, mas propor troca de idéias e experiências de trabalhos e atitudes no âmbito Internacional, desempenhando um papel articulador em relação aos demais programas, Órgãos, Entidades e segmentos que atuam nesta área.

P-34: Visões imaginárias de Caicó/RN: aproximações entre lembranças e esquecimentos.

Autoras/Expositoras

Evaneide Maria de Mélo (Graduanda em Geografia, no Centro de Ensino Superior do Seridó, Campus de Caicó/RN, bolsista de Iniciação Científica PPPg/, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte )- evamelo81@yahoo.com.br

Doutora Eugênia Maria Dantas (Professora do Departamento do História e Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, do Centro de Ensino Superior do Seridó, Campus de Caicó/RN)

A Geografia Cultural trata a paisagem como um “texto”, onde se pode efetuar múltiplas leituras dos processos naturais, sociais e culturais. Nesta perspectiva, objetivamos ler as paisagens urbanas da cidade de Caicó/RN, durante o período que se estabelece de 20 a 50, do século XX, tendo como suporte de leitura as fotografias em preto e branco, de José Ezelino da Costa e nos jornais que circularam na cidade na mesma temporalidade. A compreensão da paisagem requer a aproximação das fontes, das imagens, das visões de mundo, dos discursos, que compõem uma infinidade de cartografias da ação humana em um dado espaço-temporal. Neste sentido, nos lançamos a busca de pistas nos primeiros jornais que circularam na cidade de Caicó/RN, às fontes jornalísticas, ao acervo fotográfico de José Ezelino da Costa e a leitura de autores como Michel Foucault, Boris Kossoy e Edgar Morin. A partir dos primeiros contatos com as fontes iconográficas promovidas pelo projeto de pesquisa “Fotografia e Complexidade: itinerários norte-rio-grandenses”, aparece às informações iniciais referentes à paisagem citadina, sendo possível compreendermos que a cidade de Caicó/RN, no período que se estende de 1920 a 1950, possuía uma fisionomia que beirava o silêncio, a calmaria e o recato no espaço urbano. Consideramos também a Avenida Seridó era o palco de moradia da “melhores” famílias da cidade, bem como, o lugar da troca comercial. Confiamos que a leitura da paisagem é possível pela aproximação, pela ligação, pela trama, pela ampliação, pela redução, pelo diálogo entre as fontes documentais, numa escala que se projeta de maneira interconectada se estabelecendo dentro e para além do foco visual.

P-35: A Importância da Atuação do serviço Social junto aos Grupos de Apoio do CECAN - Centro Avançado de Oncologia.

Autoras:

Anna Paula Alcântara da Silva

Vivianne Wênia Ferreira Damasceno

vivianwfd@hotmail.com

FACEX – Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do RN

Serviço Social

Este Trabalho demonstra uma ampla reflexão e conhecimento do atendimento oncológico da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, com ênfase na Unidade II, O Centro Avançado de Oncologia (CECAN). Neste discurso mostram-se os Grupos de Apoio que existem na referesrida instituição, como também a importância dos mesmos para os pacientes, sendo estes Grupos um complemento para o tratamento, uma forma de se obter maiores conhecimentos sobre a enfermidade, formas de enfrentamento, direitos que lhe são assistidos, entre outros. A coleta de dados foi realizada na referida instituição, a partir de três encontros com entrevistas semi-estruturadas aos próprios pacientes que se encontravam na sala de espera da Radioterapia. A partir dos resultados, obtemos que 50% dos pacientes que fazem tratamento no CECAN não têm conhecimento algum sobre os Grupos de Apoio e de Acolhimento que compõe essa unidade, 20% disseram que já ouviram falar, mas não freqüentavam por falta de interesse, 25% julgavam importante e tinham comparecido a pelo menos 1 (uma) reunião e 5% não freqüentavam por dificuldade de deslocamento. Destaca-se ainda a atuação do profissional de Serviço Social nesta área, sendo este capacitado a trabalhar nas relações humanas, contribuindo com a inserção social do paciente com câncer, garantindo sua cidadania através de informações sobre os direitos cabíveis a essas pessoas.

P-36: A Complexidade humana nos espaços das bandas de música do Seridó norteriograndense

Ronaldo Ferreira de Lima

Professor da Escola de Música (UFRN)

Mestrando do Programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Pesquisador do Grupo de estudos da Complexidade-GRECOM/UFRN.

ronaldo@musica.ufrn.br

O painel é fruto de pesquisa de mestrado ainda em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, sob a orientação da Profa. Dra. Maria da Conceição de Almeida. Apresenta em imagens e títulos a inserção de crianças e jovens em duas bandas de música localizadas no Seridó norteriograndense: a banda Hermann Gmainer do Projeto Aldeias SOS de Caicó e a Filarmônica 24 de outubro de Cruzeta. A história da formação do músico instrumentista do sertão norteriograndense está relacionada com a própria história das bandas de música. Elas têm se constituído ao longo dos tempos em espaço de preservação cultural e de integração do indivíduo ao seu espaço social, de modo que, esse espaço, está construído com base na sensibilidade potencial, emergida e compartilhada no campo de uma experimentação coletiva. A idéia central e conceitual que une o trabalho dessas duas comunidades é a aposta na formação do indivíduo não apenas como músico-instrumentista, mas como homem complexo, polifônico, engajado em sociedade.

P-37: ARTE DO ARTESANATO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES E FAZERES DO EDUCADOR E EDUCANDO.

Autores:

Eline Lúcio da Silva

Tadeuza T. B. Saraiva

Programa geração cidadã – reduzindo o analfabetismo

Programa Brasil alfabetizado

O presente trabalho objetivou possibilitar a construção do conhecimento a partir do processo de produção artesanal a fim de socializar e contribuir para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos alfabetizadores e alfabetizandos. Através de ateliês procuramos viabilizar a interação com materiais e procedimentos específicos em artes plásticas. A formação da autoconfiança, o reconhecimento, reelaboração e transformação no sentido de ampliar as competências do alfabetizador e alfabetizando. Metodologia: Exposição oral, acerca da relevância do artesanato na educação de jovens e adultos; observação e análise das formas do materiais; utilização dos elementos da linguagem artística, tais como: linha, forma, volume, cor e tamanho, entre outros elementos; pesquisa e utilização de materiais a partir de releituras e aplicabilidade das técnicas orientadas pelos ministrandos; socialização; interação. Perante as diversa situações de aprendizagem abordando a arte na educação, ressaltamos que o resultado do trabalho possibilitou a construção dos saberes em que os partícipes puderam resignificar algumas concepções limitadas acerca da arte bem como a superação de inibições, o reconhecimento de sua potencialidade e aplicando suas competências mediante as interações, tornando-se, assim, sujeitos conscientes e protagonistas de sua cultura.

P-38: Manifestações discursivas da estrutura argumental

Autoras/Expositoras:

Luciana Araújo de Medeiros

Bolsista de Iniciação Científica – CNPq/PIBIC

Departamento de Letras/CCHLA/UFRN

Nedja Lima de Lucena

Bolsista de Iniciação Científica – CNPq/PIBIC

Orientadora: Profa Dra Maria Angélica Furtado da Cunha

Este trabalho, orientado pelo quadro teórico da Lingüística Funcional, visa estabelecer relações entre a transitividade verbal descrita pela gramática tradicional e a proposta desenvolvida por funcionalistas. Para isto, foram analisados dados do Português do Brasil registrados no Corpus Discurso & Gramática: A língua falada e escrita na cidade do Natal (Furtado da Cunha, 1998), produzidos por estudantes da 8a série do ensino fundamental II e por estudantes do 3º grau. Foram coletadas 6595 orações, entre dados de fala e de escrita, em diversos tipos textuais, tais como: narrativa de experiência pessoal, narrativa recontada, descrição de local, relato de procedimento e relato de opinião. Através da codificação de 12 tipos de estrutura argumental, observamos que a classificação de um verbo muda de acordo com a oração em que ele se encontra. Para a gramática tradicional, a transitividade é uma propriedade inerente ao verbo, isto é, aquele que é classificado como transitivo direto não assumirá o papel de transitivo indireto ou intransitivo, e vice–versa. Todavia, os dados reais mostram que a distinção entre os tipos verbais classificados não é categórica. A codificação preliminar dos dados mostrou que há uma maior ocorrência de verbos transitivos diretos (principalmente com objeto direto explícito), tanto na expressão oral como na escrita dos informantes. Os verbos que apresentam menor ocorrência são os verbos transitivos indiretos (especialmente os que não apresentam objeto explícito). Outra observação importante é que os verbos de movimento com objeto direto se apresentam em número maior do que os que apresentam sintagma preposicionado, contrariamente à expectativa inicial.

P-39: Painel R.E.C (Rádio Experimental de Comunicação)

Autora/Expositora:

Cleidiane Vila Nova Santos

Aluna do curso de Rádio e TV da UFRN

E-mail: cleidivilanova@yahoo.com.br

A R.E.C é uma das atividades do Projeto “Toque de Rádio”, vinculado a Base de Pesquisa “Comunicação, Cultura e Mídia” do Curso de Comunicação Social, orientada pelo professor Adriano Lopes Gomes. Esse Projeto de Extensão tem por objetivo fomentar e divulgar o veículo de comunicação Rádio, possibilitando atividades práticas e de pesquisa. A R.E.C, já na sua terceira edição, tem por objetivo também, dinamizar as atividades acadêmicas em cujo contexto os alunos tenham a oportunidade de ampliar a criação de produtos que possam ser veiculados no rádio, tais como jingles, textos, programação jornalística e musical, reportagens, produção de pauta e etc.

P-40: A ARTE RUPESTRE COMO EXPRESSÃO COMUNICATIVA DA CULTURA NA COMUNIDADE DE CARNAÚBA DOS DANTAS/RN

Autora/Expositora:

Gerlúzia de Oliveira Azevedo Alves

Pesquisadora do GRECOM/UFRN; Especialista no Ens. de Arte; Mestranda em Ciências Sociais/UFRN.

As populações humanas que constituíram suas singularidades culturais antes do período da escrita alfabética fizeram das imagens seu código de comunicação predominante. Num artifício de duplicar os utensílios, os animais e o próprio indivíduo, essas populações acabaram por nos legar uma forma de comunicação cujos contextos e detalhes foram e continuam sendo um enigma necessitando de apreensão. Sabemos que os sítios arqueológicos, encontrados no Rio Grande do Norte, trazem sinais cada vez mais remotos, comprovando a passagem do homem pelo território do nosso Estado, a exemplo da região do Seridó, onde encontramos vestígios entre 6 a 12 mil anos. Esses vestígios, narram a evolução de uma cultura. Um campo particularmente promissor para estudarmos as estruturas semiológicas, porque elas refletem evidentemente, o presente dos seus autores e os grafismos de uma expressão voluntária e consciente de comunicação das populações primeiras. Nessa perspectiva, o homem relaciona-se com objetos e fenômenos que fazem parte do seu entorno e, para compreender e apreender o mundo real ou imaginário, utiliza-se de recursos como a linguagem, o gesto e a representação gráfica dessa linguagem e desse gesto. Partindo destes argumentos, buscamos a construção, a partir da leitura das imagens, de campos de compreensão do cotidiano e da história de grupos culturais que nos antecederam. Como num jogo de quebra-cabeça, a diversidade das imagens rupestres compõe um mosaico que perfaz uma totalidade aberta, mas possível de ser retotalizada pelos conjuntos iconográficos. Ao tomar o bricoleur – que constrói o seu projeto a partir de materiais que encontram a sua disposição – como parâmetro, a pesquisa parte das imagens deixadas nas rochas, para articular indícios do que pode ter sido a configuração da cultura e a cosmovisão dos habitantes, temporários, da área conhecida hoje como Complexo xique-xique que se localiza próximo a cidade de Carnaúba dos Dantas/RN. O discernimento de aspectos da arte rupestre, entendendo-a como forma de comunicação que expressa o cotidiano de nossos antepassados, costumes, crenças e valores simbólicos da cultura, é uma forma de elucidar e interpretar, também, nossa própria história.

P-41: A MORTE E O MORRER NO SERIDÓ SÉCULOS XVIII E XIX

Autora/Expositora:

Alcineia Rodrigues dos Santos

neiasantos@bol.com.br

Mestranda em Ciências Sociais – UFRN/CCHLA

Orientador: Prof. Dr. Alípio de Souza Filho

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes/UFRN.

As pesquisas sobre a morte, desde muito tempo, vêm conquistando grande proporção na historiografia européia, especialmente pela França, berço dos estudos sobre as representações humanas em torno do finitude da vida. Com o advento da terceira geração dos Annales, autores como Michel Vovelle, Pierre Chaunu e Philippe Áries tornaram-se propulsores dessa revolução historiográfica, permitindo que temáticas pouco problematizadas adquirisse um espaço significativo, é o caso da morte e das representações em torno do ato de bem morrer, estudos que ganharam maior visibilidade a partir de 1975 com a publicação da obra Essais sur L’historie de la mort en Ocident do historiador Philippe Áries. Em se tratando de Brasil, o contato com o livro A morte é uma festa de João José Reis foi fundamental para discutirmos a questão da preocupação com a boa morte, rituais analisados pelo autor partindo do exemplo da Bahia, com o exemplo da destruição do Cemiterada Campo Santo construído para abrigar os mortos . Seguindo esse exemplo, nossa pesquisa busca compreender as atitudes perante a morte no Seridó dos Séculos XVIII e XIX a partir dos registros de óbitos e testamentos da Freguesia de Sant’Ana, focalizando o lugar da morte neste espaço, bem como, as preocupações e os ajustes de contas deste para com o outro mundo.

P-42: Painel Toque de Rádio

Autora/Expositora:

Rita de Cássia Machado Amaral

Aluna do curso de Rádio e TV da UFRN

E-mail: ritaradialismo@yahoo.com.br

Toque de Rádio é um projeto vinculado à base de pesquisa Comunicação, Cultura e Mídia e se apresenta como uma proposta de atividade acadêmica do curso de Comunicação Social - habilitações em Jornalismo e Radialismo da UFRN - , cuja intenção é de dinamizar uma das áreas reconhecidamente pouco explorada no tocante à pesquisa de natureza experimental: o rádio. Resulta, pois, da necessidade de se promover o Rádio como um veículo relevante ao exercício dos futuros profissionais da área. Este projeto tem por objetivo implantar um grupo de estudos e práticas experimentais em Rádio; criar uma rádio de caráter experimental (R.E.C) em que os participantes do grupo possam exercitar técnicas pertinentes à locução e linguagem do Radialismo e dinamizar as atividades acadêmicas em cujo contexto os alunos tenham a oportunidade de ampliar a criação de produtos que possam ser veiculados no Rádio, tais como Jingles, textos, programação jornalística e musical, reportagens, produção de pautas, etc.

P-43: Ciência-Espiritualidade: conversas com pacientes terminais.

Expositora/Autora:

Maria Tereza Penha de Araújo Silva

Auna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Orientador: Prof. Dr. Orivaldo Pimentel Lopes Júnior

Departamento de Ciências Sociais

E-mail: tecapenha@bol.com.br

Analisa-se de que maneira o diálogo entre a ciência e a espiritualidade pode contribuir no tratamento de pacientes terminais, tendo como sujeitos pacientes em estado terminal, internados, do Hospital Professor Luiz Soares, na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, utilizando-se o depoimento como material empírico. Partindo-se de reflexões acerca do discurso desses sujeitos, busca-se compreender, através de seus depoimentos, como o espírito humano age diante da proximidade da morte; ou seja, compreender os seus momentos de conflito. Como fundamentação teórica, para reflexão e discussão dos casos, pretende-se utilizar a teoria da complexidade, além de conceitos sobre espiritualidade, relacionando-os às questões de vida e morte dos pacientes terminais em âmbito hospitalar e a condução da ciência no sentido explicativo dessa problemática. A metodologia adotará a análise qualitativa e a coleta de dados será realizada por meio de entrevistas semi-abertas.

P-44: De Ponta Negra a Black Point

Autoras/Expositoras:

Eduarda Cristina de Lima Andrade (bolsista PIBIC),

Suzana Cardoso Silva (bolsista PPG/UFRN).

Base de pesquisa NAVIS (Núcleo de Antropologia Visual).

Orientação: Profa Lisabete Coradini

Filiação Institucional: Curso de Ciências Sociais – habilitação em antropologia.

A partir da fotografia e relatos de jovens e antigos moradores da Vila de Ponta Negra, objetivamos analisar criticamente as transformações do espaço público, como também as práticas sociais e culturais em constante reconfiguração. Focalizamos a rua principal da Vila, também a rua Erivan França (rua da praia) e a chamada rua do Salsa. Utilizamos a comparação de fotos de épocas diferentes, imagens do passado e do presente para identificar as mudanças no espaço e a afetação do caráter turístico e presença do estrangeiro no bairro. Observamos transformações da paisagem - em urbana - e depois - da paisagem urbana de Ponta Negra - cujas mudanças ocorrem em ritmo cada vez mais veloz. Este trabalho é parte de um projeto maior que privilegia o uso da imagem na pesquisa social, com pretensão de discutir as teorias e metodologias da relação entre imagem, cidade e memória.

P-45: DOMINGO NA PRAÇA: UM CONTEXTO PARA A MANIFESTAÇÃO LÚDICA

Autores/expositores:

Gabriela Dalila Bezerra Raulino

Graduanda de Jornalismo, Departamento de Comunicação Social

e-mail: gabrielaraulino@yahoo.com.br

Vítor Nishimura Guerra

Este trabalho é resultado de uma pesquisa desenvolvida no Projeto Cultural Domingo na Praça, Natal-RN. É um evento que acontece em lugar seguro, aconchegante e arborizado oferecendo, mensalmente, apresentações gratuitas - musicais, teatrais, folclórica, exposições artesanais – para pessoas de todas as idades, classes sociais, culturas e gostos. Nesse contexto, objetivou-se identificar a manifestação do fenômeno lúdico nas diferentes pessoas que vivenciam o projeto. Para isso, se trabalhou elementos como a identificação do perfil dos freqüentadores; os motivos que os levam ao evento; e a caracterização desse projeto cultural, evidenciando as diversas formas de manifestação do lúdico proporcionada por este projeto. A coleta de dados foi feita por meio de observação direta, acesso a registros documentais concedidos pelos organizadores do projeto (panfletos, premiações, publicações na imprensa), aplicação de questionários e entrevistas semi-estruturadas. A partir da análise dos resultados, constata-se que a manifestação do lúdico se deu de formas distintas, tanto nos diferentes freqüentadores – de acordo com idade, sexo e até estado civil –, quanto nos diferentes momentos onde ele pode ser vivenciado - na sensação de acolhimento do ambiente, nas apresentações artístico-culturais, na degustação das comidas e na vivência do interesse social. Mesmo com toda variação, a manifestação da essência lúdica traduziu-se em duas vertentes principais: como sentimento dionisíaco alcançado pela fuga da rotina, ou em uma dimensão mais “complexa”, proporcionando um maior conhecimento do homem a partir da sua interação lúdica com o meio. Sendo assim, após a constatação de tais evidências, aponta-se para a necessidade de criação de espaços com tais características, que proporcionam a emancipação e o autoconhecimento de todos os atores sociais participantes do projeto supracitado.

P-46: PROJETO VIV’ARTE

Expositora/Autora:

Edízia Lessa

Aluno Especial do Departamento de Artes

Departamento de Artes

E-mail: edizia@terra.com.br

O Projeto Viv’Arte realiza um trabalho voltado para a Arte junto a pacientes e acompanhantes da Casa Durval Paiva de Apoio à Criança com Câncer, abrangendo técnicas de expressão corporal e plásticas visando contribuir não somente para o desenvolvimento de habilidades e aptidões, mas principalmente propiciando uma prática inegavelmente terapeutizante. Reconhecendo que a utilização de atividades artísticas beneficia o estado físico e emocional do paciente oncológico que sob tensão e estresses causados pela problemática do câncer necessitam renovar aspectos da sua vida, reorganizando-se internamente para lidar construtivamente com as dificuldades advindas da doença e seu tratamento, o projeto visa possibilitar ao paciente onco-hematológico e seu familiar: o minimizar do estresse, auxiliando-os no processo de integração de si mesmo e no equilíbrio emocional, proporcionando uma prática terapeutizante; auxiliar no desenvolvimento do potencial criativo e pessoal; e o contato com ansiedades, medos e conflitos internos. Através de oficinas, o Viv’Arte caminha por duas vertentes: Jogos Teatrais e Ateliê de Artes. Na Oficina de Jogos Teatrais focamos o momento da entrega ao jogo e não a encenação propriamente dita, buscando desenvolver a auto-expressão, a espontaneidade e a integração. Já o Ateliê de Artes, através de técnicas de pintura, desenho, modelagem, e afins, buscamos o contato, as descobertas de um fazer artístico que propicie o nosso objetivo maior que é o amenizar de tensões. Idealizado pela Arte Educadora Edízia Lessa, aluna especial do Departamento de Artes da UFRN, o Projeto Viv’Arte realiza suas atividades desde outubro de 2004 na Casa Durval Paiva de Apoio a Criança com Câncer, neste conjuntamente com a psicóloga Jacqueline Gomes, ambas funcionárias desta; no ambulatório da Liga Norte Rio Grandense Contra o Câncer; e na pediatria do Hospital Luiz Antônio desta capital.

P-47: A PEDAGOGIA COMO FERRAMENTA EM UM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E HUMANO

Autor/Expositor:

Kenilson Cabral de França – Pedagogia/UVA

Maria Isabelle Costa Pereira – Serviço Social/FACEX

Profa. Dra. Marineide Furtado Campos – Orientadora - AWUniversity

O presente trabalho vem abordar a pedagogia e o multiculturalismo no mundo, com o objetivo de repensar o mesmo tendo em vista os conflitos na atualidade por imposições de valores e significados como ameaça às populações menos favorecidas, pois vemos a todo instante os conflitos entre os povos, devido à falta de respeito uns com a cultura dos outros, assim como em nossa sociedade onde as pessoas não respeitam as diferentes étnicas, de religião, política e cultural, é partindo desse pressuposto que a cultura ganha forma de comportamento incluindo-se nas manifestações dos hábitos sociais de um povo.

P-48: ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA GARANTIA DOS DIREITOS PARA AS MULHERES MASTECTOMIZADAS

Autora/Expositora:

Patrícia Cristiane Soares Guimarães

Célia Maria Câmara

Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer – LNRCC

Centro Avançado de Oncologia – CECAN.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Este trabalho é um projeto de intervenção a ser desenvolvido no Centro Avançado de Oncologia – CECAN, unidade II da Liga Norte Rio-Grandense Contra o Câncer – LNRCC, realizado como exigência curricular do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, na disciplina Seminário de Estágio I e Inserção em Processos de Trabalho I. O projeto tem como objetivo levar informações sobre a hospitalização e os direitos sociais das mulheres com câncer de mama que vão passar por mastectomia como também, promover ações que possibilitem a estas usuárias uma melhor qualidade de vida. Para tanto, fazeremos um levantamento bibliográfico sobre a temática, entrevista para delimitar as necessidades sociais das pacientes mastectomizadas e a elaboração e distribuição de um folder informativo.

P-49: INÊS DE CASTRO, UM SÍMBOLO DE GRAÇA E DE AMOR

Autora/Expositora:

Dra Marineide Furtado Campos

PhDAmerican World University

Busca-se neste trabalho fazer uma exposição sobre o que representa Inês de Castro para a história de Portugal, uma vez que esse ano de 2005 comemora-se os 650 anos de sua morte. Ela, por ter sido amante de D. Pedro I de Portugal, foi assassinada em 1355, tornou-se um dos maiores mitos daquele país e lembrada por Camões no Canto III de “Os Lusíadas”, como a “...mísera e mesquinha, que depois de morta foi rainha...”.

P-50: SEGREGAÇÃO SOCIAL NA TERRA DO SAL: UM ESTUDO SOBRE AS CONDIÇÕES HABITACIONAIS DOS EX-SALINEIROS DA CIDADE DE MACAU/RN.

Autor/Expositor:

João Batista Carmo Júnior.

E-mail: arqcarmo@ig.com.br

Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Historicamente a atividade salineira representou o principal fator gerador de emprego e renda para a população residente na cidade de Macau/RN. Inicialmente realizada nos moldes artesanais, esse modo de produção perdurou até a primeira metade século XX. Até que no final da década 60, deu-se a mecanização das salinas no Rio Grande do Norte, colocando assim, em xeque as formas tradicionais de produção, extração, empilhamento e tranporte do sal. Como resultado deste processo, verificou-se a monopolização e desnacionalização das empresas de sal, assim como um grande impacto sócio-econômico sem precedente na cidade, observado a partir do desemprego em massa dos salineiros – maõ-de-obra desqualificada, substituída pela máquina e pelo técnico especializado. Sem alternativa grande parte dessa mão-de-obra desempregada migrou para outras cidades, estados e regiões do país. Já aqueles que permaneceram, procuraram se dedicar a outras atividades como a construção civil, e principalmente, a pescaria. Pela condição humilde e desfavorecida resultado dos baixos salários a que eram submetidos, os salineiros ocuparam, em péssimas condições de habitabilidade, os bairros periféricos da cidade de Macau. Este trabalho teve como objetivo analisar as condições habitacionais dos ex-salineiros da cidade de Macau/RN, procurando compreender e relacionar tais condições com a formação e consolidação da industria salineira local e o seu rebatimento na configuração do espaço urbano. Para tanto, realizou-se um mapeamento e levantamento físico e fotográfico, além da aplicação de questionários sócio-econômico em 50 (Cinqüenta) habitações de ex-salineiros residentes em Macau.

P-51: EXTREMOZ: UM OLHAR HISTORIOGRÁFICO

Autoras/Expositoras:

Eliane Moreira Dias

Aluna de especialização em Arquivo Memória e História

Departamento de História

elainern@uol.com.br

Rosa de Lima Câmara Guaignier

Aluna de graduação em Antropologia/Departamento de Antropologia

O presente trabalho analisa a historiografia norte–rio-grandense, produzida no século XX, observando quais as informações existentes sobre o município de Extremoz, quais os autores que tratam de sua história, se eles citam as fontes que utilizaram e em que época cada um produziu sua obra. Utilizamos para isso bibliografias que tratam da história dos municípios do Rio Grande do Norte, que trabalham temáticas da história do estado, que são específicas sobre o município de Ceará-Mirim, e ainda as que tentam fazer uma síntese da história norte-rio-grandense. Tivemos acesso a essas bibliografias no Instituto Histórico e Geográfico. Percebemos que em cada uma, são abordados diferentes aspectos da história de Extremoz, mas há predominância de alguns temas, como por exemplo, da igreja construída pelos jesuítas, hoje em ruínas; das lendas sobre a lagoa e de como era o município no período colonial, uma vez que Extremoz foi a primeira vila da Capitania do Rio Grande. Dessa forma, observamos que a produção historiográfica que inclui Extremoz é repetitiva, temos a impressão de que poucos autores consultaram as fontes. Os autores que abordam a história de Extremoz nem sempre são pesquisadores atuantes. Outros produziram suas obras em um período que ainda não era prática comum entre os historiadores informarem as fontes de onde retiraram os dados, por isso acreditamos, ser esse um dos motivos de não haver referência em algumas bibliografias. Sendo assim, analisar alguns pontos dessa produção historiográfica, nos fez perceber ainda mais, o quanto à história é subjetiva, como os pesquisadores são filhos de seu tempo, mas isso não invalida o valor da história, e sim a torna mais instigante para investigarmos sua produção.

P-52: NOS LIMITES DA EXISTÊNCIA: REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DE SER PSICÓLOGO EM ONCOLOGIA PEDIÁTRICA.

Autora/Expositora:

Sílvia Raquel Santos de Morais Perez

Professora do Depto.de Psicologia UFRN

Email: silviamorays@yahoo.com.br

Orientadora: Elza Dutra - Programa de Pós-graduação em Psicologia/UFRN

Email: Dutra.e@digi.com.br

O câncer continua a ser uma doença temida pela humanidade; não raro, é considerado como sinônimo de morte, sofrimento e estigma. Ocorrendo na infância, esse significado parece adquirir uma conotação ainda mais intensa, tendo em vista o sentimento de piedade e perplexidade diante da precocidade do evento. A co-existência psicólogo-criança com câncer adquire, portanto, um sentido permeado por incógnitas, medos e fantasias. Diante disso, nosso objetivo foi compreender esta experiência de co-existência a partir da Abordagem Fenomenológico-Existencial, do método Fenomenológico e da narrativa. Foram realizadas nove entrevistas com psicólogos atuantes nos serviços de oncologia pediátrica de Natal-RN. Observamos que a experiência e o cuidado são norteadores do saber-fazer clínico, sendo atravessados pelas implicações de dez temáticas-chaves: história de inserção na OP e suas implicações; percepções sobre a criança com câncer; problematizações sobre a morte e a angústia em OP; expressão de sentimentos paradoxais; sentido do trabalho psicológico em OP; maternidade e suas implicações na OP; recursos necessários ao cuidado de si e do outro; fé e religiosidade como recursos de enfrentamento do câncer infantil; necessidade de uma equipe de trabalho integrada e percepções sobre a formação do psicólogo. Cuidar dessas crianças adquire o sentido de lição de vida, uma vez que o câncer desfaz a ilusão de imortalidade, lançando o psicólogo à sua condição de ser-para-a-morte. Não se trata apenas de vivenciar a angústia e a iminência de morte, mas, sobretudo, de ressignificá-las em prol de um aprendizado contínuo e de atendimentos de qualidade. Os resultados sugerem aprofundamento das temáticas a fim de que novas possibilidades de sentido possam emergir, dando margem a reflexões sobre o saber-fazer clínico e a formação profissional em Psicologia.

P-53: O RESGATE DA ARARUNA: UMA EXPERIÊNCIA DE VALORIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO RN

Autoras/Expositoras:

Alda Martiniano Lima

Departamento de Educação

E-mail: aldinha7@yahoo.com.br

Ana Paula Martiniano Lima – UFRN

Carla Regina de Oliveira - UFRN

A importância de resgatar nossa arte, história e cultura está em valorizar e preservar este patrimônio para que através do conhecimento do passado possamos oferecer às gerações presentes e futuras um elo de ligação com a herança folclórica deixada por nossos antepassados. Objetivando propiciar às crianças assistidas pelo PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Núcleo de Pirangi de Dentro – Parnamirim-RN, o conhecimento, a valorização e a preservação do folclore, foi desenvolvido um projeto que visou pesquisar, resgatar expandir e expressar a riqueza do patrimônio histórico e cultural do RN. Aplicando uma metodologia participativa, o estudo começou na roda de conversa, momento de livre expressão onde cada um pôde relatar sua experiência e conhecimento sobre a arte e cultura do Estado. Constatamos que eles pouco conheciam sobre o assunto e, a partir de então, passamos à pesquisa e resgate da nossa história. Este estudo permitiu-nos o contato com as danças típicas do RN, despertando em nós o desejo de criar um grupo onde pudessem manter vivas as tradições através da dança, em especial a araruna. Como resultados observamos uma mudança de comportamento significativa no sentido de apreciação e valorização às manifestações culturais, bem como contribui para elevar a auto-estima dessas crianças. Concordamos em dizer que a valorização e a preservação de um patrimônio acontece pelo conhecer.

P-54: ANÁLISE DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO CONCEITUAL DE TERRITÓRIO COM OS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL.

Autores/Expositores:

Francisco Vitorino de Andrade Júnior

vitorino_andrade@yahoo.com.br

Francisco Cláudio Soares Júnior.

Apoio: CAPES

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Programa de Pós-Graduação em Educação

Este trabalho objetivou apreender o grau de conceitualização dos professores acerca do conceito de território e intervir com situações de reflexões críticas para acompanhar e analisar o processo de elaboração do conceito de território dos professores das 3ª e 4ª séries do ensino fundamental. Para tanto, propusemos uma intervenção com os professores no intuito de possibilitar a ressignificação dos seus conhecimentos e construção do referido conceito na área da Geografia. A pesquisa foi realizada em uma escola pública municipal de Ceará Mirim/RN, com a colaboração de seis (6) professores, os quais lecionavam nas 3ª e 4ª séries do ensino fundamental. Os aportes teórico-metodológicos que norteia este trabalho de pesquisa são os estudos de Vigotski sobre o processo de formação e desenvolvimento de conceitos, a metodologia qualitativa do tipo colaborativa e a concepção crítica da Geografia. As análises dos “extrait” dos conhecimentos prévios dos professores evidenciaram que se encontravam em grau de conceitualização dos pseudoconceitos atrelados a dimensões do campo perceptível e norteados pelas concepções tradicional, humanística e cultural da Geografia (positivismo e fenomenologia) restringindo o significado de território ao Estado-Nação ou ao lugar de moradia dos homens. Isso explicitou a necessidade de desencadear um processo de intervenção através de situações sociais e deliberadas de aprendizagem que se constituiu através das sessões reflexivas realizadas com os professores-colaborado. Diante da nossa intervenção no processo de elaboração conceptual, que se efetivou através das sessões reflexivas, ficou evidente a cada momento que os significados de território dos professores adquiriram graus mais elevados de generalidades. Assim, eles passaram a elaborar abstrações por meio de análises e sínteses que permitiram identificar aspectos (conceitos-atributo – relações sociais, relações de poder e delimitação física) essenciais a apreensão do conceito em foco.

P-55: MATEMÁTICA APLICADA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Autora/Expositora:

Sayonara Medeiros Borges

sayofisica@zipmail.com.br

Aluna do Curso de Aperfeiçoamento em Ensino de Ciências Naturais e Matemática

Utilizando como notação figuras geométricas em alto relevo, firmadas com cola sobre folha de papel ofício, trabalhamos as operações de somar e subtrair em expressões algébricas no intento de oferecer em ambiente educacional inclusivo uma opção visando tornar significativa a aprendizagem de matemática. O objetivo maior do método desenvolvido é permitir a integração mais efetiva entre alunos videntes e alunos com necessidades especiais, sobretudo aqueles com deficiência visual. Visamos assim, promover o ensino de matemática tornando-o mais democrático, atrativo e socialmente interativo.

P-56: POESIA E RELIGIOSIDADE NA OBRA DE WALFLAN DE QUEIROZ

Autor/Expositor:

João Antônio Bezerra Neto

E-mail: juanbn@bol.com.br

Departamento de Letras

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Entre os poetas do Rio Grande do Norte que, desde os anos cinqüenta, vinham participando intensamente da cena literária em Natal, figura Walflan de Queiroz como um dos mais representativos de uma vertente modernista. Nascido na cidade serrana de São Miguel, Walflan estreou, em 1960, com o livro de poemas O tempo da solidão. A grande surpresa da presença desse poeta, a sua marca indelével deixada para sempre na poesia norte-rio-grandense é justamente a sua inspiração religiosa a qual se apresenta sob a forma de um sincretismo, ampliando a imagística à custa de símbolos bíblicos e de símbolos extraídos das principais religiões do mundo. O poeta de A colina de Deus (1967), desenvolve significativamente uma tautologia, ou seja, evoca um Deus por meio de diversas formas, resultando numa variedade de expressões para indicar a mesma divindade. Com efeito, o próprio poeta esclarece a sua compreensão do Ser Supremo e suas relações com a poesia: “Nos poemas que se seguem, procurei amar a Deus de uma forma pessoal. Escrevi-os, mergulhando meu ser, nas humildes fontes da salvação”. De outra parte, trata-se de uma poesia em que coexistem elementos indicadores, ao mesmo tempo, de uma busca metafísica de respostas para a sua angústia existencial e um lirismo amoroso de caráter idealizado e visionário. O nosso painel tem como objetivo mostrar através de uma seleção de poemas a expressão do sagrado e os referenciais estéticos presentes nos livros do autor. Assim, buscamos fornecer uma visão panorâmica e concisa da sua obra.

P-57: O USO DO PRAD COMO UM INSTRUMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Autor/expositor:

Ilton Araújo Soares

Aluno e bolsista voluntário da Base de Pesquisa Espaço e Poder.

Departamento: Geografia

e-mail: iltonet@yahoo.com.br

A atividade de mineração é uma das principais responsáveis pela extração de recursos naturais para atender as demandas humanas. Entretanto é também uma das atividades que mais degradam o meio ambiente, principalmente quando a extração mineral se dá em minas a céu aberto, onde a cobertura vegetal e a camada de solo são retiradas para que se possa lavrar o minério. Nesse sentido, torna-se necessário a implantação de tecnologias que mitiguem os impactos causados por esses empreendimentos. Um dos instrumentos utilizados para recuperar estas áreas é o PRAD – Programa de Recuperação de Áreas Degradas, que consiste numa série de técnicas que visa reabilitar áreas que sofreram alterações de suas características naturais, através de planos preestabelecidos, restabelecendo sua cobertura vegetal e proporcionando um novo uso para aquele sítio. Tendo como suporte a perspectiva do desenvolvimento sustentável pretendemos neste trabalho mostrar o PRAD como uma técnica para recuperação de áreas degradas, usando como exemplo a atividade de mineração, em que, amparados na bibliografia especializada, mostraremos estudos de casos de empresas minerais que utilizam o PRAD em suas atividades extrativas como um instrumento para a exploração sustentável dos recursos naturais.

P-58: A IMPORTÂNCIA DO ENSINO PÚBLICO DE QUALIDADE PARA O INGRESSO NAS UNIVERSIDADES

Autoras/Expositoras:

Rhadamila Valeska Pereira da Silva

Estudante do curso de pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Cursando o 4ºperíodo.

Maria Santana Borges

Estudante do curso de pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Cursando o 4ºperíodo.

E-mail: rhadamila@yahoo.com.br

Fazendo uma análise sobre a educação percebemos que há um grande déficit de alunos provenientes da rede pública de ensino que obtém ingressos nas Universidades Federais Brasileira. Esta realidade perpassa em todo o território nacional. A deficiência do ensino público é a causa principal desta problemática. No Rio Grande do Norte a realidade da rede pública de ensino é bastante caótica, o quadro de professores nas escolas é reduzido, falta material de todo o tipo, desde o giz até a merenda. Acrescenta-se a esta questão a desarticulação que assola os adolescentes e jovens estudantes, os mesmos não se percebem como sujeitos portadores de direitos, assumindo uma postura passiva diante da realidade educacional. Em virtude desta questão realizamos em Abril de 2005 uma pesquisa social cujo título “A importância do ensino público de qualidade para o ingresso nas Universidades” em duas determinadas escolas da rede pública de ensino. Este trabalho propõe demonstrar a experiência de campo, os objetivos, a metodologia e os resultados alcançados como também as possíveis alternativas para melhorar o ensino público na atualidade.

P-59: A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO ÂMBITO ESCOLAR:uma intervenção possível e necessária

Autoras/Expositoras:

Rosângela Maria P. Basílio da Costa (acadêmica do curso de graduação em Serviço Social)

rosângelamariapimenta@bol.com.br

Suzanny Bezerra Cavalcante (acadêmica do curso de graduação em Serviço Social)

suzanny.bezerra@bol.com.br

Orientadora:

Eliana Andrade da Silva (Profª. Ms. em Serviço Social)

Universidade Federal Do Rio Grande do Norte – Departamento de Serviço Social

O Serviço Social no campo da educação não surgiu recentemente, embora seja um campo de atuação ainda restrito para os Assistentes Sociais. Inicialmente a atuação dos profissionais estava direcionada à resolução de problemas que dificultavam o processo educativo, hoje, além disso, o Serviço Social promove o encontro da educação com a realidade social, através da abordagem totalizante das dificuldades e necessidades dos educandos no âmbito escolar, interligando a política educacional com as demais políticas públicas. Assim, este trabalho tem por objetivo desvendar o universo da política de assistência educacional não somente como dever moral do Estado, mas, sobretudo, como dever legal e direito do cidadão, viabilizados pelo profissional de Serviço Social em consonância com o Código de Ética Profissional, o Estatuto da Criança e Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Nessa direção, erige-se um novo paradigma de intervenção para o Serviço Social no âmbito escolar, concretizado pela implementação de trabalhos sócio-educativos, através de oficinas temáticas, a fim de tratar das expressões da questão social e fornecer elementos às camadas estudantis acerca da significação e do enfrentamento dessas expressões em seu cotidiano e, principalmente, explicitar qual seu papel enquanto agente demandatário de políticas públicas e mobilizador de reivindicações dessas mesmas políticas. Ressalta-se ainda que a inserção do Assistente Social pode se dar em organizações de ensino públicas, filantrópicas e privadas, haja vista que as expressões da questão social afetam todas as camadas sociais. Portanto, este profissional está apto a inserir-se numa equipe interdisciplinar, o que significa buscar seu espaço sócio ocupacional na educação para subsidiar o trabalho pedagógico e auxiliar a escola a concretizar seu objetivo maior: a educação global do cidadão. Como resultado dessa pesquisa, constata-se que o Serviço Social é uma profissão legítima na garantia dos direitos sociais, tornando-se possível e necessária no universo escolar.

P-60: A MOTIVAÇÃO DO ALUNO PARA A APRENDIZAGEM: UM DESAFIO PARA O ENSINO

Autoras/Expositoras:

Luana de Lima Patrício

Bolsista de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq,

Base de Pesquisa: Currículo, Saberes e Práticas Educacionais

CCSA/DEPED/UFRN

luana.patrício@ig.com.br

Márcia Maria Gurgel Ribeiro

Profa. Do PPGEd/UFRN e Vice-Coordenadora da Base

A motivação é um fator psico-social que dá início, dirige e integra o comportamento de aproximação ou rejeição entre as pessoas, envolvendo as experiências culturais, capacidades físicas e o contexto ambiental impulsionando a participação e co-participação no âmbito educacional na busca do crescimento emocional, intelectual e social do indivíduo. Para isso, é necessário refletir sobre estratégias de motivação para aprendizagem que se materializem no currículo do professor em sala de aula e no despertar da curiosidade e do interesse dos alunos pela escola, pelo conhecimento e pelo saber, compreendendo como utilizá-lo em suas relações sociais e históricas. O estudo compreende uma investigação qualitativa partindo de observações do cotidiano da sala de aula, marcado pela desestimulação dos alunos com a escola e com a atividade de estudar. Com base nessas observações, podemos apontar a necessidade de repensar a ação educativa do professor tendo em vista o crescimento de cada indivíduo em sua vida motivacional superando os fatores que levam à desestimulação e desinteresse do educando.

P-61: “A NEOFOBIA ALIMENTAR EM HUMANOS”

Expositora:

Bianca Tavares Rangel

Aluna da pós-graduação - Mestrado

Autor(es):

Bianca Tavares Rangel

Nívia de Araújo Lopes

Luis Wagner F. Guimarães

Rochele Castelo Branco

Orientador(as):

Dra Maria Emilia Yamamoto & Dra Fívia de Araújo Lopes

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Fisiologia

O comportamento de escolha alimentar em humanos é essencial para que um indivíduo possua uma dieta segura. Como uma espécie onívora, convivemos, assim, com o dilema de provar alimentos novos, mas com suficiente cautela quanto à ingestão de itens potencialmente tóxicos. Dessa forma, alguns indivíduos apresentam o comportamento de neofobia alimentar, caracterizado pela relutância em ingerir alimentos não familiares. Este trabalho consistiu de dois experimentos para observar a reação a alimentos novos dos indivíduos. Participaram do primeiro experimento 42 estudantes, 31 mulheres e 11homens que foram testados em situação padronizada, em duplas. Foram oferecidos três alimentos, um conhecido (C), um desconhecido (D) e um desconhecido, mas com condimentos familiares (F). A maioria dos participantes ingeriu primeiro C. Homens recusaram significativamente menos os alimentos do que as mulheres, porém recusaram principalmente F, enquanto as mulheres recusaram principalmente D. o segundo experimento foi realizado com 264 voluntários (155 mulheres e 109 homens), havia 4 pastas – guaca-mole, ervas finas, tapenade e queijo com ervas - que foram combinadas duas a duas e eram oferecidas a cada sujeito uma dessas combinações. Depois, o experimentando respondia a um questionário dizendo se conhecia ou não os alimentos oferecidos. Os resultados demonstraram que 63% dos indivíduos escolhiam o alimento familiar, sendo que esta preferência apenas foi significativa para o sexo feminino – 68% apresentaram comportamento neofóbico. Os dois experimentos revelaram uma tendência a neofobia alimentar nos humanos. Ambos demonstraram que as mulheres são mais neofóbicas que os homens. Apesar dos alimentos consumidos terem uma origem segura e do fato de que os indivíduos do primeiro experimento conheciam os experimentadores, o comportamento neofóbico persiste. Considera-se, então, que a neofobia é uma tendência biológica que evoluiu devido às suas vantagens adaptativas.

P-62: A PERCEPÇÃO AMBIENTAL NO CAMPUS UNIVERSITÁRIO

Autora e Expositora:

Cíntia Camila Liberalino – aluna no 5º período do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN – cintiacamila@interjato.com.br

Autoras:

Cíntia Camila Liberalino

Marcelli Monteiro Meira Bastos

Tâmara Batista Fontenelle

 

(Alunas do 5º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN)

Orientadora:

Maria Dulce P. Bentes Sobrinha

Profa. Dra. do Depto. de Arquitetura da UFRN

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a expressão da imagem coletiva do Campus Universitário da UFRN a partir da percepção dos seus usuários. Baseado na metodologia de Kevin Lynch, o estudo foi desenvolvido na disciplina de Fundamentos Sociais e Ambientais da Arquitetura e Urbanismo 03 no período 2004.2. Foram realizadas 20 entrevistas e mapas mentais, visando a identificação dos elementos classificados como formadores da imagem das cidades. São as vias, os limites, os bairros, os pontos nodais e os marcos. Estes elementos foram analisados dentro das categorias identificadas pelo autor que correspondem à legibilidade, identidade, estrutura, significado e imaginabilidade. Foi visto que quanto à legibilidade, a imagem formada foi de uma extensa área verde que possui edifícios espalhados e desarticulados. A identificação apresentou-se de forma clara como um local mal cuidado que possui muito mato e edifícios antigos. Quanto à análise da estrutura acrescenta-se a relação entre a paisagem natural percebida como exuberante (Parque das Dunas) e a paisagem construída vista como mal cuidada. A predominância dos depoimentos em relação ao significado foi a idéia de local de estudo, trabalho e relações sociais que para os entrevistados deixam a desejar em relação à segurança. Por fim, sobre a questão da imaginabilidade, predominou a imagem de uma grande área verde com edifícios acinzentados e espalhados pelo terreno. Os elementos propostos por Lynch são formadores da imagem mental na medida em que possuem importância prática ou emocional. Apesar dos pontos negativos, o Campus é tido como valioso e importante na vida das pessoas que o freqüentam. É um templo de saber, cultura e relações sociais, e estes aspectos estão acima de todas as imagens físicas descritas.

P-63: A POESIA DE CHICO ANTONIO – UM OLHAR ETNOGRAFICO

Autor/Expositor:

Flávio Rodrigo Freire Ferreira

Aluno regularmente matriculado no curso de graduação de Ciências Sociais – CCHLA – UFRN

Email: flaviorodrigoff@yahoo.com.br

Orientadora: Prof.: Dra. Julie Antoinette Cavignac (Professora Adjunta do Departamento de Antropologia – CCHLA – UFRN).

Departamento de Antropologia

O presente trabalho tem como objetivo expor uma síntese da vida e obra do poeta popular Chico Antonio. Nascido na cidade de Pedro Velho, na região agreste do RN, Chico Antônio foi “descoberto” em 1929, por Mario de Andrade, em suas viagens etnográficas. Após este encontro, os cocos de Chico Antônio, coletados pelo autor de Macunaíma, foram publicados na sua obra O Turista Aprendiz. Tal exposição pretende, portanto, resgatar a memória deste importante personagem da cultura popular do Estado.

P-64: A VIOLÊNCIA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, ENTRE 2001 A 2003

Autor/Expositor:

Aldeny Thania Dutra Garrett Borges

e-mail: thania_borges@interjato.com.br thaniadborges@yahoo.com.br

Departamento Pós-Graduação em Serviço Social

Orientador – Prof. Dr.João Dantas Pereira

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Analisando a violência, destacam-se alguns problemas que favorecem sua proliferação. Na escola pública, por exemplo, encontram-se as mais agravantes defasagens. Há uma dialética entre a expectativa dos alunos em relação à escola e o que ela pode oferecer. Outro problema é a falta de ocupação e emprego, associada às condições pobreza da maioria da população. Na capital do Estado, NATAL, cidade turística, a elitização da sociedade local contribui para o consumismo excessivo, que já é cultura no país. A par disso, não se pode esquecer a falta de diálogo e a ausência de limites aos jovens e adolescentes no lar, bem como uma educação capaz de formar um cidadão cumpridor dos seus direitos e deveres. Apesar da violência no Estado não apresentar dados alarmantes, em relação aos índices verificados no país, é uma situação preocupante, na medida em que há um crescimento gradativo dos óbitos por causas violentas. Este trabalho tem como objetivo verificar e divulgar a evolução da violência no Estado, entre 2001-2003, através de dados obtidos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Os referidos dados assinalam que o Estado tem contribuído para o crescimento da violência, uma vez que apresenta os seguintes índices no total de óbitos por violência entre 2001 e 2003: 1072,1107 e 1179, respectivamente. A distribuição desses óbitos por sexo mostra que o masculino tem maior representatividade nas ocorrências registradas. Esses dados justificam a importância do tema. A magnitude e a dimensão do fenômeno violência no país apontam para uma mudança no comportamento familiar, bem como uma atenção especial, sobretudo por parte das instituições públicas no enfrentamento da violência. O sucesso da ação dessas instituições, entre outras, passa necessariamente pela implementação de parcerias que favoreçam, aos jovens, atividades de ocupação e/ou de inserção no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e seletivo.

P-65: A INFÂNCIA E A VIOLÊNCIA FÍSICA INTRAFAMILIAR

Autor/Expositor:

Leonardo Cavalcante– UFRN (aluno da graduação em psicologia)

Orientadora: Rosângela Francischini – UFRN (professora do departamento de psicologia)

E-mail: leocaramello@yahoo.com.br

O Estatuto da Criança e do Adolescente especifica que a criança é um sujeito em momento especial de desenvolvimento e que deverá estar protegida de toda forma de violência que possa prejudicar esse desenvolvimento. Reconhecer o caráter de “especial” atribuído à condição de/do ser criança, tributário, implica em assumir a necessidade de práticas sociais igualmente especiais. Família, escola e instituições socializadoras mobilizam-se no sentido de serem agentes na efetivação dos direitos estabelecidos pelo referido Estatuto. Entretanto, a realidade de uma parcela de crianças é permeada por variadas formas de violência, dentre estas a violência-física. Como essas crianças concebem sua própria “condição de infância?” O que justifica a prática de violência por membros de sua família? A partir dessas reflexões realizamos esta investigação, procurando compor uma concepção de infância considerando os sentidos e valores que essa população atribui à sua condição. Participaram da pesquisa sete crianças, na faixa etária de 7 a 12 anos, sobre as quais haviam sido encaminhadas denúncias de violência intrafamiliar ao SOS Criança, do município de Natal/RN. Realizou-se entrevistas, produção e interpretação de desenhos e a história de Pinóquio, como desencadeadores do discurso das crianças. A partir da Análise do Conteúdo identificou-se condições que configuram o ser criança para os sujeitos .Também investigou-se o papel que a criança ocupa nesse espaço e à avaliação que faz em relação ao julgamento e às atitudes do adulto quando elas agem de forma considerada errada por este. Constata-se a concepção de que o julgamento dos adultos é o correto; justificando, portanto, atitudes de violência por eles. Esses sentidos refletem, em alguma extensão, os valores que estão presentes no cotidiano dessas crianças e que são internalizados por elas como sendo as únicas formas de resolução de questões que permeiam o cotidiano nas famílias. Merecem, portanto, atenção dos profissionais ocupados dessa população.

P-66: “A LOJA DA IMPRESSÃO” TRABALHA EM EQUIPE?

Apresentadoras:

Anna Rivênia A. Ferreira, Isabelle Silva do Nascimento

Professora: Cândida Melo

(Estudo de Caso)

E-mail: anarivenia@yahoo.com.br

Departamento de Psicologia

O trabalho em equipe é almejado para o bom desempenho da organização. Uma equipe é constituída por indivíduos trabalhando em conjunto com um objetivo em comum, devendo apresentar bom nível de integração e realização. O presente estudo foi realizado na “Loja da Impressão” – empresa de médio porte que trabalha com material de serigrafia, sinalização, artístico, artesanal e escolar – com o objetivo de investigar se a organização trabalhava em equipe. Foi utilizado como referencia o modelo de equipe de alto desempenho calcado nas quatro competências que a caracterizam: Cooperação, Visão compartilhada, Liderança, e Resultado. As quatro competências são igualmente importantes e a ausência de uma delas pode comprometer a formação da equipe. No processo de análise dos dados, percebeu-se que informações relevantes na interpretação não se encaixavam em nenhuma das quatro competências, sendo necessária a criação de duas novas categorias: Identificação com loja; e Condições de trabalho. Os dados foram coletados através de entrevista individual semi-aberta e por focus group, aplicados com os empregadores e colaboradores, respectivamente. Os dados foram interpretados pelo método qualitativo de análise do conteúdo. Inferimos que apesar de possuir potencialidades para trabalhar em equipe – como cooperação, liberdade para comunicação entre o empregado e a gerencia e ambiência agradável – a loja ainda não contempla todas as competências necessárias para tal. Observou-se que a missão e a visão de crescimento da empresa não é compartilhada por todos, existe dificuldade na passagem de informações prejudicando o funcionário e a empresa, a liderança composta por três pessoas não está definida causando divisão, e existência de uma alta rotatividade que prejudica a integração do grupo, impossibilitando a concretização da equipe. Observa-se que não há uma equipe integrada, existe dois grupos trabalhando, corroborando a não efetivação da equipe. Assim pode-se concluir que a empresa possui potencial para desenvolver o trabalho em equipe.

P-67: CAUSALIDADE: UM CONCEITO SIGNIFICATIVO PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA

Autoras/Expositoras:

Maria Luciana Almeida de Souza

Francisca Lacerda de Góis

Maria Luciana Almeida de Souza – Bolsista de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq – Base de Pesquisa: Currículo, Saberes e Práticas Educacionais CCSA/DEPED/UFRN lucianaufrn@hotmail.com ; Francisca Lacerda de Góis Profa. do DEPED/UFRN.

O presente trabalho faz parte do Projeto de Pesquisa O Ensino da História através de Conceitos: uma perspectiva para a formação continuada dos professores. Tem como objeto de estudo o conceito de causalidade e sua importância para o ensino/aprendizagem da História. Seu objetivo é refletir junto aos professores com os quais trabalhamos no referido Projeto de Pesquisa, o conceito de causalidade por eles já internalizados. Nos últimos anos, a História vem passando por uma importante evolução em sua configuração como disciplina científico-acadêmica. Internamente, a produção historiográfica tem se renovado e se revestido no sentido de encontrar novas abordagens, novos rumos, novos problemas, enfim, novos campos de investigação. No entanto, apesar dos significativos avanços, ainda predominam os velhos sistemas mecânicos/memorísticos. Esta forma de se proceder ao processo ensino/aprendizagem da História, contribui para reforçar o raciocínio causal. Os acontecimentos históricos não podem ser explicados de maneira simplista e a História não deve ser explicada a partir da identificação das causas longínquas e imediatas dos fatos históricos. É preciso compreender que, muito mais importante que as relações causais é a compreensão de sentido das mudanças, permanências, continuidades, descontinuidades dos acontecimentos históricos, ou seja, a compreensão das complexas inter-relações que interferem nos processos de mudança social. O estudo prevê uma adequada utilização dos métodos quantitativo e qualitativo reconhecendo as contribuições de cada um na compreensão do estudo, facilitando uma negociação entre hipóteses e categorias que orientam a pesquisa e os dados. Inserida na Base de Pesquisa Currículos, Saberes e Práticas Educativas do Departamento de Educação, a qual adota princípios de pesquisa colaborativa visando contribuir para a construção/desconstrução/reconstrução, com os professores, de significados históricos e culturais sobre os conhecimentos escolares e as práticas educativas no Ensino Fundamental.

P-68: A CONSTRUÇÃO DA COERÊNCIA PELA RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS VERBAL E NÃO-VERBAL NO GÊNERO TEXTUAL TIRINHA

Autora/Expositora:

Olga Carla Espínola da Hora e Souza

Professora de Língua Portuguesa da Escola Agrícola de Jundiaí

e-mail: olgacarla@yahoo.com.br

Neste trabalho abordaremos a coerência textual a partir da análise da integração dos níveis verbal e não-verbal na construção do sentido de um texto do gênero tirinha. Em tela, uma tirinha do artista americano Bill Watterson, com os personagens Calvin e Haroldo. No nosso objeto de estudo, veremos que é na relação de interação entre os níveis verbal e não-verbal que o sentido do texto é construído. Mostraremos que com a leitura apenas do nível verbal o leitor não consegue identificar com precisão algumas informações necessárias, apesar de a idéia principal do texto ser mantida. Na verdade, é no nível não-verbal, com a organização das imagens, que o sentido do texto se completa. É também nesse nível que o texto se encaixa na metarregra da progressão (CHARROLES, 1978), o que garante a coerência textual e propicia uma leitura mais precisa.

P-69: CERÂMICA ARTESANAL DE SANTO ANTÔNIO DO POTENGI: ELEMENTOS QUE CONSTITUEM A TRADIÇÃO.

Autor/Expositor:

Nilton Xavier Bezerra

Mestrando do curso de Pós-graduação em Antropologia Social / UFRN

Orientador: Prof. Dr. Luís Carvalho de Assunção

Participante da Base de Pesquisa sobre Cultura Popular da UFRN

bezerranilton@ig.com.br

No Rio Grande do Norte, a atividade artesanal é geradora de economia, envolve um número expressivo de pessoas e é diversificada em suas matérias-primas e tipologias. Como referência do artesanato local, a cerâmica supriu as necessidades primárias nos utilitários domésticos, adquiriu feição devocional nas figuras religiosas, foi brinquedo nos divertimentos infantis e, por fim, ganhou status de puro ornamento. A opção por Santo Antônio justifica-se por sua representatividade como um dos centros mais significativos de produção da cerâmica artesanal no Estado. Nasceu lá a famosa bilha em forma de galo, símbolo da cidade do Natal e que se transformou em ícone do artesanato e da arte potiguar. Para o embasamento conceitual, parto da concepção de que a cultura é simbólica e passível de análise crítica. Evidencio o objeto artesanal como elemento da cultura material e simbólica, através do qual é possível desenvolver uma investigação sobre os modos de vida existentes nas sociedades. Os princípios metodológicos consistirão basicamente no desenvolvimento de material etnográfico elaborado mediante entrevistas escritas e gravadas com os ceramistas, na observação direta e interpretação da realidade local e no registro através de recursos visuais que complementem os dados da pesquisa. Como objetivos centrais, pretendo examinar de que maneira é mantida a tradição da manufatura de objetos cerâmicos em Santo Antônio, refletir sobre as possíveis relações entre artesanato e tradição, discutir o processo histórico-cultural da produção da cerâmica local e salientar na contemporaneidade as manifestações responsáveis pela visibilidade da tradição no artesanato potiguar, justificando também a importância do saber fazer como exemplo de patrimônio imaterial.

P-70: CONFABULANDO: OUVINDO E CONTANDO FÁBULAS NA ESCOLA INFANTIL

Autoras/Expositoras:

Analice Cordeiro dos Santos Victor

Professora -NEI/UFRN

joeanalice@bol.com.br

Claúdia Limeira de Sena

Bolsista - NEI/UFRN

Em nossa prática de professoras de educação infantil procuramos dar à história não só o lugar de significações dos sonhos e imaginação da criança, mas também um espaço favorável ao seu desenvolvimento cognitivo, pois ouvir histórias possibilita a construção de conceitos como de cultura, civilização e de tempo histórico. Sistematizamos, então, junto a nossa turma, constituída por vinte e uma crianças com idades de seis e sete anos, um trabalho com a leitura de fábulas. Essas histórias milenares retrataram em seus personagens certas atitudes humanas, como a disputa entre fortes e fracos, a esperteza, a ganância, a gratidão, a inveja, o ser bondoso, o não ser tolo. Têm, também, como características aconselhar, transmitir algum ensinamento, fazer uma crítica, que geralmente aparecem no texto como a “moral da história”. Para esse estudo definimos como objetivos: refletir os valores/lições transmitidos/as pelas fábulas; produzir coletivamente um conceito para essas histórias percebendo suas características – narrativa curta, personagens/animais, transmitir ensinamento; conhecer dados biográficos de alguns fabulistas – Esopo, La Fontaine e Lobato. Os procedimentos metodológicos adotados para o desenvolvimento do estudo foram - ouvir e ler fábulas; reescrever em grupo a que mais gostou, ilustrando-a através da confecção de uma maquete; organizar uma linha do tempo com os fabulistas estudados; pesquisar junto às famílias as fábulas conhecidas e seus assuntos; produzir coletivamente uma fábula. Acreditamos que o trabalho relatado nos permite reafirmar a idéia de que contar e ouvir história é uma atividade que deve ser constante na rotina da escola infantil, pois contribui com os diferentes aspectos do trabalho pedagógico. Aspectos que vão desde oferecer subsídios para a criança lidar com questões relacionadas às suas emoções e imaginação como, também, ajudá-la a desenvolver-se intelectual e socialmente.

P-71: LENDAS INDÍGENAS: REVELANDO A ARTE DE SER E VIVER DE UM POVO

Autora/Expositora:

Maria Dulcilene de Lima

Professora – NEI/UFRN

Sirleide Silva de Oliveira Souza

Professora – NEI/UFRN

Orientadora: Analice Cordeiro dos Santos Victor – Nei/Ufrn

nei@ufrn.br

Este trabalho relata a experiência vivenciada junto a uma turma de Educação Infantil constituída por crianças na faixa etária de 4 a 5 anos. O interesse em aproximar a turma da cultura indígena surgiu da curiosidade suscitada no grupo ao ouvir a leitura de algumas lendas contadas pela professora na roda da história. Para esse estudo foram definidos como objetivos: estabelecer relações entre o modo de ser e viver do índio de ontem e hoje; perceber a influência da cultura indígena no nosso modo de se alimentar, falar, vestir; favorecer a ampliação e estruturação da linguagem oral. Adotamos na realização desse trabalho os seguintes procedimentos metodológicos: leituras das lendas: como nasceu a primeira mandioca, como nasceram as estrelas a lenda de amor de Naipi e Tarobá e como nasceram o sol e a lua,entre outras; conversas com profissionais que estudam a temática indígena, construção de painéis, releituras de obras de arte, reescrita e produção de textos coletivos, dramatização. Refletindo acerca da realização desse trabalho, percebemos que o índio distante da nossa realidade tornou-se real e presente, despertando o interesse das crianças em saber mais sobre o modo de viver desse povo, o que sem dúvida contribuiu para que todos – professoras e alunos – ampliassem seus conhecimentos acerca da cultura indígena e, também com a valorização da diversidade cultural.

P-72: DADI: REVISITANDO O UNIVERSO DO TEATRO DE BONECOS NO RN

Maria das Graças Cavalcanti Pereira

galnatal@hotmail.com

Graduando do Depto. de História, Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN.

Orientadora: Wani Fernandes Pereira

Professora Doutora, Museu Câmara Cascudo, GRECOM, UFRN, Natal/RN.-Orientadora

O tema tem por referência um projeto de pesquisa que registra como fato cultural a descoberta de uma Calungueira, fazedora de bonecos, também conhecidos como mamulengueiros, titereteiros ou João Redondo. Trata-se de Maria Ieda de Medeiros (64 anos) conhecida por Dadi, residente em Carnaúba dos Dantas RN. Para dar conta do itinerário artístico de Dadi e sua história de vida, fizemos uso de uma diversidade de estratégias: registro etnográfico, fotográfico e videográfico, de todo o cotidiano da artesã, coletando histórias e enredos criados, coleta da matéria-prima , etapas da confecção dos bonecos. Da pesquisa bibliográfica destacamos obras que tratam de uma genealogia dos bonequeiros no Rio Grande do Norte, de uma conceituação dessa arte entendida como "da tradição", de uma estética do arcaico. São os autores: Deífilo Gurgel (1999), Hermilo Borba Filho (1966), Altimar de Alencar Pimentel (1971),além do suporte teórico:Hobsbawm(1997),LeGoff(1998),Halbwachs(1973),EcléaBosi(1994),JanaínaAmado(2000),e outros. Dos dados obtidos e em fase sistematização final podemos reiterar: a identificação até o momento da artesã, como única mulher fazedora de bonecos num universo tradicionalmente masculino; autodidata e fazedora de ex-votos - também conhecidos como “milagres”, Dadi não se torna santeira, envereda pelo caminho do lúdico, dedicando-se ao conceber e paramentar seus bonecos ou calungas, à arte do riso, ao jogo da sátira. Ao longo da pesquisa, adquirimos uma coleção de bonecos, para o acervo do Museu Câmara Cascudo/UFRN, em consonância com a política patrimonialista da instituição, procedendo seu estudo e documentação. A conclusão de um portfólio, que conta uma breve história de vida e obra da artesã, servirá como apresentação junto às leis de incentivo à cultura, para publicação de um livro-catálogo, com o registro dessa manifestação da cultura da tradição, dentre outras estratégias como: CD-Rom, Vídeo, permite ampliar o conhecimento de novos atores e suas singularidades, atualizando e ampliando o universo de bonecos e bonequeiros no RN.

P-73: ABUSO SEXUAL INFANTO-JUVENIL: PODEMOS MUDAR ESSE QUADRO

Kátia Maria Nascimento Patriota

Delma Dias de Morais Batista

Acadêmicas do Serviço Social

E-mail: delma_batista@yahoo.com.br

O presente trabalho teve como base inicial, a análise institucional do Centro de Referência Programa Sentinela Natal/RN, localizado à rua Mipibu nº 440, no bairro de Petrópolis, onde por um espaço de quatro meses, observamos o fazer profissional da Assistente Social e a dinâmica do atendimento daquela instituição. Nas sucessivas observações, percebemos que a intervenção poderia se dar na divulgação do Programa Sentinela junto aos professores das escolas públicas municipais e estaduais de Natal. Obtivemos a informação de que seriam visitadas as escolas da rede pública dos bairros de maior incidência de qualquer tipo de violência sexual, cujos atendimentos foram feitos no Sentinela. Percebendo a necessidade de divulgação do trabalho da instituição em que estamos inseridas como estagiárias do Serviço Social, direcionamos nosso trabalho interventivo, dando suporte ao Serviço Social, através de palestras aos professores sobre Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil. Foram utilizados como subsídios: um folder com informações sobre o tema abordado e locais onde podem ser feitas as possíveis denúncias; uso de transparências; aplicação de questionário. Entendendo a escola como instituição socializadora do indivíduo, cuja função não é apenas transmitir conhecimentos, mas transformá-los e adequá-los a realidade vivida pelo aluno, percebemos a importância dessa parceria com os professores. Considerando que é na a escola onde distúrbios familiares podem ser refletidos e percebidos pelo professor, em virtude do seu contato diário com crianças e adolescentes, divulgar o Programa Sentinela é uma forma de proporcionar ao referido público, um desenvolvimento saudável e a garantia de seus direitos preservados no Estatuto da Criança e do Adolescente.

P-74: “DE LEGISLADOR A PRODUTOR” – (NATAL, 1889 – 1964) DOIS MOMENTOS DA INTERVENÇÃO ESTATAL NA QUESTÃO DA MORADIA

Expositoras;

Aliny Fábia da Silva Miguel

Graduanda, Depto. de Arquitetura - UFRN; Bolsista PIBIC/CNPq/UFRN; Base de pesquisa: Estudos do Habitat do Depto. de Arquitetura – UFRN aliny_arq_urb@yahoo.com.br

Ana Paula Campos Gurgel

Graduanda, Depto. de Arquitetura - UFRN; Bolsista voluntária; Base de pesquisa: Estudos do Habitat do Depto. de Arquitetura – UFRN

Autor (es):

Caliane Christie de Oliveira Almeida Silva

Mestranda em Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos/USP; Pesquisadora na Base de Pesquisa: Estudos do Habitat do Depto. de Arquitetura - UFRN ane_arquitetura@hotmail.com

Orientador:

Angela Lúcia de Araújo Ferreira

Profa. Dra. do Depto. de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN angela@ct.ufrn.br

Em decorrência da Revolução Industrial e da conseqüente necessidade de mão-de-obra para a indústria, as cidades do final do século XVIII viram-se diante de um significativo aumento populacional que ocasionou na adequação do espaço físico para atender às novas exigências de moradia. O ideário de cidade moderna constituído nesse momento e difundido pelo mundo, chegou ao Brasil no final do século XIX. Em Natal essa nova concepção veio incorporar e reforçar os anseios de modernidade das elites locais. Neste contexto, a questão habitacional, antes “responsabilidade” da iniciativa privada, ao ser vista como empecilho à concretização desse ideal, tornou-se foco importante das políticas públicas. Compreender as características e os significados destas intervenções no processo de produção da moradia em Natal é o objetivo deste trabalho. A partir das falas e discursos oficiais que as justificaram, e das ações concretizadas no setor, assim como através de revisão bibliográfica e pesquisa documental (periódicos locais e documentos oficiais), foi possível sistematizar dois momentos específicos de intervenção pública. O primeiro, delimitado da Proclamação da República até o final da década de 20, caracterizou-se pela elaboração e implementação de legislação rigorosa, muitas vezes punitiva e excludente, e relacionada a concepção e adequação de moradias, verbalizadas pelo código de posturas, arraigado aos princípios higienistas. O segundo, que se estende da Revolução de 30 à criação do Banco Nacional da Habitação – BNH (1964), apresentou o Estado como criador das condições de uso e produção habitacional, através da criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões - IAP´s (1933) e da Fundação da Casa Popular – FCP (1946). O delineamento desse panorama histórico das intervenções neste setor, no período de 1889 a 1964, fornece elementos para entender não somente a evolução do parque habitacional de Natal, como também as mudanças na postura do Estado frente a questão da moradia social.

P-75: DESMISTIFICANDO O TRATAMENTO DE RADIOTERAPIA E OS DIREITOS SOCIAIS DO PACIENTE COM CÂNCER

Autoras:

Jussara Keilla Batista do Nascimento – DESSO – UFRN

sarasocial@uol.com.br

Luciana Freire Gavazza – DESSO – UFRN

lucianagavazza@ig.com.br

Orientadoras: Prof. Ms. Sheila Pedrosa – DESSO – UFRN

Assistente Social Sinara Françoise – Liga Norte Riograndense Contra o Câncer – LNRCC

Apresenta a Liga Norte Riograndense Contra o Câncer – LNRCC, em particular o Centro Avançado de Oncologia – CECAN, como também as atividades desenvolvidas pelo Serviço Social na referida organização. No tocante ao Serviço Social, identifica algumas dificuldades que perpassam o fazer profissional no que se refere a garantir a viabilidade do tratamento, expresso principalmente através do considerável índice de pacientes faltosos. Os principais indicadores das faltas são as dificuldades com o transporte, o agravamento do estado clínico, o medo do tratamento pela mistificação que perpassa a temática do câncer e a falta de acompanhante. Identifica que essas dificuldades se dão pelo desconhecimento do tratamento e dos direitos sociais que garantem sua realização. Apresentadas as justificativas, oferece algumas propostas de intervenção no sentido de auxiliar as ações realizadas pelo Serviço Social para reafirmar os direitos sociais do paciente e viabilizar a continuidade do tratamento. Mostra como a realização de momentos alternativos de informação, como o grupo de acolhimento realizado pela equipe multidisciplinar – serviço social, enfermagem, psicologia e nutrição - oficinas sociais, distribuição de folders ou cartilhas informativas, bem como o atendimento individualizado contribui para a desmistificação do tratamento de radioterapia, aumentando o conhecimento do paciente a cerca do tratamento, da sua importância e dos direitos sociais. Neste sentido, esclarece o que é o tratamento, como é realizado e quanto tempo dura em média. Leva ao conhecimento dos pacientes direitos como o saque do FGTS, a licença para auxílio doença, a renda mensal vitalícia, a aposentadoria por invalidez, a isenção do imposto de renda na aposentadoria, a quitação de financiamento habitacional, a viabilização de transporte para o tratamento, bem como o acesso a exames e medicamentos e as vias que se deve seguir para solicitá-los, reafirmando por fim o direito a saúde, aqui expresso pelo tratamento oncológico radioterápico.

P-76: “ENFIM, HENFIL: HUMOR EM QUADRINHOS NA RESISTÊNCIA A DITADURA”.

Autores/Expositores:

Armando Pinheiro de Araújo Junior e Fabiano Moura de Souza.

Alunos do Departamento de História.

armando.pjunior@gmail

piatan_ufrn@hotmail.com

O tema da exposição tem por objeto de estudo a vida e a representação de Henrique de Souza Filho, o Henfil. Através de reproduções de fotos pessoais e charges de cunho crítico e satírico aos ditames da sociedade brasileira e internacional no período compreendido entre as décadas de 60 a 80. Tendo como base a sua atuação como chargista em vários seguimentos da imprensa e principalmente no “Pasquim”. Tem a exposição o intento de resgatar a memória de um artista de destaque na oposição ao período ditatorial militar, assim como a sua atuação na campanha para de eleições Diretas Já. O painel também mostrará aspectos da vida pessoal do artista, aspectos estes que se entrelaçam com sua posição de crítico, ressaltando também o período em que morou na cidade do Natal, Rio Grande do Norte.

P-77: ESCRITA: SUA HISTÓRIA E SEU PAPEL NA VIDA DO HOMEM

Expositores:

Adriana Rodrigues Gomes Matrícula: 20002230-6

E-mail: adrikkarg@bol.com.br

Departamento de Letras

O homem tem muitas necessidades, entre as quais estão a de se expressar e a de se comunicar socialmente, ambas relacionadas. Um dos meios de comunicação e expressão criados por ele foi a escrita, a qual levou milênios para chegar a sua forma alfabética. Partindo dessa constatação, focalizam-se as modificações tanto internas quanto externas dos sistemas (códigos) de escrita ao longo da história, as dúvidas levantadas a partir dos anos de 1960 quando pesquisadores de diversas áreas do conhecimento se juntam para discuti-la, revelando-se ser, então, o tema da escrita uma questão muito mais complexa. Esses questionamentos põem em xeque os pressupostos profundamente aceitos e compartilhados em relação ao seu domínio como, por exemplo, aquele que sabe escrever tem acesso a uma elite privilegiada. Diante disso, procura-se compreender a influência da escrita nas instituições e atividades de diversas áreas quando os documentos escritos passam a ter um papel fundamental, assim como as transformações que ocorrem nas sociedades quando um número relevante de pessoas sabe ler e escrever.

P-78: ESTUDO ETNOBOTÂNICO NAS COMUNIDADES INSTALADAS ÀS MARGENS DO RIACHO ÁGUAS VERMELHAS (PARNAMIRIM/RN), COMO SUBSÍDIO PARA CONSERVAÇÃO E RECOMPOSIÇÃO DA MATA CILIAR

Alídia Hernandes Ribeiro

Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente

Maria Iracema Bezerra Loiola

Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia – UFRN.

A ocupação dentro do município de Parnamirim iniciou-se de fato após o final da Segunda Guerra Mundial. Desde então os cursos d`água em geral vem sofrendo uma série de agressões, como a remoção da mata ciliar (que causa assoreamento do seu leito), deposição de lixo e esgoto, entre outras, devido a ocupação de suas margens. Esse processo vem ocorrendo, pois, alem da ausência de políticas publicas durante a ocupação do local, verifica-se o desconhecimento da importância do riacho como fonte de recurso mineral e biológico. Antagonizando todo esse processo de devastação, que ocorre em toda Bacia do Rio Pirangi, cerca de 5ha encontram-se bastante preservados desde 1950 como propriedade particular e que, desde 1998, foi transformada na Área de Proteção Ambiental (APA) Hidrominas Santa Maria, que se localiza as margens do riacho Águas Vermelhas. No sentido de dar subsídio à conservação e recomposição da mata ciliar, duas linhas de trabalho foram iniciadas: o levantamento florístico e a realização de entrevistas em um dos bairros que compõem a comunidade ribeirinha do caso (Vale do Sol). Para coleta de material botânico, foram realizadas 12 excursões onde foram registrados 85 taxa, ressaltando-se que esta etapa ainda encontra-se em andamento. A análise comparativa preliminar da flora evidenciou a similaridade com outras áreas já inventariadas no Rio Grande do Norte, presença de espécimes que são tidos como medicinais em outros Estados, e plantas com grande potencial ornamental e paisagístico. A realização de entrevistas conta com 100 depoimentos até a presente data. E estudo dos dados coletados revela entre os entrevistados, o desconhecimento do que é uma APA e da existência de uma na proximidade de suas residências. Mostra também que a grande maioria não utiliza nenhum recurso proveniente da mesma, apesar do uso de medicamentos fitoterápicos.

P-79: CONSTRUINDO VALORES POSITIVOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DA INCLUSÃO DE CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN.

Expositores:

Elaine Munic Torres Ferreira – Aluna do curso de Pedagogia – UFRN

Marianne da Cruz Moura – Aluna do curso de Pedagogia – UFRN

Autores:

Dominique Cristina Souza de Sena – Aluna do curso de Pedagogia – UFRN

Elaine Munic Torres Ferreira – Aluna do curso de Pedagogia – UFRN

Marianne da Cruz Moura – Aluna do curso de Pedagogia – UFRN

Departamento de Educação – DEPED

mariannemoura@hotmail.com

O presente trabalho foi desenvolvido em 2004.1, como parte das exigências para conclusão da disciplina Introdução a Educação Especial, no curso de Pedagogia/UFRN. Objetivou analisar como está sendo feita a inclusão de crianças com Síndrome de Down no Núcleo de Educação Infantil (NEI), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A pesquisa, empreendida com base em princípios qualitativos, envolveu um estudo bibliográfico, a coleta de dados através de entrevistas com educadores e uma observação não-participativa em três classes. Constatamos que, embora a instituição venha desenvolvendo um trabalho de Educação há vinte e cinco anos, somente a partir de 1989 começou a incluir educandos com necessidades educativas especiais em suas classes, entre elas as crianças que apresentam Síndrome de Down. Atualmente, estudam na escola seis crianças com Síndrome de Down (nos níveis III, IV e V). Para desenvolver um trabalho efetivo com esses alunos, os professores se reúnem constantemente para estudar e discutir conteúdos e estratégias relevantes para o aprimoramento da prática pedagógica. Observamos que, através do relacionamento diário das crianças em geral, os laços de amizade e companheirismo se fortalecem, fazendo desaparecer os traços da diferença, ensinando a todos a se relacionarem de forma igualitária, derrubando assim possíveis barreiras de preconceito. A inclusão, portanto, beneficia tanto as crianças normais, quanto as que apresentam Síndrome de Down, fazendo-as crescer na sua aprendizagem e construir valores positivos.

P-80: ESTUDOS DE ELEMENTOS DE COESÃO E COERÊNCIA

TEXTUAIS A PARTIR DA ANÁLISE DE CHARGES

Expositores:

Fabíola Barreto Gonçalves (UFRN)

E-mail: baby4jc@yahoo.com.br

GILMARA FREIRE AZEVEDO (UNP)

E-mail: gilmara02@yahoo.com.br

As perspectivas atuais de ensino de leitura e interpretação de textos primam pela atenção ao ensino dos mecanismos de Coesão e Coerência Textuais como fundamentais no processo de atribuição de sentidos dos textos e os livros didáticos há algum tempo registram essa realidade. As charges têm sido um recurso muito utilizado nessa perspectiva de ensino. O uso da linguagem verbal e não-verbal também concorrem para a construção de sentidos na utilização desses recursos em sala de aula. Trabalhar com Linguagem verbal e não-verbal nos possibilitar mostrar aos alunos que o significado das palavras não está apenas nelas mesmas e que as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação. A comunicação verbal é plenamente voluntária já o comportamento não-verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado, mostrando que um evento comunicativo é composto também da interação dessas duas linguagens. É dentro dessa abordagem que propomos trabalhar com exposição de painéis, oferecendo uma interpretação de charges em três níveis de leitura. O primeiro superficial, um segundo intermediário e por fim, o nível profundo, nos quais elencaremos os elementos de Coesão e Coerência Textuais, bem como a linguagem verbal e não-verbal e a contribuição deles para a construção e/ou recuperação de sentidos do texto.

P-81: FOTOGRAFIA E INTERSUBJETIVIDADE

Diego André da Silva Filgueira

Bolsista de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq – Base de Pesquisa: Currículo, Saberes e Práticas Educacionais CCSA/DEPED/UFRN

diego_f04@yahoo.com.br

Jefferson Fernandes Alves

Prof. Dr. do DEPED/UFRN

O presente trabalho faz parte do projeto de pesquisa Educação do Olhar e Prática Docente: fotografia e deficiência visual. Tem como objetivo compreender o papel mediador da fotografia no processo intersubjetivo da constituição do sujeito, assim como apreender os processos intersubjetivos desencadeados pelos professores do Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do Norte (IERC) nos contextos de interações e vivências em torno do fotográfico e analisar as atividades pedagógicas propostas pelos professores do IERC que estimulem a constituição de contextos e situações intersubjetivas, a partir da mediação fotográfica. A fotografia pode ser entendida como um jogo interativo que contempla o sujeito que fotografa, aquilo ou aquele que é fotografado e aquele que aprecia o resultado fotográfico. Essa interatividade permite que os sujeitos envolvidos no processo fotográfico façam uma re(visão) contínua da imagem que fazem de si mesmos. E é no campo da intersubjetividade, no olhar do outro sobre si que construímos nossa própria imagem. Nesse caso, pensar a fotografia como reveladora de imagens internas, considerando a prática docente com alunos portadores de cegueira e visão-subnormal, implica em uma perspectiva que ultrapasse os limites biológicos da visão em favor de um entendimento mais alargado do olhar como uma faculdade multisensorial de perceber e ser percebido. Ao trazer a fotografia para a sala de aula como mediadora dos processos intersubjetivos contamos também com outras linguagens, sobretudo, a verbal e a corporal, como componentes intersemióticos que concorram para a revelação de imagens por parte dos não-videntes, a partir da intervenção pedagógica dos professores.

P-82: FUNDESCOLA: um estudo sobre a descentralização financeira em Escolas de Natal e Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte.

Daniela Cunha Terto

Graduanda em Pedagogia

daniela_ct@pop.com.br

Shirmênia Kaline da Silva Nunes

Graduanda em Pedagogia shiufrn@yahoo.com.br

Orientadora: Profª Drª Magna França - Profª do Departamento de Educação da UFRN

magna@ufrnet.br

O estudo aborda a política de descentralização financeira no cenário educacional brasileiro, para o Ensino Fundamental e as suas diretrizes para a implantação do FUNDESCOLA nas unidades de ensino nos municípios de Natal e Mossoró. Verificou-se o resultado de sua implementação por meio das varáveis: índice de matrícula e rendimento escolar, quantidade de recursos, vantagens e obstáculos à implementação da descentralização financeira. Seu desenvolvimento ocorreu por meio de uma revisão bibliográfica (FRANÇA; SOARES; TOMMAZI) bem como análises de diagnósticos realizado nas escolas pesquisadas. No plano empírico, serviu como fonte substancial a análise dos dados coletados que mostrou-se fator determinante para situar a experiência no contexto da descentralização financeira, recorreu-se, também, aos documentos elaborados pela Secretaria de Educação do estado. Durante a pesquisa, constatou-se que posterior ao FUNDESCOLA, efetivado em 1999, houve um decréscimo nos índices de abandono no município de Natal, entre 2000 a 2003, entretanto, detectamos que os índices de reprovação crescem em 1999, 2002 e 2003. O município de Mossoró, por sua vez, possui o índice de matriculados maior na rede estadual, mesmo com a municipalização do ensino fundamental. Observou-se, também, que embora a rede estadual detenha esse maior índice de matrículas, o índice de abandono oriundo da escola municipal sempre superou a estadual. Os índices de reprovação oscilam após o Fundo, mas, com crescimento considerável em 2003 na rede estadual. Enfim, a implementação do FUNDESCOLA não tem assegurado uma melhora na educação pública como um todo, nos aspectos estudados, de acesso e rendimento escolar percebeu-se que não tem contribuído para alguns de seus fins: uma política promotora de equidade social em face de uma nova realidade educacional e a de promover o acesso e a qualidade de ensino.

P-83: MODA, CONSUMO E MÍDIA DEFININDO COMPORTAMENTOS

Autora:

Evaneide Lúcia Pereira César de Souza

Aluna do Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais

UFRN – Nível: mestrado

E-mail: evacesar@yahoo.com.br

O presente estudo discute a questão do consumo contemporâneo, a partir da sua associação com mídia televisiva e com a publicidade a ela vinculada. Discorre sobre conceitos como consumo, moda, publicidade, televisão e indústria cultural, a partir de relevantes contribuições, e procura ressaltar que o conteúdo da televisão, bem como o das campanhas publicitárias, estimulam o desejo, induzem à ação da compra, e com isso, definem padrões de comportamento. O trabalho apóia-se em dados coletados de uma amostra representativa de 256 questionários, aplicados junto à população feminina que freqüenta o Shopping Cidade Jardim.

P-84: MULHERES: as diversas situações de vulnerabilidade

Adaciara de Fátima Dias Soares (aluna do curso de Serviço Social)

E-mail: ciarinha2000@yahoo.com.br

Percilene Gonçalves de Sá (aluna do curso de Serviço Social)

E-mail: percilene.sa@bol.com.br

Departamento de Serviço Social

Base de Pesquisa Sociabilidade e Relações Sociais

Este trabalho constitui-se em uma análise da situação de pobreza na realidade brasileira associada às relações de gênero. Trata-se de uma reflexão, a partir de uma perspectiva de gênero, acerca do contexto de precariedade sócio-econômica no país. Representa uma contribuição no âmbito dos debates sobre a temática de gênero e desigualdade social, apesar de ser apenas um recorte analítico, considerando a amplitude dos aspectos que envolvem essa discussão. Tem o propósito de apresentar elementos que possibilitem a apreensão do contexto de vulnerabilidade em que estão inseridas as mulheres, destacando fatores como renda, atividades ocupacionais, chefia familiar e raça. Pretende explicitar como se expressam as diferenças entre os sexos, tendo em vista os papéis estabelecidos tradicionalmente para homens e mulheres. Foi elaborado mediante a análise de dados estatísticos, obtidos através de órgãos responsáveis pela pesquisa e divulgação de informações sócio-econômicas. Está fundamentado em estudos de autores que abordam o tema da pobreza e sua correlação com as questões de gênero. Constatou-se, diante dos dados contemplados, que os níveis de pobreza no Brasil são extremamente elevados e que esse quadro acentua-se ao ser observada a realidade da mulher, sobretudo por sua presença na sociedade ainda ser marcada pelo preconceito e discriminação. Evidenciou-se, como já foi citado, que há alguns aspectos preponderantes para o agravamento dos índices de pobreza da população feminina. Dentre esses, podem ser destacados: as discrepâncias entre rendimentos de mulheres e homens; o fato de as mulheres trabalharem, mais comumente, em ramos de atividades precarizados; as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, que exercem a chefia familiar, para conciliar a dupla jornada de trabalho; e a influência do sexo e da raça na delimitação da desigualdade social. A realidade analisada, portanto, demonstra que a problemática da pobreza no Brasil configura-se também como uma questão de gênero.

P-85: NECESSIDADES INFANTIS EM PARQUES DE PRÉ-ESCOLAS: RESULTADOS DO PAINEL INTERATIVO DA XII SEMANA DE HUMANIDADES (2004)

Autora/Expositor:

Odara de Sá Fernandes

Orientadora: Gleice Azambuja Elali

Departamento de Psicologia

e-mail: odarasf@yahoo.com.br

Diversos estudos enfatizam a relação do homem com o ambiente como um dos aspectos de extrema importância para a formação humana. As pesquisas na área de Psicologia Ambiental revelam as implicações desta relação para o desenvolvimento da criança e para o planejamento de espaços lúdicos. Visto que a escola consiste no ambiente por excelência infantil, onde as crianças passam importantes momentos de suas vidas e desenvolvem as suas primeiras habilidades sociais e intelectuais, ela costuma ser o principal foco de estudo dessas investigações. Porém, poucos estudos têm analisado a influência nos comportamentos infantis dos espaços abertos das escolas, como os pátios e parques. Este trabalho objetiva discutir a opinião de estudantes e professores universitários em relação ao que se deve ter nesses ambientes para que se possa favorecer o desenvolvimento da criança. A pesquisa foi realizada na UFRN, durante a XII Semana de Humanidades. Foi montado um painel interativo, no qual os visitantes podiam deixar sua opinião sobre a seguinte questão: o que é importante ter em um parque de pré-escola? Nossos resultados revelam que os respondentes consideram o espaço e os equipamentos dos parques infantis das escolas como sendo de grande importância no processo de desenvolvimento, aprendizagem e socialização da criança. A maior parte da respostas enfatiza a necessidade de grande espaço para atividade livre, como também a presença de árvores, areia e brinquedos (playground). Além disso, a segurança foi citada algumas vezes como sendo um elemento fundamental. Foi relatada, também, a necessidade de brinquedos seguros, areia limpa, bancos confortáveis, entre outros aspectos. Essas opiniões demonstram como os espaços abertos, nas escolas, são importantes e como vários aspectos do ambiente físico podem favorecer ou não o desenvolvimento saudável da criança. Dessa forma, estudos da relação criança-espaço são essenciais para subsidiar o planejamento de espaços mais favoráveis ao desenvolvimento infantil.

P-86: CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL NO CONTEXTO DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE

Autora/Expositora:

Yalle Fernandes dos Santos

yalles@yahoo.com

Orientadora: Magda Dimenstein

magdad@uol.com.br

Programa de Pós graduação em Psicologia/UFRN

Desde os anos 1990 enfatiza-se a reestruturação da atenção psiquiátrica vinculada à atenção primária em saúde e constituição de redes de apoio social que dêem suporte aos indivíduos em sofrimento psíquico. No Brasil, esta questão é pode efetivar-se com a inserção das equipes de saúde nas comunidades, através do Programa Saúde da Família (PSF). Este propõe uma atuação baseada na integralidade das ações, concebendo o indivíduo de forma sistêmica e elegendo a família como locus de intervenção. Nesse sentido, o cuidado é pensado como integralidade, significando a capacidade de ouvir o usuário, acolher sua demanda, articular conhecimentos na solução dos problemas e na construção de projetos terapêuticos individualizados. Este trabalho buscou mapear a demanda de saúde mental que chega à unidade de saúde do PSF nas comunidades de Nordelândia e Boa Esperança, no Distrito Sanitário Norte de Natal/RN. Utilizamos como ferramenta metodológica um questionário semi-estruturado que visa mapear o histórico de uso de psicotrópicos e internação em instituições psiquiátricas dos moradores dessa comunidade. O instrumento foi aplicado na residência dos participantes, com o auxílio dos agentes comunitários de saúde. Entrevistamos 34 mulheres e 25 homens, na faixa etária predominante de 31 a 50 anos. O uso de psicotrópicos é muito elevado - 47 sujeitos os utilizam -, sendo mais usados os neurolépticos e ansiolíticos. Vimos que 23 entrevistados foram internados em hospitais psiquiátricos, a maioria das internações são involuntárias. Os serviços substitutivos em saúde mental são desconhecidos por 56 dos entrevistados. Tais dados nos mostram a necessidade de uma rede de saúde integrada, que ofereça resolutividade e ações de referência e contra-referência entre o nível primário e os serviços substitutivos em saúde mental, de forma que os sujeitos não precisem recorrer aos hospitais psiquiátricos.

P-87: ENVELHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA – CENTRO DE SAÚDE DE CANDELÁRIA.

Autora/Expositora:

Ana Jarves de Lucena Fernandes Gonçalves

Micarla Duarte de Lima

micarlarn@hotmail.com

UFRN/CCSA/DESSO.

Apresenta uma análise acerca da implementação do projeto de intervenção, desenvolvido no Centro de Saúde de Candelária, pelas estagiárias Ana Jarves e Micarla Duarte, no período de setembro a dezembro de 2004. Esboça as atividades realizadas, os resultados alcançados assim como também expõe a dinâmica que envolveu todo o processo de implementação do projeto de intervenção elaborado pelas estagiárias em um primeiro momento de aproximação e observação na instituição. Contextualiza os aspectos pertinentes ao idoso como expressão da questão social e demanda para o Serviço Social. Também relata a importância de se trabalhar com esse segmento, em meio aos esteriótipos que a sociedade dissemina: “inativos”, “incapazes”, “apáticos”, etc. As ações ora desenvolvidas foram respaldadas na perspectiva de igualdade e de garantias de direito, onde foram ministradas palestras, oficinas e atividades lúdicas, contemplando aspectos pertinentes a Qualidade de Vida na III idade. Os resultados foram satisfatórios para os atores envolvidos: idosos, estagiárias e instituição, sendo perceptível na receptividade e nas atividades dos idosos, assim como através de seus depoimentos. Considera-se que o trabalho desenvolvido no Centro de Saúde de Candelária, com o grupo de idosos, contemplou as perspectivas e o empenho dedicado pelas estagiárias, como também realização pessoal das mesmas.

P-88: NOVAS CONFIGURAÇÕES DO ATIVISMO ANTI-AIDS

Autor/Expositor:

Maio Spellman Quirino de Farias

e-mail: spellman@uol.com.br

Orientadora: Magda Dimenstein

Universidade Federal do Rio Grande do Norte-RN

Nos anos 80 atuar contra a aids, institucionalmente, na sociedade civil, significava brigar, voluntária e caritativamente, por mais leitos em hospitais, por políticas públicas em HIV/AIDS e fazer visitas domiciliares e hospitalares às pessoas que viviam e conviviam com a doença. Entretanto, esse cenário de luta vem mudando desde o inicio dos anos 90, com a consolidação da parceria do movimento antiaids com o Estado. Tal parceria trouxe um dilema para as entidades da sociedade civil: são elas apenas executoras das políticas governamentais ou assumem o papel de propositores efetivos de políticas públicas? Desde então, ativismo contra a aids passou a significar execução de projetos e considera-se que esse modo de funcionamento institucional antiaids tem problemas porque constrói uma estratégia básica para despolitizar o Terceiro Setor. As ONGs/AIDS não apenas consolidam a reestruturação moderna do capital como afastam-se da atividade de rua. Todas essas questões acima levantadas levaram-nos a mapear esta nova estrutura ONGuiana que rompeu com o caráter caritativo, assumindo uma gestão semi-governamental e empresarial que visa sustentabilidade para gerenciar a aids. A pesquisa foi iniciada com as visitas, previamente agendadas, à instituição Grupo de Apoio à Vida-GAV na cidade de Campina Grande-PB. Aplicou-se entrevista semi-estruturada com 06 voluntários/técnicos da referida entidade. Nosso objetivo foi investigar a prática do ativismo antiaids, identificar as concepções de ativismo antiaids e conhecer como os atores sociais avaliam as práticas. Resultados preliminares indicam que a concepção de ativismo presente entre os entrevistados refere-se à execução de projetos através das parcerias ONGs e órgãos financiadores, abrangendo a participação nos fóruns de discussões, governamentais ou não. Observou-se diferença entre ativismo e militância, bem como a criação de estratégias de ativismo e não de militância na instituição pesquisada.

P-89: NOVAS ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS: A FÁBRICA SEM FÁBRICA

Autora/Expositora:

Joumara Araújo

joumaramil12@yahoo.com.br

Sunamita Nunes de Oliveira

sunamitan@yahoo.com.br

Orientador: Profº Paulo Ney Silva Bulhões

Pesquisa sobre Novas Estruturas Organizacionais. Enfatiza a FÁBRICA SEM FÁBRICA, que foi tema de trabalho acadêmico da disciplina Organização & Métodos do curso de Biblioteconomia. Introduz conceitos de marca, patente, consumidor, produção, mercado, estrutura, departamento e segmentação, ampliando o entendimento da Estrutura de uma Empresa que implanta esta forma de atuar no mercado. Fala do surgimento das Fábricas, e, logo em seguida, da visita efetuada às empresas: Botton, Supermercados Carrefour e Rede Mais. Define, segundo CRUZ (2002), que a implantação da FÁBRICA SEM FÁBRICA é uma questão de sobrevivência das empresas que participam no pool de produção. Objetiva esclarecer o funcionamento da operação: FÁBRICA SEM FÁBRICA, onde sua finalidade maior é reduzir custos por meio de segmentação por especialização, ou seja, a empresa que investe em tal ferramenta, está pronta para a concorrência; opera um produto mesmo sem produzi-lo, estando com vantagem a mais no mercado. Utiliza como metodologia entrevista aplicada a gerentes nas empresas visitadas. Usa perguntas-chave, levando ao entendimento da atuação dessa operação, como uma Nova Estrutura de Organização, fazendo que elas tenham diferencial no mercado. Obteve resultados a partir das definições de CRUZ (2002), sendo, o seu contexto, no geral, uma abordagem na tentativa de sobrevivência de muitas empresas que participam no pool de produção. Tem em vista que essas empresas estão investindo numa estratégia nem tampouco recente, de conquistar mercado ante a concorrência. Justifica o porquê dessas empresas aderirem a essa Nova Estrutura Organizacional: investir nesse ramo de produção sem ter que produzir o produto é ganhar uma vantagem a mais no mercado.

P-90: O ENSINO DA GEOGRAFIA: LEMBRANÇAS DE PROFESSORES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

Autores/Expositores:

Glauciana Timbó Ferreira

Bolsista de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq – Base de Pesquisa: Currículo, Saberes e Práticas Educacionais CCSA/DEPE/UFRN

gal-eu@hotmail.com

Francisco Cláudio Soares Júnior

Prof. do PPGEd e DEPED/UFRN

O ensino da Geografia possui uma história social que se encontra diretamente articulada aos processos de desenvolvimento do modo de produção capitalista. Este vincula formas de pensar geográfico às suas necessidades de extorção de valores capitalistas através da apropriação dos produtos elaborados no campo das ciências, artes e tecnologias, fazendo uso deles para reproduzir os interesses da sua lógica produtiva no interior da sociedade e da escola. Nesse sentido os conteúdos dos conceitos geográficos possuem uma carga política-ideológica que expressam os interesses da fase do capital que particulariza um determinado tempo histórico. Daí a necessidade de estudarmos as formas de transmissão-assimilação dos saberes geográficos ao longo da história, no intuito de apreendermos os processos de cristalização dos ideários de explicação da realidade concreta, nas instituições escolares num dado contexto histórico-social. Portanto, faz-se necessário ressaltarmos a importância do processo de apreensão teórico-metodológico das práticas de ensino dos conhecimentos geográficos na escola, nos espaços-tempos da sua evolução histórica, através da produção dos saberes sistematizados pelos professores no fluxo dos seus processos de formação docente e nos ofícios de ensinar. A pesquisa se define como um estudo qualitativo do tipo colaborativo que abrange um levantamento de dados sobre as histórias de vida de professores inscritos no curso de Pedagogia - PROBÁSICA (2004.2) do município de Ceará-Mirim. Esta nortea-se em alguns princípios do enfoque dos relatos de vida fundamentados em teóricos como: Nóvoa (1992 1995); Bueno (1998); Bosi (1994); Alves (1998); Catani (2003); Goodson (1995); Vygotsky (2001). Objetivamos com essa investigação, fazermos uma reflexão sobre o ensino da Geografia na escola pública de Ceará-Mirim/RN através do estudo das lembranças de professores e práticas pedagógicas (presente/passado) materializados no espaço escolar.

P-91: O Estresse entre profissionais da área da saúde: a educação em foco

Autores/Expositores:

Emeline das Neves de Araújo Lima

e-mail: emelinelima@aol.com

Aluna da graduação do curso de Odontologia da UFRN;

Celene de Figueiredo Diniz

Médica do Hospital Walfredo Gurgel;

Orientadora:

Profª. Drª. Maria do Socorro Costa Feitosa Alves. 4

Profª. Adjunta do departamento de Odontologia da UFRN.

Departamento de Odontologia

O presente trabalho tem por objetivo fazer uma revista crítica da literatura visando discutir o efeito do trabalho relacionado à saúde para as condições psicofisiológicas do trabalhador, bem como enfatizar a importância da educação no cotidiano das ações. Com embasamento nos estudos realizados, procurou-se elucidar as características e principais sintomas dos transtornos mentais que mais acometem essa classe, como o estresse; bem como outros efeitos decorrentes da vida pessoal. O estresse é a resposta do organismo frente a diversos mecanismos que produzem tensão e agressão. Pôde-se observar, em relação ao sexo, uma relevante diferença, com predominância dessas patologias entre mulheres, sendo justificado pela situação atual da participação feminina no mercado de trabalho. A associação do trabalho doméstico com o assalariado é um fator que agrava de forma imperativa essa significância. Entre os fatores de risco presentes no ambiente de trabalho, sobretudo em clínicas e hospitais, pôde-se inferir os seguintes: calor, ruído, esforço físico, posições forçadas, além de trabalho intenso e repetitivo, o que promove indiscutivelmente um alto nível de alteração psicológica. Por outro lado, existem também fatores protetores que podem amenizar essa incidência sendo, dentre outros, uma grande habilidade profissional, satisfação no trabalho e criatividade, levando assim a um equilíbrio entre as demandas ocupacionais e as características pessoais. Uma excessiva carga de trabalho é responsável pelo estado de fadiga, o que também tem efeito significativo para o aparecimento de transtornos como depressão e ansiedade, tidos como os mais freqüentes em meio aos trabalhadores da saúde. Portanto, é notada a imensa importância de um estudo mais apurado acerca dos fatores que regem a presença de problemas neurológicos como estresse em meio aos trabalhadores da saúde, no sentido de favorecer a compreensão das atividades educativas e preventivas nessa área.

P-92: O PERFIL DOS ENFERMEIROS DA REDE PÚBLICA E PRIVADA

Expositores:

Emanuela de Oliveira Justino (Graduanda de Psicologia-UFRN)

Joel Lima Júnior (Pesquisador Voluntário/GEPS-UFRN)

Depto. de Psicologia / CCHLA.

E-mail: joellijr@ig.com.br

GRUPO DE ESTUDOS: PSICOLOGIA E SAÚDE.

Autores:

Eulália Maria Chaves Maia (Professora/UFRN), José Hélder Franco Aquino (Graduando/UFRN); Soraya Guilherme Cavalcanti (Graduanda/UFRN); Ariane Cristiny da Silva Fernandes (Graduanda/UFRN); Larissa Mascarenhas Souza (Graduanda/UFRN).;Felipe Serquiz Elias Pinheiro (Graduando/UFRN); Ana Suzana Pereira de Medeiros (Graduanda/UFRN).

Atualmente, percebe-se uma maior atenção para a questão do bem-estar dos profissionais de saúde e dos pacientes nas instituições, e dessa forma uma maior ênfase na abordagem da humanização como elemento fundamental para a aquisição deste. Logo, observa-se uma nova exigência para os elementos que compõem o cenário da saúde, uma vez que o diálogo, a escuta e o olhar assumem nova importância dentro desse novo paradigma. Sendo assim, ao conceber a equipe de saúde como principal elemento no processo de implementação da assistência, optou-se por desenvolver a presente pesquisa (em andamento) que visa inicialmente identificar o perfil dos profissionais de enfermagem da rede pública e privada, bem como analisar como fatores sócio-econômicos interferem na qualidade dos serviços prestados por estes profissionais. Os dados foram coletados através de um questionário em dois hospitais da cidade de Natal–RN e analisados pelo programa estatístico SPSS. Diante dos questionários aplicados (N 30), (90 %) dos sujeitos são do sexo feminino, com idade entre quarenta e um e cinqüenta anos, e renda mensal entre um e cinco salários mínimos. (66%) desses profissionais atuam em apenas uma instituição e trabalham em média quarenta horas semanais. Percebeu-se ainda que os (30 %) que possuem pós-graduação são do sexo feminino e ganham entre seis e dez salários mínimos. Os profissionais do sexo masculino atuam em mais hospitais que os do sexo feminino, possivelmente devido à dupla jornada de trabalho enfrentada pela mulher. Notou-se também que o salário não acompanha o aumento da carga horária de trabalho. Sendo assim, verifica-se a importância de se encontrar novas e eficazes estratégias que visem melhores condições não só para usuários como também para a equipe de saúde, uma vez que a qualidade das relações mantidas no ambiente de trabalho está intrinsecamente ligada a fatores sócio-econômicos da categoria profissional.

P-93: O PROFISSIONAL DE SAÚDE E A ANSIEDADE PERANTE O PACIENTE ONCOLÓGICO NAS DIVERSAS FASES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO.

Expositores:

Mônica Morgado Horta Monteiro de Oliveira

Graduação em psicologia da UFRN

Autores:

Daniella Antunes Pousa Faria (pós-graduação CCS), Ádala Nayana de Sousa (Graduanda/UFRN), Eulália Maria Chaves Maia (Professora/UFRN).

Departamento de Psicologia / Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde / CCS / UFRN.

A presente pesquisa visou identificar em relação a qual fase do desenvolvimento humano (criança, adolescente, adulto, e idoso) do paciente terminal com câncer, o profissional de saúde se sente mais ansioso ao realizar seu trabalho, e qual a percepção destes profissionais acerca deste resultado. Para identificar estas variáveis se utilizou como instrumentos uma entrevista dirigida, realizada no próprio hospital, com os profissionais que lidam diretamente com pacientes terminais de diversas fases do desenvolvimento humano. Participaram desta pesquisa 22 profissionais de saúde, de ambos os sexos, do Hospital Luiz Antônio que lidam com pacientes terminais com câncer. A análise dos resultados foi realizada através da freqüência de respostas. Como resultado obtivemos que 91,31% dos profissionais pesquisados afirmam se sentir ansiosos quando lidam com pacientes terminais, os demais, ou seja, 8,69% não se percebem ansiosos ou com sentimento diferenciado quando se trata de pacientes em estágio terminal. Destes 91,31%, 65,21% apontam a criança como sendo a fase mais difícil de se lidar, pois as crianças os remetem a seus filhos. Além disso, afirmam que quando se trata desta faixa etária eles ainda estão no início da vida e não merecem morrer; 8,72 % afirmam se sentir mais ansiosos com adolescentes, e descrevem como motivo para este sentimento o fato do adolescente ter consciência de que vai morrer e pelo fato destes geralmente ficarem bastante agressivos nesta situação, o que faz com que o profissional se sinta mais ansioso; e 4,34% afirmam que se sentem mais ansiosos com idosos, por considerarem que a “pessoa quando velha fica mais fraca”; por fim, 13,04 afirmam não conseguir identificar em qual faixa etária se sentem mais ansiosos.

P-94: A RELAÇÃO ENTRE IDADE E O VALOR DE REALIZAÇÃO EM TRABALHADORES DE BAIXA INSTRUÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Expositor/Autor:

Leonardo Braga Galvão Alexandre

Email: leobrutus@hotmail.com

Estudante da graduação do curso de Psicologia)

Co-autora:

Sandra Souza da Silva Chaves (Doutoranda em Psicologia UFRN/UFPB)

Email: sandrasschaves@yahoo.com.br

Sabe-se da aceitação do conceito de valores como princípios que guiam a vida de uma pessoa, sendo metas desejáveis e transituacionais, variando em grau de importância. Assim, eles direcionam a ação das pessoas mediante os processos de socialização sejam eles na escola, na família, entre amigos etc.. É utilizado para este trabalho o valor de realização proposto por Schwartz, sendo a busca do sucesso pessoal e da competência. Atende a interesses individuais, originando-se nas necessidades de interação grupal. Buscou-se nesse projeto de pesquisa estabelecer uma relação entre a idade dos trabalhadores da construção civil de baixa instrução e o escore atribuído ao valor de realização pelos mesmos. Sendo a hipótese levantada quanto maior a idade dos participantes maior o valor de realização. O perfil da população pesquisada é predominantemente masculino, constata-se um baixo grau de escolarização e baixos índices salariais. O trabalho caracteriza-se como perigoso, devido aos riscos que estão submetidos no ambiente laboral. Participaram da pesquisa 80 sujeitos. O instrumento utilizado foi a Adaptação do Inventário de Valores Humanos, constando 55 itens e ficha sócio-demográfica. A coleta realizou-se em unidades de construção de uma empresa natalense. A aplicação dos questionários foi coletiva. As respostas foram inseridas no programa Statistical Package for Social Science. A amostra foi dividida em dois grupos: grupo um (idade entre 19 e 31 anos) grupo dois (acima de 31 e abaixo de 60 anos) depois, foram correlacionadas as variáveis desses grupos. Para o grupo um foi possível estabelecer uma correlação significativa entre as variáveis, porém, inversa, ou seja, quanto maior a idade, menor a preocupação com a busca do sucesso pessoal. Para o grupo dois, apesar de direta, a correlação não foi significativa. Para o grupo um, tem-se que quando jovens estes trabalhadores visualizam este trabalho como algo temporário até conseguirem um emprego melhor.

P-95: A auto-ajuda e o processo psicoterápico de acordo com os estudantes de psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Autor/Expositor:

Murielle de Araújo Gomes

Tatiana Minchoni

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Este estudo parte da preocupação de se conhecer a opinião dos alunos de psicologia em relação aos mais diversos veículos de auto-ajuda, um instrumento que possui uma crescente demanda direcionada atualmente. O principal objetivo é traçar um panorama da utilização de auto-ajuda e da prática de psicoterapia pelos estudantes de psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, bem como mensurar a associação entre esses dois processos. São investigados itens como a utilização de auto-ajuda pelos entrevistados, bem como a prática de psicoterapia, os veículos disponíveis mais comuns, os motivos que levam ao uso da auto-ajuda, as expectativas daqueles que recorrem a algum tipo de auto-ajuda, a forma que os estudantes de psicologia vêem a auto-ajuda associada à psicoterapia, entre outros.entre outros. A metodologia utilizada consistiu de um questionário individual contendo 9 questões abertas e fechadas, elaborado com base em um questionário piloto aplicado na Universidade Potiguar. A pesquisa contou com uma amostra de 180 questionários respondidos, constituída de 137 mulheres e 43 homens. Os resultados indicaram que a utilização de auto-ajuda pelos entrevistados não é comum, uma informação abaixo das expectativas dos pesquisadores visto que a auto-ajuda tem sido bastante divulgada atualmente. Dentre os motivos que levam à busca da auto-ajuda, os mais citados foram autoconhecimento e curiosidade/interesse. Quanto ao tipo do recurso mais utilizado de auto-ajuda, os livros tiveram destaque, o que pode ser relacionado com a grande divulgação desse material, apresentando-se até como os livros mais vendidos. Apesar de ser formada por estudantes de psicologia, a amostra apresenta um pequeno número de alunos que estão passando por um processo psicoterápico, resultado um tanto preocupante, posto que os futuros psicólogos precisam entender o processo no qual o paciente estará inserido, o que é condição fundamental para a atuação profissional.

P-96: A IMAGEM ATRIBUÍDA PELA COLEÇÃO MOSSOROENSE DE DIX-SEPT ROSADO: HISTÓRIA, VALORES E IDEAIS

Autor:

Alessandro Teixeira Nóbrega

aluno do Mestrado de História/UFRN

alessandro@uern.br

Orientadora: Prof. Drª Margarida Dias (Departamento de História da UFRN)

Este trabalho é uma pesquisa desenvolvida no programa de Mestrado em História da UFRN e que surgiu da reflexão sobre a construção do espaço de Mossoró, através da Coleção Mossoroense. Objetiva estabelecer os valores e ideais atribuídos a imagem de Dix-sept Rosado pela Coleção e sua identificação com a construção do espaço do lugar, no caso aqui de Mossoró. O trabalho é desenvolvido através de entrevistas e levantamento bibliográfico para análise do discurso escrito da Coleção sobre Dix-sept, além da observação das festas cívicas. A pesquisa está em andamento. Mas já é possível observar um dos traços de construção do espaço de Mossoró através da identificação de sua história com a imagem ou valores atribuídos a Dix-sept Rosado pela Coleção Mossoroense.

P-97: “A INSURGÊNCIA DA ARTE NO COTIDIANO”

Autor/Expositor:

Wernher Medeiros Soares de Sousa

Aluno do Curso de Artes Plásticas

Departamento de Artes/UFRN

E-mail: wernher@interjato.com.br

Propõe-se observar como o ser humano se utiliza da arte como forma de uma melhoria de seu status individual e de sua integração social. Análise de depoimentos de artistas e pessoas comuns sobre artes: “eu como arte, vivo arte”, Rosa Costa, bailarina. Formas exemplificativas de expressões e comunicação artísticas: .a.Grafismos e pichações: denunciação das desigualdades sociais. .b. Arte no cotidiano: tatuagens. .c. As “máquinas” e a arte.

P-98: A Teoria Atômica de Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera

Autora/Expositora:

Gleba Coelli Luna da Silveira

Curso de Filosofia

Acreditamos que Leucipo tenha nascido em Mileto, porém há quem afirme que este possa ter nascido em Eléia ou Abdera. Leucipo teve como seus contemporâneos Anaxágoras, os sofistas e Sócrates. Para alguns seu mestre foi Zenão, e para outros foi Melisso. Com freqüência encontramos Leucipo associado a Demócrito. De acordo com Aristóteles, Leucipo era o criador da teoria dos átomos, sendo que esta, depois foi desenvolvida e elaborada por Demócrito. A Leucipo é atribuída a autoria de duas obras: “A Grande Ordem do Mundo” e “Sobre o Espírito”. Acredita-se que esta ultima tenha sido somente uma parte da primeira. Assim, Demócrito foi discípulo e sucessor de Leucipo na direção da escola de Abdera.

P-99: Análise da realização do plural na fala Potiguar

Autora/Expositora:

Luciana de França Lopes

(Aluna e voluntária do Projeto ALiRN)

Universidade Potiguar –UnP

Departamentos de Letras

Este trabalho investiga a realização do plural de palavras terminadas em –ão, -l, -au, e –éu no falar do Estado do Rio Grande do Norte. O objetivo desta pesquisa é analisar a realização do plural, nas terminações citadas, em diferentes pontos do estado. Nesta pesquisa foi utilizada a questão relativa ao número de substantivos do questionário morfossintático do Atlas Lingüístico do Brasil (ALiB), com dados colhidos através dos inquéritos definitivos realizados em alguns municípios do nosso estado, incluindo a capital, os quais fazem parte da rede de pontos do Projeto Atlas Lingüístico do Rio Grande do Norte (ALiRN). Os inquéritos foram realizados com informantes selecionados a partir de critérios estabelecidos pelo Comitê Nacional do Projeto ALiB: nível escolaridade (superior e fundamental), ambos os sexos, e duas faixas etárias (18 – 30 anos e acima de 45 anos). Os dados obtidos através desta investigação confirmam a hipótese que nos guiaram nesta pesquisa, de que a variante de prestígio é utilizada principalmente por pessoas de nível de escolaridade mais elevado.

P-100: ASSISTÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA NA PERSPECTIVA DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM NOVO CAMINHO GARANTIRÁ UMA NOVA REALIDADE?

Autora/expositora:

Mariane Araújo Mendes Pereira (Discente)

Orientadora: Eliana Andrade da Silva

Departamento de Serviço Social (CCSA)

E-mail: marianeamp@yahoo.com.br

Introdução: O protagonismo dos Conselhos no debate da Assistência Social, fez com que o governo Lula incorporasse na agenda governamental, a proposta de redesenhá-la, a partir da discussão e implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS); baseado na Constituição de 1988 e na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Essa atitude visa garantir que essa política pública ultrapasse o caráter caritativo e fragmentado, através da mudança de enfoque do individuo para a família, considerando a universalidade que essa se propõe. Objetivo: O referido trabalho visa discutir os limites e possibilidades da nova Política Nacional da Assistência Social, a fim de analisar se as mudanças preconizadas nessa, se reduziram ao âmbito institucional ou se efetivamente, garantirão ao usuário a efetivação e ampliação dessa política, visando o horizonte da garantia de direitos. Metodologia: Pesquisa bibliográfica, documental e observação participante. Resultados parciais: Constata-se que a nova Política Nacional da Assistência Social é uma consolidação da proposta de universalização da assistência social como direito social garantindo os avanços da Constituição e da LOAS. Observamos também, a sensibilização, mobilização e incorporação dessa proposta pela sociedade civil, conselhos municipais e federal, e profissionais da área de assistência. Entretanto, apesar da construção desse novo caminho, persistem velhos problemas, como a indefinição do co-financiamento, a falta de recursos humanos, diversidades regionais, entre outras, que só serão abolidos com uma postura ousada, e até arriscada politicamente, pois vai de encontro à cultura pública do país.

P-101: CAUSOS DE BOTIJAS: HISTÓRIAS E MEMÓRIAS SOBRE O SOBRENATURAL EM CARNAÚBA DOS DANTAS

Autor/Expositor:

Thiago Stevenny Lopes

Departamento de História e Geografia, CERES, UFRN

Esp. Helder Alexandre Medeiros de Macedo

Orientador heldermacedo@katatudo.com.br

Programa de Pós-Graduação em História, CCHLA, UFRN

Este trabalho emergiu do Projeto Carnaúba dos Dantas: Inventário do Patrimônio Imaterial de uma Cidade do Sertão do Rio Grande do Norte - PRONAC N° 043906 e tem como objetivo a investigação a respeito das histórias sobre botijas contadas pelos moradores de Carnaúba dos Dantas (zona urbana e rural) e como essas histórias vieram a contribuir para a reafirmação do imaginário dos mesmos narradores. Justificamos a edição da pesquisa tendo em vista as discussões que o patrimônio imaterial tem levantado, tanto na historiografia, como nos estudos patrimoniais, com relação à participação ativa de grupos minoritários ou marginalizados na construção das histórias locais. Enfatizamos, também, que a rememoração dessas histórias dá visibilidade a esse patrimônio - oral, material e imaterial - pertencente aos carnaubenses. Ainda levantamos um interesse pessoal a respeito da forma como essas histórias vieram a inserir visões fantasiosas de mundo na imaginação dos moradores do município. A metodologia está baseada na leitura e discussão do referencial teórico - ancorado no conceito de memória discutido por Jacques Le Goff, Ecléa Bosi e Maurice Halbwachs - e no de patrimônio cultural, cujos aportes são levantados por Françoise Choay, Maria Cecília Londres Fonseca, Carlos Lemos e Roque de Barros Laraia. Seguiu-se o reconhecimento da colônia de narradores - que agrupa os mais antigos moradores - e coleta das entrevistas, sendo utilizadas para este trabalho apenas as que já se apresentam digitadas, revisadas e que se relacionam ao tema em questão. Viajar pelas memórias dos narradores nos permitiu compreender como as narrativas em torno de tesouros enterrados, no mundo rural e na paisagem citadina, contribuem para que se pense a relação entre medo, religiosidade popular e crença na existência do sobrenatural presentes no tecido mnemônico desses indivíduos.

P-102: CORPORALIDADE: Representações e sexualidade do corpo feminino

Autor/Expositor:

Honório, Maria das Dores (dorahonorio@ig.com.br)

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Esta comunicação apresenta pesquisa em andamento que tem como objetivo investigar a construção de representações de corpo e sua relação com a sexualidade, em adolescentes de 14 a 17 anos, do sexo feminino, de camadas populares. Partindo da concepção de corpo como uma construção cultural e social específica de cada cultura, sociedade e/ou classe social, pretendemos investigar essa construção, localizando significados/representações do corpo e sua relação com a sexualidade enquanto linguagem na construção de gênero.

P-103: Cuidado: o que estudantes universitários fazem com o meio ambiente?

Autor/Expositor:

Thiago F. Pinheiro

Grupo de Estudos Inter-Ações Pessoa-Ambiente/UFRN

Bolsista de Iniciação Científica do Pppg/CNPq

Curso de Psicologia/UFRN

E-mail: thiagopinheiro@hotmail.com

Co-autor: José Q. Pinheiro (orientação)

A crescente preocupação com os níveis atuais de destruição do meio ambiente tem gerado uma maior atenção aos temas ecológicos por parte dos pesquisadores e das pessoas em geral. Este trabalho se propõe a explorar um aspecto importante do posicionamento pró-ecológico que, no entanto, tem sido pouco estudado: o cuidado ambiental. Nosso grupo de pesquisa aplicou um questionário em 355 universitários da cidade de Natal, RN com a intenção de investigar o posicionamento das pessoas em relação a cuidar ou não do ambiente e o tipo de ação que elas qualificam como atividade de cuidado ecológico. O grupo de respondentes foi composto por 229 mulheres e 126 homens, de universidade pública e privada, com média de idade de 22,7 anos (DP = 5,05). Cerca de metade dos universitários (53,2%) afirmaram realizar alguma atividade de cuidado ambiental, dentre os quais a maioria foi constituída por mulheres (69%). Houve associação significativa da prática de cuidado ambiental com deixar contato para participar de campanhas ecológicas e com a postura pró-ecológica medida por escalas consagradas na literatura. A análise de conteúdo das práticas relatadas como atividades de cuidado ambiental mostrouidade de cuidado ambientals como que a expressão do cuidado, na sua maior parte, apresenta aspectos lingüísticos que sugerem positividade e implicação do sujeito na ação. Além disso, a maioria das atividades de cuidado foi apresentada como sendo atual, espontânea e dispendiosa de esforço. Tais aspectos relacionais são configuradores de um ambientalismo que parece genuíno e implica responsabilidade e comprometimento. Os dados explorados apontam para a associação do cuidado ambiental com formas tradicionais de investigação do posicionamento pró-ambiental das pessoas. Considerando ainda que o indicador estudado seja uma forma de comportamento auto-relatado, que se aproxima mais do comportamento real do que as tradicionais medidas disposicionais internas, sugerimos maior atenção ao tema em estudos futuros sobre o ambientalismo das pessoas.

P-104: DEBULHANDO FEIJÃO NO MUNDO RURAL EM CARNAÚBA DOS DANTAS: HISTÓRIAS DE UM LUGAR DE SOCIABILIDADE

Autor/Expositor:

Sidney Santos da Silva

sidneysantossilva@yahoo.com.br

Departamento de História e Geografia, CERES, UFRN

Esp. Helder Alexandre Medeiros de Macedo - Orientador heldermacedo@katatudo.com.br

Programa de Pós-Graduação em História, CCHLA, UFRN

Essa pesquisa faz parte do Projeto Carnaúba dos Dantas: Inventário do Patrimônio Imaterial de uma Cidade do Sertão do Rio Grande do Norte, PRONAC Nº 043906, vinculado ao Ministério da Cultura e financiado pela Petrobras, coordenado pelo mestrando Helder Macedo. Objetivamos compreender quais eram os espaços de sociabilidade no mundo rural de Carnaúba dos Dantas e como as pessoas se relacionavam nesses espaços. Justificamos esse trabalho na perspectiva de valorizar os estudos patrimoniais nos quais se alargam de tal forma que inserem os estudos da historiografia, como também dar visibilidade a essas histórias como patrimônio imaterial dos moradores de Carnaúba dos Dantas. O contato com os narradores nos despertou um interesse pessoal, já que esses eventos nos remetem a um passado festivo e contagiante. O referencial teórico está ancorado no conceito de memória discutido por Jacques Le Goff, Ecléa Bosi e Maurice Halbwachs, e nas discussões sobre Patrimônio Cultural que emergem das obras de Françoise Choay, Maria Cecília Londres Fonseca, Carlos Lemos e Roque de Barros Laraia. A sistematização está pautada na leitura e discussão dos textos teóricos, na etapa de reconhecimento da colônia de narradores, na coleta das entrevistas gravadas, transcrição e digitação das mesmas, tomada da carta de sessão e por fim análise das narrativas tendo em vista a base teórica e o referencial bibliográfico. Quarenta pessoas foram entrevistadas, destas, um número significativo, percorrendo os caminhos da memória revisitaram as lembranças das debulhadas como momentos de encontros, de conversas, de sociabilidades e festividades entre amigos e familiares. Descortinamos esses momentos tatuados na memória dos carnaubenses como formas de socialização e modos de conciliar trabalho, laços familiares e entretenimento, artes de extrair da labuta do cotidiano momentos de atividades aprazíveis e incandescer das teias de relações humanas.

P-105: DOUTRINA E ESPAÇO: Arquiteturas das Igrejas Protestantes e Pentecostais

Autores/Expositores:

Daniel Fernandes de Macedo (aluno)

E-mail: danielfmacedo@click21.com.br

Departamento de Arquitetura/UFRN

Pablo Gleydson de Sousa (aluno)

E-mail: blackspluff@click21.com.br

Departamento de Arquitetura/UFRN

As igrejas evangélicas têm intensificado sua aparição na mídia nacional e o crescimento numérico de certos grupos tem aumentado a procura por espaços de culto, novos ou adaptados. Nesse contexto, o painel propõe uma análise comparativa das tipologias edilícias entre as igrejas protestantes históricas, pentecostais e neopentecostais. São investigados os elementos formais comuns e destoantes desses três grandes grupos e como as influências estilísticas refletem suas ideologias, cosmologias e inserções no mundo religioso e secular, no passado e no presente. O estudo fomenta a pesquisa sobre o espaço sagrado ao tentar compreender as antigas e recentes manifestações religiosas e seu rebatimento no espaço construído.

P-106: ESTUDO ETNOBOTÂNICO NAS COMUNIDADES INSTALADAS ÀS MARGENS DO RIACHO ÁGUAS VERMELHAS (PARNAMIRIM/RN), COMO SUBSÍDIO PARA CONSERVAÇÃO E RECOMPOSIÇÃO DA MATA CILIAR

Autora/Expositora:

Alídia Hernandes Ribeiro

Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente

Maria Iracema Bezerra Loiola

Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia – UFRN.

A ocupação dentro do município de Parnamirim iniciou-se de fato após o final da Segunda Guerra Mundial. Desde então os cursos d`água em geral vem sofrendo uma série de agressões, como a remoção da mata ciliar (que causa assoreamento do seu leito), deposição de lixo e esgoto, entre outras, devido a ocupação de suas margens. Esse processo vem ocorrendo, pois, alem da ausência de políticas publicas durante a ocupação do local, verifica-se o desconhecimento da importância do riacho como fonte de recurso mineral e biológico. Antagonizando todo esse processo de devastação, que ocorre em toda Bacia do Rio Pirangi, cerca de 5ha encontram-se bastante preservados desde 1950 como propriedade particular e que, desde 1998, foi transformada na Área de Proteção Ambiental (APA) Hidrominas Santa Maria, que se localiza as margens do riacho Águas Vermelhas. No sentido de dar subsídio à conservação e recomposição da mata ciliar, duas linhas de trabalho foram iniciadas: o levantamento florístico e a realização de entrevistas em um dos bairros que compõem a comunidade ribeirinha do caso (Vale do Sol). Para coleta de material botânico, foram realizadas 12 excursões onde foram registrados 85 taxa, ressaltando-se que esta etapa ainda encontra-se em andamento. A análise comparativa preliminar da flora evidenciou a similaridade com outras áreas já inventariadas no Rio Grande do Norte, presença de espécimes que são tidos como medicinais em outros Estados, e plantas com grande potencial ornamental e paisagístico. A realização de entrevistas conta com 100 depoimentos até a presente data. E estudo dos dados coletados revela entre os entrevistados, o desconhecimento do que é uma APA e da existência de uma na proximidade de suas residências. Mostra também que a grande maioria não utiliza nenhum recurso proveniente da mesma, apesar do uso de medicamentos fitoterápicos.

P-107: JOVEM, ÉTICA E CIDADANIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Autora/Expositora:

Sílvia Maria Jerônimo da Silva – Acadêmica em Artes

almacigana2003@yahoo.com.br

Departamento de Artes - UFRN

Co-autoras:

Maria José Cavalcante de Lima – Profª de Letras Portuguesa

Monique Dias de Oliveira – Acadêmica em Artes

O projeto de caráter interdisciplinar integrou a língua portuguesa e a arte, pretendendo exercitar no jovem a capacidade de desenvolver seu pensamento crítico para atuar na sociedade de forma ética e cidadã nas diversas áreas, assim como ter a responsabilidade de aplicar as informações recebidas. A partir da sensibilização do tema gerador definido pela escola: “Jovem, ética e cidadania no mundo contemporâneo” para o ano letivo de 2004, surgiu a problematização do que é ser jovem neste mundo contemporâneo; quais os desafios que enfrentam e que atitudes geralmente tomam. A partir destes questionamentos, chegamos aos subtemas: Consumo, educação, sexualidade, drogas, participação política, gangs juvenis entre outros. Em grupos, os alunos formularam hipóteses e iniciaram pesquisas, produziram textos e apresentaram seminários com discussões sobre os temas. Após todas estas etapas, eles tiveram um novo desafio que foi de expressar através da linguagem das artes visuais, os temas abordados. A ação oportunizou a todos a aquisição de um novo conhecimento dentro da arte contemporânea: o conceito de ‘instalação’. Sob a orientação da disciplina de arte, foi trabalhada, em sala de aula, a idéia de arte conceitual e desenvolvido a prática que culminou com uma mostra de arte e cultura na Escola Estadual Berilo Wanderley. Ao final do projeto, obteve-se a assimilação dos conteúdos, a identificação dos alunos com os temas, gerando, em parte, mudança de comportamento, construção de uma nova identidade mais crítica e participativa em relação ao grande grupo. Ficou evidente o crescimento da auto-estima, das habilidades, da fluência verbal na hora da exposição, das atitudes de cooperação e respeito em relação às diferenças. Além dos excelentes resultados das instalações, idéia tão pouco difundida e conhecida pelos mesmos, apesar da existência desde a década de 70. Todavia, repercutiu de forma positiva e até mesmo de vanguarda dentro da escola pública.

P-108: MEMÓRIAS DE UMA MODERNIDADE

Autor/Expositor:

Jânio Gustavo Barbosa

Graduando em História

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

janioguga@yahoo.com.br

A motivação contemporânea para o estudo das representações da vida Privada, está na configuração das sociedades ocidentais atuais, nas quais predominam a profusão imagética acelerada e a exploração, pelos meios de comunicação da vida intima, ocorrendo concomitantemente a aceleração de ritmos, da comunicação, tudo baseado na ênfase ao individual e na exposição deste aos olhares do público. Desta forma, tal problema instiga a investigação que é o objetivo geral deste trabalho: entender como a Modernidade foi apresentada na iconografia da vida privada, mais precisamente nos álbuns de família que acabaram, junto com os ícones da intimidade e os cartões postais, por se tornar símbolos de uma época, e como esta mesma iconografia retrata as transformações ocorridas no fim do século XIX até a década de 1940 do século XX. A metodologia usada para este trabalho foi a análise de representações fotográficas presentes no final do século XIX e início do século XX, principalmente as representações voltadas a família, bem como, a leitura de teses e dissertações que tratam do assunto.

P-109: Mutirão por autogestão

Expositor:

Cecília Marilaine Rego de Medeiros

Aluna do 5º período do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFRN

Co-autor(es):

Amadja Henrique Borges – Profa. Dra. do Departamento de Arquitetura da UFRN

Departamento de Arquitetura – CT

E-mail: amadja@ufrnet.br ou cecília.marilaine@bol.com.br

O Departamento de Arquitetura da UFRN, através do Grupo de Estudos em Reforma Agrária e Habitat, desde 1994 presta assessoria aos movimentos populares no processo construtivo dos habitats dos Assentamentos de Reforma Agrária no Rio Grande do Norte. Em 2003, sob solicitação de Direção Estadual do MST, teve início, com o projeto de extensão universitária Assentamento do MST: O Habitat do Maria da Paz, a assessoria aos moradores desse assentamento, em João Câmara. O projeto passou por muitas etapas, dentre elas o zoneamento agro-ecológico da área, principal subsídio para os projetos de parcelamento do solo, de escolha dos locais de moradia e de trabalho, e demais projetos específicos, tanto do habitat, como os de produção. A orientação da autogestão ocorreu durante a construção do habitat do assentamento (agrovila). A construção em mutirão possibilitou, dentre outras coisas, a melhoria na qualidade e a otimização do custo-benefício do Crédito Habitação, cada unidade passando de 43m² (padrão do INCRA) para 68m². A implementação do planejamento participativo, que envolveu todos os agentes do processo (a Universidade, o INCRA, a Coordenação do Movimento e assentados), resultou em uma metodologia de mutirão em linha de balanço que garantiu, enquanto acompanhada, a participação dos próprios assentados na gestão e construção de suas casas. Apesar da orientação quanto à gestão da remuneração (limitada), os construtores (assentados) demoraram a perceber que teriam que dividi-la por etapas. Só quando ela acaba melhora seu interesse pela qualidade da habitação. A utilização da ciência em projetos populares como este, objetivando a organização do trabalho e educação formal e específica de mão-de-obra especializada está em processo de elaboração e análise pelo GERAH e configura como uma alternativa as necessidades específicas dos projetos populares.

P-110: Narrativas de memórias do Sítio Breu

Autoras/Expositoras:

Aldinida de Medeiros Souza

(Base de pesquisa sobre Cultura Popular/UFRN)

Ivani Machado

(Grupo de Cultura Popular Calembar)

O presente trabalho busca evidenciar, através das Narrativas de Memórias dos antigos moradores do Sítio Breu, a relevância da oralidade que compõe as músicas e teatralizações, dos folguedos de São Gonçalo do Amarante. O Breu, como é chamado, encontra-se hoje desabitado. Mas as memórias do lugar estão vivas, nos poucos habitantes que restam dos muitos que povoaram o sítio.

P-111: NOS PASSOS DA HISTÓRIA: DAS SALAS DE AULA ÀS RUAS.

Autoras/Expositoras:

Cristiane Monteiro Aragão;

Rosangela Monteiro Aragão;

E-mail: monteironatal@yahoo.com.br

Nosso trabalho é o resultado de uma proposta de retirar a história do Rio Grande do Norte, mais especificamente da cidade de Natal, de dentro da sala de aula, levando o aluno a conhecer a realidade do acontecimento in loco. Através de visitas dos pontos históricos o aluno terá a possibilidade de compreender e analisar a história da cidade por meio da observação e conhecimento dos locais visitados. Nesse contexto o professor permite ao aluno, através da percepção visual do espaço, compreender e analisar, por meios próprios, fragmentos da história local. Para isso realizar esse trabalho fizemos uso de aulas de campo, visitas em grupos a locais previamente determinados, em que os alunos puderam ver os cenários dos acontecimentos além de receberem explicações teóricas dos mesmos. O objetivo final do nosso projeto foi fazer com que o aluno produzisse conhecimento, pois, após visita, os alunos prepararam relatórios referentes às aulas dadas.

P-112: O CONSUMO DE ÁLCOOL NAS FAMÍLIAS DE ADOLESCENTES E JOVENS ESTUDANTES EM NATAL E OS PROBLEMAS CAUSADOS POR ESSA PRÁTICA

Autoras/Expositoras:

Monique Brito

Bolsista de iniciação científica CNPq

Magda Dimenstein (Orientadora)

Emanoel Lima

O consumo de álcool é um fenômeno mundial que ultrapassa fronteiras nacionais, culturais, sociais, políticas e econômicas. Dentre todas as drogas lícitas e/ou ilícitas, é a mais consumida em todas as sociedades. É considerado problema de saúde pública pelo fato de seu uso abusivo resultar em inúmeras complicações que abrangem as áreas física, judicial, profissional, escolar, social e familiar, sendo muitas vezes associado ao crime e à violência, seja como causa direta ou relacionada. A adolescência é considerada como a etapa do desenvolvimento humano onde o indivíduo encontra-se mais vulnerável e exposto ao uso de substâncias psicoativas. Com base nisso, realizou-se uma investigação abrangendo questões como o uso de álcool e outras drogas, porte de armas, envolvimento em conflitos corporais, bem como vivência de violência policial por adolescentes e jovens estudantes de uma escola pública de bairro periférico de Natal, com idades entre 13 e 24 anos que estão cursando o Ensino Fundamental II, o Ensino Médio e o Supletivo. Foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas com 35 adolescentes e jovens. Nesse trabalho, objetiva-se apresentar e discutir os dados específicos a respeito do consumo de álcool por essa população e sua família, articulando aos aspectos sócio-demográficos, aos dados escolares, bem como aos aspectos que podem influenciar esse consumo, segundo os participantes. Além disso, apontar os problemas que podem ser causados pelo consumo de álcool, na perspectiva dos jovens e a presença ou não na comunidade de bases de apoio formais ou informais que ajudem os jovens a lidar com essa questão. De acordo com os resultados obtidos, não foi identificada a presença de bases de apoio formais ou informais que estivessem voltadas para essa temática ou mesmo que, indiretamente, contribuíssem para o enfrentamento dessa situação ou na minimização de seus efeitos na vida desses adolescentes e jovens.

P-113: O OLHAR DO ARQUITETO NOS ASSENTAMENTOS RURAIS DO RN

Expositoras:

Rosa de Fátima Soares de Souza

Mestranda em Arquitetura e Urbanismo

E-mail: rfsouza@digi.com.br

Cinthia Soares de Oliveira

Arquiteta

E-mail: cinthiasoares@terra.com.br

Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo – PPGAU

Autoras:

Rosa de Fátima Soares de Souza – Mestranda em Arquitetura e Urbanismo

Cinthia Soares de Oliveira – Arquiteta

Camila Azevedo Fernandes de Figueiredo –Arquiteta

Experiência acadêmica nos assentamentos rurais, dentro dos municípios de Mossoró (Paulo Freire e Eldorado Carajás) e João Câmara (Santa Terezinha, Marajó, Boa Sorte, TTL e Maria da Paz). Acampamento é a fase anterior, que corresponde à etapa inicial de luta pela concessão de terra do Estado, existe uma forte coesão do grupo pela causa comum - terras para desenvolvimento de atividades produtivas e moradia. Caracteriza-se sobretudo pela ocupação nas proximidades de propriedades rurais; barracos construídos com plástico preto e/ou amarelo, com precária estrutura em madeira tosca e existência de liderança vinculada ao movimento nacional dos Sem Terra. A percepção dos assentamentos rurais quanto aos aspectos da tipologia do habitat rural, condições de vida, economia e organização são bastante enriquecedoras tendo em vista que a filosofia premente é a reforma agrária, entretanto a realidade é a concessão de terra e o sonho da moradia individualizada. Quando há a inserção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, através de suas lideranças, nota-se um grau de organização comunitária, todavia em assentamentos onde a liderança é atrelada a outro movimento ou mesmo quando já houve a retirada de lideranças vinculadas aos movimentos rurais nacionais existe um visível declínio na organização interna e esmaecimento do inicial objetivo comum - Terra para produção. Dentre os assentamentos visitados a diferenciação de tratamento do espaço produtivo e edificado era contundente, a apreensão de maior influencia do movimento organizado foi no assentamento Eldorado Carajás (antiga fazenda Maisa), contudo há uma lacuna quanto ao aproveitamento da terra produtiva e o escoamento da produção (acerola) para o mercado local, no Maria da Paz houve uma organização quanto a tipologia do habitat, no que se refere à racionalização de materiais e aproveitamento de espaços internos, houve a participação do arquiteto no projeto da moradia. Porém a atividade produtiva é ainda diminuta.

P-114: O SURGIMENTO DA ESCRITA: DO ONTEM AO HOJE

Autoras/Expositoras:

Izana Maria Araújo Fernandes

Rutilene Santos de Sousa Melo

Professoras do NEI/UFRN

Orientadora: Ruth Regina Melo

O presente trabalho foi desenvolvido no Núcleo de Educação Infantil – UFRN - junto a vinte crianças, com cerca de mais ou menos seis anos de idade. O tema de pesquisa “Como Surgiu a Escrita” foi definido pelo grupo devido à efervescência das questões relativas ao processo de apropriação da leitura e da escrita. Consideramos importante que as crianças pudessem compreender este processo como uma construção social humana, elaborada por diferentes povos, em diferentes épocas e contextos, objetivo definido para esse trabalho, e, percebessem a familiaridade do processo percorrido por cada uma enquanto se apropriam desse sistema. Como procedimento metodológico realizamos leituras acerca do modo de vida da sociedade primitiva; passando pela Mesopotâmia para conhecemos a vida dos povos Sumérios e a escrita cuneiforme; seguindo pelo Egito para conhecer a escrita hieroglífica; com os Fenícios descobrimos o primeiro alfabeto; estudando a cultura grega descobrimos as contribuições desse povo para a constituição do alfabeto latino - utilizado na atualidade. As sínteses dessas leituras aconteceram através de registros com desenhos e escritas das crianças que nos possibilitou ir montando, ao longo do estudo, uma linha de tempo dividida em “História e Pré-história”. Para que as crianças conhecessem os diversos portadores de escrita utilizados por esses povos realizamos algumas vivencias: com a fibra da bananeira fizemos o “bananiro”; escrevemos em placas de argila; fizemos papel vegetal; reciclamos papel, entre outros. Foi realizada uma grande exposição com todo o material produzido pelo grupo durante o estudo. Refletindo acerca do trabalho desenvolvido, consideramos que para a sua realização, foi fundamental o envolvimento do grupo e a participação dos pais enviando materiais, compartilhando experiências enquanto produtores/construtores de conhecimento na instituição UFRN, como também o envolvimento dos mesmos na organização da exposição final, quando todo o conhecimento elaborado foi compartilhado com a comunidade escolar.

P-115: O uso do PRAD como um instrumento para recuperação de áreas degradadas

Autor/expositor:

Ilton Araújo Soares

Vínculo: aluno e bolsista voluntário da Base de Pesquisa Espaço e Poder.

Departamento: Geografia

e-mail: iltonet@yahoo.com.br

A atividade de mineração é uma das principais responsáveis pela extração de recursos naturais para atender as demandas humanas. Entretanto é também uma das atividades que mais degradam o meio ambiente, principalmente quando a extração mineral se dá em minas a céu aberto, onde a cobertura vegetal e a camada de solo são retiradas para que se possa lavrar o minério. Nesse sentido, torna-se necessário a implantação de tecnologias que mitiguem os impactos causados por esses empreendimentos. Um dos instrumentos utilizados para recuperar estas áreas é o PRAD – Programa de Recuperação de Áreas Degradas, que consiste numa série de técnicas que visa reabilitar áreas que sofreram alterações de suas características naturais, através de planos preestabelecidos, restabelecendo sua cobertura vegetal e proporcionando um novo uso para aquele sítio. Tendo como suporte a perspectiva do desenvolvimento sustentável pretendemos neste trabalho mostrar o PRAD como uma técnica para recuperação de áreas degradas, usando como exemplo a atividade de mineração, em que, amparados na bibliografia especializada, mostraremos estudos de casos de empresas minerais que utilizam o PRAD em suas atividades extrativas como um instrumento para a exploração sustentável dos recursos naturais.

P-116: PAÇOS CULTURAIS DA CIDADE DO SOL: RELAÇÕES URBANISMO-LAZER

Expositoras:

Ana Julinda de Oliveira Góes

Jeffersiane Letieri Marinho de Souza

Acadêmicas do Curso Superior de Tecnologia em Lazer e Qualidade de Vida do CEFET-RN.

Autores:

Maísa Carvalho de Souza e Juliana Dantas Rocha

Acadêmicas do Curso Superior de Tecnologia em Lazer e Qualidade de Vida do CEFET-RN e graduandas do Curso Superior de Comunicação Social - Jornalismo da UFRN.

Tatiana Gomes de Souza Medeiros, acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Lazer e Qualidade de Vida do CEFET-RN e graduanda do curso Superior de Serviço Social da UFRN.

O estudo que segue objetiva apontar espaços culturais de lazer urbanos da esfera pública e privada da Cidade do Natal, localizada no Estado do Rio Grande do Norte, conhecida turisticamente por Cidade do Sol. Para tanto, busca-se entender o papel da urbanização no mundo moderno e a ocorrência de uma procura por qualidade de vida. Nesse meio, enfocando as relações da modernidade, de mercado capitalista, bem como a importância de áreas livres, utiliza-se de uma metodologia de característica exploratória-explicativa, resultando numa fundamentação teórica composta pelos respectivos tópicos: Lazer: um direito; Urbanização: um fato; Cidade: turbilhão de complexidades; Natal: Cidade do Sol; Paços Culturais e Qualidade de Vida. A pesquisa vem a suscitar, no universo contemporâneo, uma necessidade de se aproveitar de forma multifacetada e eficaz os espaços destinados ao prazer, produzindo sujeitos críticos, concebedores do elemento lazer enquanto expoente ímpar à qualidade de vida. Assim, o lazer desponta reclamando uma prática atrelada à atuação profissional responsável, livre iniciativa e gratuidade, expoente de espaços compreendidos como ambientes de relações humanas, nos quais se resguardam riquezas inestimáveis à história de um povo, pois que remetem formação de sistemas e modo de viver em sociedade.

P-117: Polícia e Violência: Um Estudo Sobre o Cotidiano de Jovens da Periferia de Natal/RN.

Autor/Expositor:

Emanoel José Batista de Lima

E-mail: emano_lima@yahoo.com

Co-autora: Monique Brito

Orientadora: Magda Dimenstein

Departamento de Psicologia

Violência é um fenômeno contemporâneo, complexo, multifacetado; trata-se de um dispositivo de poder que supõe uso da força e coerção, podendo causar algum dano individual ou social. Diante do contexto de violência e pobreza em que vivem jovens de Natal/RN, esta pesquisa buscou identificar dados sobre a violência policial em um dos bairros mais pobres da cidade. Entrevistamos 35 jovens estudantes, de 14 a 23 anos, acerca da temática da violência policial. Indagamos aos participantes desta pesquisa se eles consideravam a polícia local violenta ou não. Muitos entrevistados consideraram a polícia violenta: dos 35 participantes, 22 responderam afirmativamente. Investigamos também os motivos pelos quais a polícia age de forma violenta. A maioria (22) dos entrevistados atribuiu às práticas violentas dos policiais à inversão de valores presentes na sociedade onde se dá mais proteção aos marginais do que cuidar da população não envolvida com crimes. Outros 11,44% (04) consideraram que os atos de violência são ocasionados devido ao status da profissão de policial. Uma pequena parcela, 8,57% (03) afirmou que os policiais são violentos por que atuar com violência faz parte de seu trabalho, ou seja, são práticas de violência legitimadas socialmente. Uma parcela ainda menor 5,71% (02), afirmou que atos de violência ocorrem devido à corrupção presente entre os policiais. A mesma quantidade de jovens relatou que a violência perpetrada por policiais se deve ao consumo de bebida ou outras drogas por parte dos mesmos. Duas pessoas relataram não saber os motivos que levam um policial a ter condutas violentas. Concluímos que, principalmente nas comunidades carentes, a polícia não vem cumprindo sua função, sendo considerada corrupta e violenta. O que podemos questionar é que medidas devem ser tomadas para mudar tal situação, fazendo com que a polícia exerça seu papel e atue de modo a proteger a população.

P-118: POR UMA EDUCAÇÃO DO OLHAR: BUSCANDO AS INTERFACES ESTRE TELEVISÃO E EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor/Expositor:

Sandro da Silva Cordeiro

sandcord8022@yahoo.com.br

Programa de Pós-Graduação em Educação/UFRN

Orientadora: Maria das Graças Pinto Coelho

O mundo contemporâneo encontra-se imerso numa teia de transformações engendrando uma nova concepção de homem, de identidade e de sociedade. As mídias, incorporadas em seus diversos suportes, estão inseridas neste ambiente trazendo consigo a possibilidade de acesso a uma grande quantidade de informações. Neste cenário encontramos as instituições educativas, sendo confiadas a estas a responsabilidade de democratização do conhecimento, incluindo também o acesso aos bens tecnológicos e midiáticos. O docente é considerado o agente impulsionador desta mudança, tendo a missão de preparar os indivíduos para viver esses novos tempos, visando uma formação voltada para a cidadania cultural. Incorporar o conteúdo midiático no cotidiano escolar é uma atitude necessária e deve ser cultivada, tendo em vista a sua presença constante no cotidiano das crianças desde a mais tenra idade. Com base nesses pontos levantados propomos o desenvolvimento deste projeto de dissertação. Objetivamos investigar a relação criança/televisão, discutindo o entrelaçamento estabelecido entre Educação Infantil e a mídia televisual, destacando o papel do professor neste processo. Acionaremos o seguinte acervo bibliográfico: BASSEDAS (2003), BELLONI (2001), MARTÍN BARBERO (1999), PFROMM NETTO (1998). É depositada nos educadores a missão de esclarecer acerca do poder da televisão, buscando artifícios para avaliar a programação veiculada e estabelecendo uma discussão crítica a respeito do que está sendo consumido, contribuindo para o desenvolvimento intelectual, sócio-afetivo infantil e a transformação das informações em conhecimento significativo.

P-119: PRESENTE DE NEGRO: RELAÇÕES DE COMPADRIO ENTRE NEGROS E BRANCOS NA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE.

Autor/Expositor:

Sebastião Genicarlos dos Santos.

Discente do curso de História

CERES/UFRN

E-Mail: genicarlos2000@yahoo.com.br

Não raramente encontramos na historiografia, alusões às relações de compadrio entre escravos e senhores, onde o principal motivo para que ocorresse esse tipo de relação era a intenção de adquirir pecúlio para a compra da alforria dos escravos. Este é o ponto de vista pelo qual a família escrava seria beneficiada, pois um de seus membros estaria sob a “proteção” de alguém com grandes possibilidades de ajuda-lo a livrar-se da condição de escravo. Mas, e o senhor o que ganharia com isto? Não é refutável a idéia de que ao tornar-se padrinho de um escravo o senhor cumpriria o papel de um benevolente religioso. Em contrapartida receberia como PRESENTE DE UM NEGRO, a responsabilidade de doar uma pequena parte dos seus bens a um não parente, a fim de propiciar a compra de sua alforria. Neste sentido, objetivamos estudar essas relações na região que compreende o atual Seridó (Capitania do rio Grande) durante o século XVIII. Para tal usamos como base de dados os inventários post mortens do fundo da comarca de Caicó/1º Cartório Judiciário, hodiernamente, sob a guarda do LABORDOC (Laboratório de Documentação Histórica) UFRN. Estes documentos também subsidiam as pesquisas da equipe que compõe o projeto “Sangue da Terra: história da Família Seridoense Colonial”, coordenado pelo professor Muirakytan Kennedy de Macedo. Realizamos ainda uso das leituras e inspirações historiográficas de Cristiany Rocha (2004), Mary Karash (2000) e Denise Monteiro (2002). O diálogo com as fontes nos fez “saber” que no recorte espacial da pesquisa, ocorria também este tipo de prática cultural, onde em dezessete inventários pesquisados e palmilhados constatamos a incidência desse costume, em cinco documentos. Isto evidencia o fato de que pelo menos neste aspecto a escravidão tecida no Seridó não diferia da forma praticada em outras regiões da América Portuguesa. Embora, esta apresentasse suas peculiaridades.

P-120: PROCESSOS DE GLOBALIZAÇÃO E NEOLIBERALISMO: Elementos de uma abordagem relacional do cenário mundial contemporâneo

Autora/Expositora:

Ivaneide Oliveira da Silva

Mestranda Em Ciências Sociais

ivanneideoliveira@yahoo.com.br

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Ciências Sociais

Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Apoio: CAPES

As últimas três décadas evidenciaram profundas mudanças atreladas à globalização. Esta tem sido alvo de várias interpretações que tendem a atribuir-lhe um efeito ou potencialidade maior do que realmente lhe é devido. Esse trabalho visa destacar perspectivas teóricas que desnaturalizam os processos de globalização e evidenciam seus aspectos positivos e negativos, ressaltando os conflitos existentes na sociedade. Partindo de pesquisas bibliográficas, destacamos o papel das decisões políticas locais, embora muito pressionadas pelo ideal neoliberal, como o “motor” da reprodução de processos políticos contra-hegemônicos, construídos às margens da globalização neoliberal.

P-121: PROGRAMA GERAÇÃO CIDADÃ: REDESCOBRINDO UM NOVO CONCEITO DE ALFABETIZAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS

Autoras/Expositoras:

Claudiana Telles de Oliveira

claudianatelles@oi.com.br

Silvia Sales Medonça

silvinhasaless@ig.com.br

Departamento de Educação – UFRN - CCSA

O interesse desse Pôster nasceu de nossas experiências como alfabetizadora e posteriormente como coordenadora pedagógica na alfabetização de jovens e adultos, no Programa Geração Cidadã. A temática aqui a ser desenvolvida abordará as propostas educacionais promovidas pelo programa Geração Cidadã em sua atuação ao longo dos seus cinco anos de existência.O nosso objetivo principal é a divulgação do trabalho que está sendo realizado frente à alfabetização desses jovens e adultos com pouca ou nenhuma escolaridade no contexto do programa já mencionado acima.Esse programa iniciou-se suas atividade em 2001 como projeto piloto, com a formação apenas de 50 turmas em Natal. No decorrer do tempo ele foi sendo reformulado chegando a formação de 200 turmas nas mais diversas esferas da sociedade, utilizando espaços como: escolas, igrejas, associações de moradores, etc. O programa aborda questões pedagógica como a formação do ser integralmente, trabalhando sua sociabilidade respeitando sua individualidade e formando para sua inserção na sociedade de maneira satisfatória. Para isso, defendemos o trabalho com atividades educacionais diferenciadas, acreditando que essas atividades são auxiliares no projeto de alfabetização dos indivíduos; Tais como: ateliês, aulas passeios, trabalhos com incentivo a Oralidade (palestras, debates), cursos artesanais, além de contar com o projeto “corpo e memória” que utiliza atividades corporais aliada a cultura e praticas de danças e folguedos populares.Um dos diferencias do programa é manter um ambiente alfabetizador acolhedor, bem como trabalhar a afetividade como fator determinante em todos os projetos desenvolvidos, implicando na construção de um novo conceito de alfabetização mais voltado para o atendimento das atividades educacionais e que estão implicitamente interligadas as carências afetivas dos alunos. Essa abertura afetiva é uma maneira que o educador encontra para mostrar suas verdadeiras intenções na prática educativa.

P-122: Projeto Mídia e memória: estudo dos documentos sonoros das emissoras de Rádio
da cidade do Natal-RN (1941-1955)

Autora/Expositora:

Edivânia Duarte Rodrigues e Érica Conceição Silva Lima (alunas)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Comunicação Social

5edirodrigues@bol.com.br

Orientador: Prof. Dr. Adriano Lopes Gomes

Este projeto se apresenta como uma proposta de pesquisa interdisciplinar entre Comunicação Social e História, cuja relevância recai sobre a necessidade de conhecer e analisar os registros sonoros das emissoras de rádio da cidade do Natal – RN (1941-1955). Para reconstituir a memória radiofônica da primeira emissora de rádio do Rio Grande do Norte, a Rádio Poti, foram realizadas entrevistas abertas com oito informantes, categorizados como profissionais e ouvintes da emissora. A pesquisa delimitou a grade de programação desenvolvida pela Poti, contextualizada nos programas de auditório, de humor, radionovelas e radiojornalismo.

P-123: Quem Casa Quer Dote: de como a mulher era inserida na ordem familiar hierárquica colonial (Vila Nova do Príncipe, Capitania do Rio Grande. 1754 - 1795).

Autor/Expositor:

Rosenilson da Silva Santos

Discente do curso de Licenciatura Plena e Bacharelado em História

E-mail: rosenilsonsantos@yahoo.com.br

Muirakytan Kennedy de Macêdo

Prof. Ms do Departamento de História e Geografia - UFRN/CERES/CAICÒ

E-mail: muirakytan@uol.com.br

A América portuguesa do século XVIII viveu um momento de ricos intercâmbios culturais, época de transmissão, criação e transformação de costumes. No entanto, pouca coisa mudou no sentido de transformar a “marginalização” e a exclusão social das mulheres. Na Vila Nova do Príncipe, Capitania do Rio Grande, também se evidenciou esta realidade. O dote para aquelas famílias de posses foi um dos mecanismos de integração da mulher na ordem familiar hierárquica colonial. Porém, se as colocavam na possibilidade de sair da condição de solteira, novamente as aferravam ao casamento cuja cabeça-de-casal era na maioria das vezes o homem, administrador de todos seus bens. Nossa pesquisa trata destas mulheres dotadas no século XVIII em uma região pecuarística. Nossas leituras ancoram-se em obras de Muriel Nazzari (2001), Sheila de Castro Faria (2002) e Maria Beatriz Nizza (1998). A atividade de pesquisa iniciou-se pelo mapeamento das fontes, inventários post-mortem e testamentos do século XVIII, do Fundo da Comarca de Caicó, atualmente sob a guarda do LABORDOC (Laboratório de Documentação Histórica – CERES/UFRN). Quarenta e cinco documentos – de um total de oitenta e dois que o fundo dispõe para o século mencionado - foram catalogados, transcritos e feita a coleta de dados que povoam um banco de dados da pesquisa de doutoramento, coordenada pelo Prof. Muirakytan Kennedy de Macêdo, da qual fazemos parte como bolsista voluntário.

P-124: Rádios comunitárias na construção da cidadania.

Autor/Expositor:

Alexandre Ferreira dos Santos

estudante de Comunicação Social - UFRN

e.mail: alexandrehomestudio@bol.com.br

As rádios comunitárias podem desempenhar um papel muito importante no desenvolvimento da cidadania. Quando geridas democraticamente representam o espaço do cidadão. O espaço em que a pessoa e suas organizações coletivas, de uma dada localidade,  podem se apropriar de um canal de comunicação e colocá-lo a serviço dos interesses e necessidades da comunidade.Esta proposta visa discutir a importância das rádios comunitárias na construção da cidadania, estimulando a cultura local e atuando como instrumento a serviço da democratização da comunicação por isso, levanta alguns questionamentos e mostra-se de extrema relevância uma vez que as rádios comunitárias estão cada vez mais presentes nas pequenas cidades e grandes centros, um estudo como esse procura fornecer subsídios para uma avaliação mais consistente desse novo panorama da comunicação social no Brasil.

P-125: Resgate popular pelo erudito

Autora/Expositora:

Maria Tânia Florentino de Sena

E-mail: mariataniaflorentino@yahoo.com.br

Aluna especial do PPgEL

UFRN

Este estudo tenta expor os traços semelhantes e díspares entre o poema A morte do touro mão de pau de Ariano Suassuna e o romance Boi da mão de pau de autoria do romanceiro potiguar do ciclo do gado Fabião das Queimadas. Ariano Suassuna fundador do Movimento Armorial busca na arte popular bases para sua produção intelectual. Neste poema, é notório que o poeta tem conhecimento da cantoria sertaneja e a reconta à sua maneira. Dentro do contexto da recriação, é permitido fazer a comparação do artista armorial com o narrador benjaminiano. Walter Benjamin diz que o grande narrador tem sempre suas raízes no povo, principalmente nas camadas artesanais. Isso é o que o “Arauto do Movimento Armorial” faz: colhe na cultura popular para criar.

P-126: Somos Todos Iguais!

Autora/Expositora:

Fabiana Ferreira Batista

Departamento de Educação / UFRN

fabibatista_rn@hotmail.com

Este estudo busca analisar o processo de inclusão dos alunos especiais na escola regular, ancorado neste o portador de Síndrome de Down. Falar da inclusão de portadores de Síndrome de Down significa entender que seu grau de desenvolvimento e socialização pode ser bastante satisfatório quando os mesmos passam a ser vistos como indivíduos capazes de fazer parte de um mundo designado para habilidades e competentes. Deste modo a formação de jovens portadores de síndrome de Down deve começar a partir do nascimento, continuar na infância e na adolescência, sujeitos a adaptações curriculares e metodologia próprias. Os alunos com essa deficiência é capaz de compreender suas limitações e conviver com suas dificuldades, 73% deles tem autonomia para tomar iniciativas, não precisando que os pais digam a todo momento o que deve ser feito. Isso demonstra a necessidade/possibilidade desses indivíduos de participar e interferir com certeza autonomia em um mundo onde “normais” e deficientes são semelhantes em suas inúmeras indiferenças. Esta analise partiu de uma observação direta, na Escola estadual Professor Luiz Gonzaga, na cidade de Natal, com o objetivo de conhecer de perto o desenvolvimento da aluna Débora Seabra, dentro da observação proposta nos detemos nos fatores como: posição dos pais, histórico da criança, estrutura da escola e a sala de aula. Ao estudar os detalhes de todo esse processo de inclusão é perceber de perto que um dos objetivos para esta inclusão é o desenvolvimento e programas criativos e ações que resultem em melhor qualidade de vida destas crianças, fazendo com que elas se tornem mais autônomos na sala de aula, interiorizando regras de vida social, reunindo também um conjunto de experiências integradas e vivenciadas globalmente, lhe permitindo funcionar relacionar-se, comunicar-se, jogar e divertir-se no contexto familiar e escolar.

P-127: STRESS OCUPACIONAL: UM ESTUDO COM OS PROFISSIONAIS MÉDICOS

Expositora:

Eliane Medeiros Costa

Psicóloga, Psicopedagoga, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Autoras:

Ana Lúcia de Souza Carvalho

Vânia de Vasconcelos Gico

Íris do Céu Clara Costa

Em conseqüência da globalização econômica e tecnológica informatizada, dentre outros motivos, o homem vive hoje um intenso processo de mudança, tendo cada vez menos tempo para refletir o seu dia a dia, afetando sua qualidade de vida. O stress, um dos maiores vilões do nosso tempo vem interferindo significativamente no cotidiano das pessoas, tornando-as, mais vulneráveis. É um mecanismo de adaptação do organismo frente a alguma ameaça, pressão ou fortes emoções demandadas do meio ambiente externo que interferem e trazem conseqüências ao organismo humano. A ênfase deste trabalho que se baseou no referencial humanista e existencial, concentra-se no stress ocupacional dos médicos, profissionais que sofrem constantes pressões. O diferencial dos demais profissionais é que o médico lida com a vida humana, tornando-se responsável pelo seu cuidado. O objetivo desse trabalho foi verificar o stress de sete especialidades médicas, anestesiologia, cirurgia geral, ginecologia, ortopedia, oftalmologia, pediatria e psiquiatria. A pesquisa foi de natureza exploratória, tendo uma amostra estratificada de 67 sujeitos, escolhidos aleatoriamente de um universo de 841 médicos das especialidades supra citadas, dado concedido pela Associação Médica do Rio Grande do Norte. A metodologia teve por base a análise quantitativa e o instrumento de coleta utilizado foi o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). Os dados foram analisados pelo Statistical Parcket for Social Science/99 (SPSS). Os resultados apontam para um maior percentual de stress em anestesiologistas e psiquiatras, observando-se uma predominância da fase de resistência em profissionais com faixa de renda até 15 salários mínimos, assim como os que trabalham em três turnos. Considerando-se as evidencia de stress nesses especialistas, o estudo revela a emergência do cuidado para com o profissional cuidador responsável pela vida do outro. Evidenciam-se implicações sociais, relacionais e humanas, bem como institucionais, uma vez que faltam condições laborais para o bom desenvolvimento das atividades profissionais, o que tem levado os médicos a buscarem complementação salarial, comprometendo seu profissionalismo e sua qualidade de vida.

P-128: Templo e Poder: o caso de algumas igrejas evangélicas em Natal/RN

Autores/Expositores:

Anaxsuell Fenando

pranaxs@yahoo.com.br

Priscila Vieira Ferreira

irmapriscila@bol.com.br

Vínculo: Graduandos do curso de ciências sociais (UFRN)

O presente trabalho mostra a relação existente entre os templos de igrejas evangélicas na cidade do Natal e sua prática religiosa, doutrinária e política. Segundo teóricos, o espaço determinado aos rituais litúrgicos é um lugar de comunicabilidade com o céu – representação do céu na terra – onde o cosmo sustenta-se e as impurezas são exorcizadas, exercendo uma função soteriológica importante. Com o crescimento do número de evangélicos, e, por conseguinte, do número de denominações, este espaço consagrado à prática dos ritos ganhou uma nova função – configurando-se como um elemento distintivo entre tais denominações. Atestando a qualidade das suas práticas litúrgicas e simbólicas, com vias de arregimentar novos adeptos a estes grupos. Desta forma, a grandeza e o sucesso destas instituições está proporcionalmente relacionada com a magnitude arquitetônica do templo utilizado para tais práticas. Quanto maior e mais belo for este, mais eficiente será a instituição e, portanto, apta e eficaz na resolução dos dilemas e mazelas vividas pelos indivíduos, conseqüentemente possibilitando o aumentando da sua demanda. Um número maior de fieis por sua vez viabilizará a construção de novos templos – ainda maiores e mais impactantes – com os mesmos fins. Percebe-se que a idéia vigente em algumas denominações de crescimento como fim último da religião, fez gerar um ciclo vicioso e assim, passível de análise. O crescimento, porém, não é só no tamanho do templo ou do número de fiéis, mais cresce também a influência dessas igrejas na sociedade através da relação do poder político e cultural que elas estabelecem.

P-129: Trabalho Infantil Doméstico : Lugar de criança não é na cozinha

Autora/Expositora:

Márcia Alves de Mello e Silva

Aluna do Departamento de Serviço Social

e-mail : marciamello_silva@yahoo.com.br

A proposta de painel é provocar o debate sobre a questão do Trabalho Infantil Doméstico, uma realidade que afeta milhares de meninas, essas trabalham como empregadas domésticas, durante uma fase da vida , que deveriam se dedicar a escola. O painel será composto por dados estatísticos, síntese da legislação brasileira que protege e assegura os direitos das crianças e dos adolescentes, visto a grande necessidade de conscientizar para a total erradicação do Trabalho Infantil Doméstico, esse trabalho deslumbra a transmissão de informação , para conscientizar para um problema que acontece dentro de casa, um ambiente “velado” pela Constituição Federal Brasileira.

P-130: Venha ver a semana santa: Os ritos pascais numa comunidade potiguar

Autora/Expositora:

Andreia Regina Moura Mendes

Mestranda do programa de pós graduação em Antropologia social- UFRN

andreia.reginarn@lycos.com

Os rituais fazem parte da sociedade e expressam os seus valores e representações, comunicando através dos seus símbolos os significados das suas crenças. O fenômeno religioso em análise é o rito da semana santa, repetido por diversas gerações na comunidade potiguar do Venha Ver, no oeste do estado do Rio Grande do Norte. Neste município, as formas rituais são os vínculos que conferem a identidade religiosa e estreitam os laços de parentesco e de colaboração entre todos da localidade. O objetivo deste trabalho é buscar estudar o significado positivo deste fenômeno religioso e entender a sua importância para a compreensão das relações sociais encontradas no Venha Ver. Os ritos pascais começam com a celebração do Domingo de Ramos, quando o pároco faz a tradicional benção dos ramos e folhagens levados pelos fiéis para a missa. Desta tradição surgiu o hábito de confeccionar uma cruz de palha e colocar na porta de entrada com a garantia que a mesma vai proteger de todos os malefícios e infortúnios. Por toda a semana santa se repete um conjunto de práticas, há muito desaparecidas em outras localidades, como o costume da esmola entre vizinhos e compadres e a obrigação de retribuição do que é recebido. O hábito de malhar um boneco como sendo o próprio discípulo Judas é muito forte e mobiliza crianças e adultos na farra. As senhoras idosas, correm para cobrir com panos brancos as imagens religiosas e ainda afirmam que "é pra Deus não ver Judas passar". Doravante, buscaremos expor o trabalho já realizado e fazer uma análise do rito para descobrir o que Durkheim havia anunciado, como a sociedade pode através de seus ritos e crenças recriar a si mesma e tomar consciência da sua vida social.

P-131: Verificação da Efetivação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), nos Núcleos de Ação Social de Cidade Nova e Praia do Meio

Expositores:

Keila Karoline Souza do Nascimento

Andreza Barbosa da Silva.

Autores:

Andreza Barbosa da Silva, Estelita Maria de Lima Cabral, Keila Karoline Souza do Nascimento e Tatiana Camila Dantas.

Alunas da UFRN do Departamento de Serviço Social.

e-mail: keilaksn@yahoo.com.br

Tendo em vista o crescimento do trabalho infantil, como uma das expressões da questão social, que ocorre na cidade do Natal, apresentamos a verificação da efetivação do PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), nos núcleos de Ação Social de Cidade Nova e Praia do Meio, um dos programas sociais de transferência de renda, criado pelo Governo Federal, que na tentativa de erradicar as piores formas de trabalho infantil repassa para a família das crianças nessas condições, um valor que varia entre R$ 25,00 (zona rural) e R$ 40,00 (zona urbana). Para tal verificação, coletamos em ambos os núcleos informações a respeito das condições (estruturais ou físicas) em que o programa se realiza, do seu alcance e os impactos que o mesmo causa na sociedade. A partir daí constatamos que apesar das varias limitações existentes, o programa consegue alcançar seus objetivos, pois proporciona para essas crianças, mesmo que de maneira restrita, um pouco de educação, lazer, cultura e o conhecimento sobre seus direitos e deveres, para que as mesmas comecem a construção do exercício da sua cidadania.

P-132: “VIAJANDO O SERTÃO”: A IMAGEM CONSTRUÍDA A PARTIR DA VISÃO DA CIDADE (primeiras décadas do século XX)

Autores/Expositores:

Hélio Takashi Maciel de Farias

Graduando, Depto. de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - bolsista IC/CNPq

E-mail: solar@digizap.com.br (fone: 3206-8096)

Gabriel Leopoldino Paulo de Medeiros

Graduando, Depto. de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - bolsista IC/PROPESQ

E-mail: gabrielleopoldino@yahoo.com.br

Orientadora:

Angela Lúcia de Araújo Ferreira

Profa. Dra. do Depto. de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

E-mail: angela@ct.ufrn.br

A questão da relação entre as cidades capitais e o sertão é de grande complexidade, pois responde a diferentes óticas e situações, contemplando os âmbitos político, econômico, social e cultural. A aproximação entre esses dois “universos” – urbano e sertão – pode ser tida como recente, surgindo na passagem do século XIX para o XX. O intercâmbio desse conhecimento intensificou-se com a divulgação de relatos de viagens do homem da cidade aos sertões, que contribuíram na criação de uma imagem do sertão e do sertanejo. O presente estudo visa a identificação e compreensão das forças políticas e culturais responsáveis pela criação da imagem estereotípica do sertão, abordando o tema das representações e imaginário, elementos fundamentais na definição das políticas públicas e intervenções sobre o espaço. Como principais fontes, o estudo recorreu a obras literárias e artigos resultantes de excursões ao sertão do início do século passado. Entre estas encontram-se a excursão pioneira de Euclides da Cunha aos sertões da Bahia, culminando em sua obra “Os Sertões” (1902), as excursões de Mário de Andrade ao sertão Nordestino (1928), produzindo um diário de viagens, “O Turista Aprendiz”, além dos relatos de viajantes potiguares, como o de Câmara Cascudo “Viajando o Sertão” (1934) e o de Garibaldi Dantas, “Pelo Sertão” (1922). Esses relatos levavam o conhecimento de um outro Brasil, o do interior, ao Brasil do litoral, criando uma “ponte” entre esses dois “universos” fundamentalmente distintos. É notável a diferença entre a descrição de Euclides da Cunha, vindo do Rio de Janeiro e exprimindo desconforto e estranhamento, e os relatos que posteriormente são publicados por autores locais, que – já contando com melhorias nas comunicações e transportes, além da proximidade com o terreno – têm a clara intenção de desmistificar para os habitantes da cidade a imagem do sertão.